SomniisFleur

Contos escritos por mim~ beapuririn

sexta-feira, 12 de maio de 2023







     Apoiava a cerâmica sobre o lábio inferior e saboreava o melhor café, preparado com esmero pela figura paterna que era Sojiro, enquanto ouvia a música dócil e suave que preenchia o Leblanc. Seus pensamentos exagerados preenchiam sua cabeça, como tinha momentos extremamente introspectivos e grandes responsabilidades em suas costas, isso não era incomum e aprendia a evitar tais momentos com distrações sensoriais, seja passando a mão sobre o pelo macio de Morgana, lendo um livro ou até mesmo fazendo exercício. Mas depois daquele dia, era inevitável.

    Havia se passado apenas uma semana e alguns dias desde que havia vivido aquele momento de ápice emocional, o dia em que perdeu sua virgindade e realizou um sonho que nunca imaginou se concretizar, algo tão certo e tão errado, tanto quanto a dualidade de sua existência. Seu coração apertava em uma pulsão diferente e sentia uma estática a correr pelo seu corpo só de lembrar daqueles olhos rubros de pupilas dilatadas, do vermelho visceral, o cheiro etílico, os fios cor de mel espalhados por seu travesseiro e os gemidos altos.
Depois daquele fatídico dia, saíram apenas duas vezes, uma das vezes foi junto com Sae a discutir sobre interferências de Shido e a dimensão que poderiam tomar, onde só trocaram carinhos por debaixo da mesa, passando a mão sobre a do outro. A segunda vez, um pouco mais intimista, foram ao Jazz Jin e ao final da noite indo para o metrô, fazendo como sua especialidade em palácios, estava escondido em meio a penumbra a beijar Akechi enquanto ouviam as ondas sonoras que eram os carro a noite e leves respirações.
Mesmo com esses momentos e com a falsa compreensão daquele sentimento que era maior até que si, não haviam conversado sobre o que era aquela relação. Eram duas vítimas da sociedade opressiva, usando máscaras e mentiras. Queria mentir mais para si mesmo, pensar que havia amor, carinho e conforto nas mãos do detetive príncipe, nas mesmas mãos que empunhavam o revólver e puxavam o gatilho.
Tentava engolir seus sentimentos assim como engolia o deliciosamente amargo e quente café. Sempre engoliu sentimentos, sendo muito mais ouvinte dos outros e ainda sim precisando transparecer a segurança de um líder. Suspirou com o hálito quente sentindo o leve gosto que parecia de avelã no fundo.

Era final da tarde e os Phantom Thieves haviam combinado de ir ao Penguin Sniper, ainda mais depois da proposta do dono de dar desconto para eles, era isso que precisava, ver o sorriso de seus amigos para distrair um pouco aqueles pensamentos exaustivos. As notificações do celular subiam constantemente e era cada um avisando que estava a sair, mandando fotos e conversas sobre tudo que era possível para tirar o tédio do caminho até Kichijojj.

“Você tá com uma cara meio estranha Akira… uuuh… depois do que a Futaba me disse eu não consigo não pensar nisso! Você não tá pensando em …né? Né?!”

Era tão óbvio assim? Talvez fosse óbvio levando em conta o nível de convivência que tinha com Morgana, assim saindo da cadeira e dando duas batidinhas na mochila o chamando para entrar ali, com um sorriso no rosto e um leve avermelhado nas maçãs do rosto que já confirmavam o que o gato assumiu, o fazendo fechar um pouco os olhos com desdém.

“Não sei porque ainda pergunto. Eu não confio nele e tenho garras muito afiadas, fica esse recado. Vamos lá! Como será que a lady Ann está vestida hoje né? Eheheh!”

Assim que o gato pulou para dentro, andou para a porta girando a placa e a chave na fechadura, não deixando de ver a nova janela da entrada intacta. Não iria demorar tanto assim para chegar na estação, mas logo que entrou no vagão do metrô mesmo com um sinal bem ruim foi vendo as conversas ali trocadas. Aparentemente metade das fotos eram das meninas animadas porque depois de muitos dardos e sinuca, iriam todas dormir na casa de Haru para uma noite especial com filmes de terror. Fora isso memes enviados por Ryuji e Futaba e uma única mensagem de escrita impecável vinda de Goro.

< Para a infelicidade de vocês, eu já estou aqui. Mas tive que entrar porque está começando a chover. Então a reserva está no meu nome. >

Parecendo uma ironia, chegou na estação no momento que recebeu uma mensagem vinda diretamente dele, sabia como Akechi internamente não gostava de lidar com pessoas, mesmo sendo extremamente bom nisso, o que fez o emblemático sorriso presunçoso surgir no rosto do moreno. Pensar que seu rival precisava dele era extremamente satisfatório.

< Akira, você está chegando? Estou sozinho com a pessoa mais apropriada para estar ao meu lado. Coincidentemente eu matei o pai dela :) >

Pelo visto apesar dele não usar emotes para se expressar, ele sabia o enorme poder de ameaça que tinha aquele maldito smile. Passando pela catraca e se apoiando em uma pilastra só para o responder

< Já está com tanta saudade assim de mim que está me apressando? O3O Não se preocupe tanto assim, Haru sabe que foi tudo uma manipulação e viu com os próprios olhos. Realmente ela não confia muito em você, mas deve estar te tratando normalmente. Acabei de chegar na estação e >

Enviou a mensagem assim que sentiu um toque no seu ombro e uma exclamação feliz de Morgana pela chegada de Sumi e Futaba, já então estava o trio andando juntos para o destino, mas não antes da pequena Futaba tirar um guarda-chuva da mochila como tiraria um sabre de luz e abriu entregando para o mais alto, que ficou no meio segurando a haste e as duas segurando cada um de seus braços espremidas para não se molharem demais.

“Senpai! A Futaba me contou toda a lore de featherman no caminho para cá! Não fazia ideia que um desenho meio infantil tinha tanta profundidade, você gosta também né? Eu quero assistir!”
Tão delicada e radiante era difícil não se divertir com aquelas reações e pelo visto a ruiva de óculos sentia o mesmo pela troca de risadas que deram olhando o outro por trás das lentes.
“Sim! Eu assisto as vezes e gosto bastante, não tão a fundo quanto ela. Você gostando de featherman como ginasta quero ver uma apresentação temática.”
“QUE IDEIA BOA! Eu vou influenciar ela a gostar mais e aí animar para isso acontecer, a fandom inteira iria surtar!”

Havia falado de brincadeira mas isso foi uma semente para a imaginação de Futaba ficar animada, o que fez Yoshizawa dar uma risada constrangida por se sentir perdida no meio disso e Akira uma leve risada da situação, mas que logo cessou ficando só um sorriso no rosto ao ver o olhar docemente ameaçador do detetive os vendo ali na entrada, daquele ângulo no topo da escada os fazendo parecer tão pequenos. Será que era ciúme por estar com as duas em cada braço? Será que era por Haru estar do lado dele? Mas conforme foram subindo as escadas ouviu o como a conversa entre os dois fluía, porém obviamente com aquela máscara trincada de príncipe, educado e polido respondendo atencioso as perguntas da de fios rosados sobre como era a televisão por trás das câmeras. Um tópico que até si mesmo tinha curiosidade. As meninas foram se abraçar e a hacker cumprimentou Akechi normalmente dando um soquinho amigável no ombro dele, ela sabia daquela relação complicada e cheia de tensão sexual entre os dois pelo que Morgana havia falado. Tinha curiosidade de conversar para saber a opinião dela sobre o caso. Não demorou para Ryuji Ann e Yusuke chegarem juntos e Makoto voltar da ida ao banheiro ainda tentando se secar da chuva que pegou.

    Phantom Thieves reunidos, até Morgana colocando a cabeça para fora daquele zíper. Era uma sensação extremamente confortável estar todos reunidos mesmo sendo algo usual, já indo até o loiro e conversando com Ryuuji sobre aleatoriedades e mensagens estranhas do Mishima, que eram respondidas de maneira tão vibrante, mas quando os cinzentos foram olhar o ambiente, notou Akechi sentado cheio de aprumo analisando o peso do dardo que estava em sua mão, não deixando de apreciar aqueles dedos esguios escondidos por couro e a forma com que ele tinha costume de se espreguiçar com os braços parecendo um felino. Queria sentir aquela mão em seu corpo, em meio aos desejos foi aos poucos andando até ele como se houvesse um imã, mal tendo consciência de que agora estava ao seu lado. Antes de abrir a boca levando a mão para a nuca, Goro levantou o olhar e simplesmente suspirou
“e, o que? O que iria me dizer hm?” Piscou algumas vezes os olhos cinéreos até conseguir entender o que ele queria dizer, não havia finalizado a mensagem no celular. Estreitou o olhar e novamente sorriu se apoiando no balcão, sentindo o como era tão única a sensação de que existia um mundo apenas dos dois quando conversavam.

“ e logo estou chegando. Eu colocaria um sticker ou um kaomoji e perguntar também o que você faria depois daqui.”
“ Eu responderia para você ser mais direto caso esteja querendo algo.”
“ Então eu iria esperar alguns minutos, chegar aqui onde estou e perguntar para você diretamente. Agora. Quer tomar um café depois? Porque eu melhorei minhas habilidades e comprei chantilly porquê eu sei que como você gosta de coisas doces apesar de não admitir.”
“ Vou pensar no seu caso. Já sei, que tal… eu vou para o LeBlanc com você depois se você ganhar de mim em uma partida.”
“ Não vai jogar uma das suas luvas em mim agora Goro? Hm hm, desafio aceito”

Ambos ficaram um pouco mais avermelhados no rosto, com olhares que mergulhavam no outro a ponto de inconscientemente se aproximarem mais enquanto tentavam alcançar a alma por aquelas pupilas. Ele não pareceu bravo como antes ficaria ao o chamar pelo seu nome, algo tão íntimo que ninguém do grupo fazia. Aquilo era uma permissão? Ou apenas um acaso ? Não demorou para Ann, que estava perto, apoiar o pé na parte metálica da cadeira olhando aquele tão peculiar e talvez casal “ Tão típico de vocês. Zero surpresas. Mas faço questão de ser quem conta os pontos! Ao invés do objetivo ser alcançar o zero juntos, vai ser quem alcança mais pontos então para ser um contra o outro”
Assim indo em direção ao desafio, levantou um pouco o rosto rapidamente como se o chamasse com a cabeça e estralou um pouco seus dedos, já pegando os outros dardos. Felizmente só tinha um outro grupo de pessoas ali no ambiente e usando o alvo do lado oposto. Assim respirou fundo sabendo o que estava em jogo e como o orgulhoso rival iria realmente levar esse desafio a sério, elevando os ombros em um pequeno estalo para se preparar, toda a tal preparação e forma com que o moreno estava a encarar aquele jogo fez um sorriso de canto de lábio aparecer no de fios claros, pelo visto estava já sendo um grande entretenimento.

Kasumi pareceu admirada com aquele sorriso desafiador e natural, sabendo como naquele rosto bonito e que sabia falsear a curva feliz nos lábios, poderia surgir sorrisos perturbadores.
“Wooo! É tão bom ver os dois competindo né? Parece que o prêmio vai ser milhões de dólares só pela aura competitiva”
Makoto que estava ao lado só gesticulou negativamente “Sim. Por isso mesmo que tenho até medo de ver essas competições escalarem para coisas mais sérias. Eu consigo ver perfeitamente os dois se desafiando em coisas perigosas.”
E na sequência a herdeira de fios róseos apoiou a bochecha no ombro da voz da razão. “Eu me divirto vendo eles competirem super a serio! Mas me sinto segura que nada de ruim vai acontecer ainda mais com uma futura policial aqui~” isso quebrou a casca dura de Makoto em segundos, a fazendo ficar sem jeito e feliz de ser útil.

Pelo visto a primeira rodada seria de Akira, que colocou um pé a frente e ficava focado no ponto vermelho. Se fosse com força acertaria o Bulleye, mas poderia não ir com tanta força e acertar o pequeno espaço entre as linhas. Sabia da mira impecável de Akechi, então contaria mais com a capacidade de ter controle sobre a força usada. Ainda mais tendo ótimos músculos no braço, talvez por exercícios no teto do quarto ou por ter aguentado fortes recuos de tiro em palácios. O foco dos olhos cinzas se tornavam metálicos de tão rígidos no objetivo, enfim atirando um e acertando em cheio o vermelho, o que fez todos ali ficarem animados mas sem gritar para não atrapalhar a jogada logo em seguida, que atingiu a área da auréola ao redor do ponto. Ryuji não aguentou e exclamou “VAI VAI VAI ACERTA MAAAIS, CHUP” O artista rapidamente tampou a boca do loiro, enquanto Akechi apenas olhou Sakamoto com superioridade, de alguma forma gostando de não o agradar.
No último tiro de Joker, arrumou o óculos e novamente ficou concentrado, demorando alguns segundos para atingir novamente o centro. Agora sim todos os phantom thieves falaram e animaram o moreno sobre como ele foi bem, nem mesmo Morgana que não poderia mostrar que estava no ambiente deu um grande miado. Todo aquele carinho dos amigos era algo que preenchia sua alma. Não lidava mais com o medo de rejeição como antes de toda sua revolta e como dito por Igor, reabilitação.

Como de costume, era agora a vez de Akechi, foram então levantar as mãos em um highfive sonoro e não deixava de olhar a postura e foco, avançando e recuando a mão como se medisse a distância e não demorou para recuar e soltar o dardo, acertando como previa, o ponto vermelho. Todos estavam a assistir aquela disputa. Akira ama estar sendo os centro das atenções, mas o detetive príncipe já era acostumado com aquela posição. Ele jogou novamente e mais uma vez, bulleye. “Futaba, ele tá hackeando?” Alguém falou baixinho e obviamente era Ryuji que não se continha, a ruiva dando uma leve risada e então o terceiro tiro. Indo para o auréola assim como Akira, o que o fez estalar a língua em um reclamar. A loira então fez um som limpando a garganta e colocou os punhos na cintura
“EMPATE! Mas não vamos ficar nessa. Seria legal vocês jogarem dardos ao mesmo tempo e ver onde vai, mas vamos algo mais dentro das regras. Uma jogada cada. Rápido e já vemos o vencedor?”
O líder então sorriu olhando para trás, dando uma rápida piscada com aqueles longos cílios que tornavam o olhar ainda mais desejável, fazendo Akechi sentir um eriçar nas nuca que nunca admitiria “Uma boa batalha tem que ter o clímax não é? Parece que esse empate foi para acontecer. E obrigado por estar contando Ann” Mal havia terminado a frase e lançou. Área vermelha, 18. Todos estavam já com suas mandíbulas soltas esperando o resultado. Vez de seu amado corvo, dessa vez, torcendo para ele errar. Área azul, 19.

O acerto fez todos festejarem para a surpresa do que já havia traído a confiança de todos ali presentes, isso era algo diferente, até mesmo Ryuji que obviamente estava a torcer contra comentou sobre quão bem ele foi. Era difícil reagir a tais momentos, apenas sorrindo orgulhoso quando Sumi abraçou seu braço direito em comemoração. Joker se derretia de ver Akechi naquele estado orgulhoso e bonitinho mesmo que não fosse evidente para todos que ele estava assim. Eram um livro para o outro, como se soubessem cada uma das micro reações em um dicionário. A derrota não o deixou triste, mas sim pensar que não dormiria com Akechi ao seu lado hoje. Outras duplas jogaram mais e até para sua surpresa, notou algo diferente entre Yusuke e Ryuji. Sabia que o excêntrico artista falava propostas bem ousadas sem pudores, mas não era de toques, o que agora parecia diferente com Skull, segurando o quadril do outro quando ele atirou. Isso era bem único de se ver, mas provavelmente era o que os outros pensavam ao ver ele com seu rival, que chegou novamente perto mas dessa vez com um copo de chá gelado e um canudo o oferecendo. Não deixando de aproveitar a oportunidade pegando o plástico com os lábios e não deixando de notar a forma com que Akechi olhava. Aproveitando para provocar passando a língua para não escapar a gota do chá que quase escorreu. Pêssego, doce demais para o seu gosto mas inegavelmente refrescante. Será que deveria aprender a fazer chá também?

“Esse é o prêmio de consolação? Um gole de chá? Eu só sei fazer café para o vencedor, ou se contente com chá de saquinho. Huh, e o corte melhorou ou você continua não se ajudando?”

“Admitindo a derrota desse jeito quase me dá raiva. Prefiro quando você fica frustrado e puto, assim me dá quase a impressão que você perdeu de propósito, mas eu sei que você não faria isso por conta da recompensa. Sobre a perna, você ainda não superou? Já está bem, não foi algo tão profundo assim, eu já disse. Vai ficar uma cicatriz provavelmente mas nada grande e notável. Enfim. Vou pegar o refil”

Quando ia seguir os passos de Goro, foi puxado por uma mão, rapidamente virando o rosto para a menor. Se estava com vontade de falar com ela sobre o que estava acontecendo, aquele era o momento ideal já que todos estavam entretidos com algo. Se havia algo que sabia, era lidar com seus amigos, e só pelo olhar castanho já havia entendido. Estavam de canto então logo limpou a garganta com coragem, Futaba sempre foi protegida por Akira de uma forma que sabia que era difícil ajudar ele se não fosse necronomicon, mas suspirou e respirou fundo, decidindo falar tudo de uma vez e rápido.

“Eu sei. Eu sei que a relação com o Akechi tomou outro nível. Mas acho que já é perigo demais para você. Você já ficou com a Ann então sabe o que é segurança né? Tenta comparar a sensação! Eu sei que ele é bishounen bonitão e provoca você, mas acha mesmo que ele não te trairia novamente ? Se ele magoar você eu vou ferrar a vida dele. Você sabe que eu consigo fazer isso. Ele parece um bom rival ou amigo de conversa, tanto que eu falo com ele as vezes e você sabe como sou! Mas ... eu e o Morgana ouvimos algumas coisas. Eu tô com vergonha! Você entendeu!"

"Oh? O quanto você ouviu? Achei que você tinha tirado as escutas do meu quarto...pera. oh. Bem, ele gemeu tão alto. Não que tenha me incomodado ma-"

"NNNNNA. Eu entendi. Parabéns, não é mais virgem, wooow. Mas você não acha que está se metendo em algo que não vai conseguir sair?"

" Espero não conseguir sair. Se eu sair sei que eu que vou ferrar ele emocionalmente. Sei que não parece sob controle, mas como você disse, você me conhece. Não sei se ele me ama do jeito que amo ele. Mas quero viver isso."

"Wow. Palavras fortes sendo ditas. Okay, não me diz que não avisei. E não hackeio mais chamada de áudio se você não atender. Uuuh…. “

“ Depois podemos nós três passar uma noite jogando que tal? “

Era tão doce a preocupação e não tirava nem um pouco a razão do medo. Sabia a importância que tinha como elo de todos que estavam ali, dando um carinho sobre os fios alaranjados como se fosse um gesto para ela confiar. Sendo um passo enorme visto que ela tratava o suposto assassino com gentileza.
“Eu não sou uma criança Akira… mas quero jogar sim.”

Ela parou de falar abruptamente e a mão na cabeça dela apenas escorreu para o lado do corpo, quando virou o rosto lá estava o assunto da conversa, com um sorriso malicioso de canto do lábio e sem nenhum copo em mãos, cruzando os braços

“Eu ouvi muitas coisas agora. Uma delas foi sobre chamadas hackeadas, resultado óbvio mas não me surpreendo. Sobre jogarmos, eu amaria destruir vocês dois em qualquer jogo e por último, eu diria para você Kurusu, dar uma passada no banheiro.”

Aquilo pareceu extremamente sugestivo, o que fez o óculos de Akira até descer um pouco no nariz e ser arrumado, falar aquilo na frente da Futaba? Imaginou os dedos de Akechi dentro de sua boca o silenciando enquanto sua bochecha ficava pressionada conta a porta do banheiro sentindo o impulso a cada estocada, engoliu seco só de imaginar e situação quando então deu alguns passos em direção ao banheiro. Crow apenas ficou parado ao lado da ruiva, levantando as sobrancelhas com desdém.
“Não é pelo que você imaginou. Você realmente só está pensando com a cabeça de baixo não é?”

Os três ali estavam com o rosto tingido, como sempre não era atoa que ele tinha o título de detetive príncipe, já tenho subentendido que a hacker sabia sobre o que havia acontecido entre eles e até sobre mais coisas. Inconsequentemente e sempre sendo uma surpresa imprevisível, o de fios escuros e bagunçados apenas estreitou os olhos tão tentadores, indo para o banheiro e virando um pouco o rosto e parando no caminho, esperando apenas Akechi ouvir.
“ é difícil não pensar com a cabeça de baixo depois de você ter engolido ela”

Então soltou uma pequena risada e foi andando para descobrir o que ele queria dizer com banheiro. Estava na frente da porta. Mesmo com o som externo conseguia ouvir ali dentro, e eram vozes extremamente familiares. “Meu konkon inari” foi dito em uma voz tão manhosa que nem parecia ter vindo do tão vívido e agitado Ryuji. “Você realmente é uma obra de arte que quero sempre admirar. Me sinto Pigmalião vendo Galateia.” “ eu não entendi, zero fodas, me beija mais.”

Isso sim era uma boa fofoca, ao mesmo tempo que não parecia ser algo que eles escondiam dos outros, apenas omitiam. Pelo visto isso já havia acontecido entre eles e o contraste do estudante de arte com o arruaceiro era digno de livro. Todos ali estavam a se entregar. Makoto e Haru viviam aquela linha tênue de romance, Ann finalmente namorando Shiho, restando só Futaba e Sumi. Será que futuramente elas teriam alguma coisa? Todos ali não eram héteros, Futaba já havia comentado ser assexual, porém romântica. Joker viveu um relacionamento hétero por um mês com a loira mas que depois foi decidido que era melhor serem amigos e incrivelmente nunca ficou um clima estranho entre eles, pelo contrário, Akira motivou Ann a se confessar para sua amiga. Mas no fim veio um pensamento que parecia uma pedra em seu sapato. E se Goro não amava ele? Foi apenas algo casual ou solto que nunca se tornaria um compromisso? já tinham um compromisso jurado, de sempre serem rivais. Queria mais de Goro, queria roubar aquele coração tão trancado a sete chaves e traumas. “É melhor a gente sair do banheiro Ryu, talvez alguém queira entrar.” Bastou ouvir isso da voz profunda do artista que deu dois longos passos e foi ao balcão perguntar quais chás eles tinham ali.

Quando notou que os dois saíram de lá, Haru gesticulou e chamou todos ali para uma despedida e alguns abraços, estava na hora dela ir, mas não só ela como todas as meninas em um carro grande e milionário que provavelmente já as esperava do lado de fora, todas pareciam muito empolgadas pela longa girly night que teriam. Com certeza marcariam mais encontros daqueles. “Se cuidem vocês quatro!” Exclamou Morgana que estava sendo carregado por Ann enquanto amolecia ali.
Os quatro acenaram do topo da escadaria depois de pagarem suas contas ali, mas mal viram porque realmente correram para dentro do carro. Não estava chovendo, estava tendo uma tempestade em que o vento levava gotas de chuva para metade da longa escada.

Sentia alguns respingos na barra da calça e o ar frio, quando Ryuji foi o primeiro a tomar iniciativa de falar ali, “Pera ae. É o rolê das meninas mas o Morgana foi! Ele vai ser nosso espião para o que vão falar lá. Eu tô curioso!”
Akechi pegou o guarda-chuva que deixou ali em uma longa caixa do estabelecimento e suspirou olhando para a rua a escorrer como um lago bem raso. Ao menos kishijoji tinha uma grande área coberta.
“Eu já paguei e acho que vou encarar a chuva. Obrigado pelo dia sakamoto, kitagawa...Kurusu. E vocês? O que farão?“
os dois se entreolharam “Acho que vamos esperar a chuva passar um pouco aí comemos algo aqui e jogamos, e você Akira?”
“Vou invadir o guarda-chuva do Akechi para pegar carona”

Acenaram para skull e fox, descendo as escadas em passos decididos e fortes que precisavam ser assim para não escorregarem. Akechi inclinava o guarda-chuva para frente tentando evitar a borrasca, assim que chegaram no chão, Goro acelerou o passo mas ainda sim se preocupou com o acompanhar para não deixar o phantom thief molhado demais, qualquer migalha de cuidado singelo e verdadeiro o deixava extremamente feliz, sabendo que ele estava fazendo isso realmente com a intenção, sabendo que quando se conheceram toda a educação e atenção era uma enorme atuação, mas agora notava a diferença da gentileza verdadeira e sem aquele sorriso perfeito no rosto, resolveu tirar os óculos que estavam turvos e guardar no bolso, seu rival foi virando a rua do Jazz Jin.

    Era lá que iriam? Finalmente ficariam a dois, mas os passos de Akechi continuaram em frente e quando cogitou perguntar onde iriam, simplesmente fechou a boca dando um sorriso já que preferia ser surpreendido, fora que o barulho da chuva seria mais alto que sua voz. Nunca tinha andado por aquela direção, passando por um grande teatro, alguns bares, tudo tinha um ar mais maduro, sem nem mesmo notar pararam na frente de um lugar agora coberto por sua grande fachada de entrada, o fazendo fechar o guarda-chuva e entrar no prédio desconhecido, abafando o som forte quando as portas automáticas fecharam atrás deles, andando pelo corredor iluminado e extravagante, com luzes quentes alaranjadas e um led vermelho nas laterais do chão que parecia estarem entrando em um palácio. Logo adiante viraram a direita e tinha uma portaria onde não dava para ver o rosto do atendente por trás de um vidro opaco, uma grande televisão com números e quartos, uma mesa onde poderiam pegar água, café de máquina, camisinhas e pequenos lubrificantes diversos, pelo visto era cortesia.

Naquela entrada ainda extasiado com o tanto de estímulos visuais que tinha aquele ambiente, só realmente compreendeu agora onde estavam. Era um motel. Não um hotel, sim. Motel. A primeira vez que estava em um. Isso sim era uma surpresa, bem agradável por sinal. Poderiam estar ali? Via aquele carpete e veludo espalhado pelo ambiente, alguns quadros com pessoas usando roupas de látex que inegavelmente lembrando a roupa de panther. Estava se sentindo quente pela vergonha e desejo apesar de que estar em um lugar daqueles fazia seu joker interior despertar.
Com um cartão em mãos e com a casualidade como se estivessem em um hotel absolutamente normal, Akechi apertou o botão e não demorou para o elevador abrir. Ambos estavam a olhar o outro naquele elevador cheio de espelhos dando para ver ângulos que nunca antes foram imaginados, até mesmo o chão. Como sempre vivências com o detetive príncipe eram como sempre desafios pessoais com um toque de jogos competitivos e isso era algo que sempre o deixava ansioso e sedento por mais. Estava constrangido apesar de querer passar a naturalidade que o orgulhoso rival passava, notou até que a própria voz estava um pouco mais rouca e baixa, para a alegria de Akechi que pareceu até abrir mais os olhos rubros ao notar o timbre que normalmente joker usava dando ordens no universo cognitivo.

“ Pensar que eu estava frustrado de perder, triste que eu não teria você a noite, mas tenho que levar em conta que é o contrário também, você me quer tanto quanto. Eu ia dizer que me puxou para um motel sem nem mesmo me pagar um drink, mas tecnicamente você me deu um gole de chá e ganhou de mim nos dardos”

“ Acha mesmo que não foi essa minha intenção? Aliás, a chuva também foi bem conveniente para seu lado. Só estamos aqui por conta dela não é mesmo? Olha como me preocupo com você, não estamos aqui com intenção pervertida nenhuma, só para ter um lugar para dormir essa noite e tirar as roupas encharcadas não?”

Engoliu seco como aquela voz suspirada e cheia de ar de Akechi fluía por todo seu corpo, as provocações faziam seus poros reagirem em um arrepiar, olhavam o corpo do outro e até o próprio por aqueles ângulos diferentes que o espelho proporcionava, principalmente o do chão por ver bem de baixo a bunda impecável e perfeita de Goro, como ele por inteiro, mas em específico o como ela era arrebitada, o tamanho, o formato perfeito e cheio, lembrando que quando entrou ali da última vez infelizmente não poderia por ele de quatro para admirar ainda mais o volume de lá.
Esse olhar não era só por parte de Akira, Akechi investigava o corpo do Phantom thief mais do que qualquer caso policial que já havia visto. Investigava agora com os olhos ansiando para investigar com suas mãos, desde o olhar que o derretia, os lábios tão desejados por todos e nos quais saia palavras que só o instigavam cada vez mais, até ir para a bunda do mesmo e para o volume que notou aumentar um pouco. Isso fez Akechi sorrir maliciosamente daquela forma que lembrava até mesmo blackmask.

Quando chegaram no andar, saíram por outro corredor dessa vez passando por portas e símbolos vermelhos sobre indicando que estava ocupados até enfim chegarem ao 28. Quando entrou passando o cartão ali, era maior do que imaginava. Grande demais para duas pessoas, luxuoso demais para seu bolso e realmente parecia um palácio, um misto de Kamoshida com elegância e de cores escuras, couro e fetichismo. Principalmente depois de ver algemas de couro por toda cama e em uma das paredes que parecia macia. Estava nervoso, mas como maneira de não demonstrar isso, e claro, pela vontade acumulada, antes de deixar Akechi falar qualquer coisa puxou ele com força pela gola da camisa, colidindo os dentes mesmo com os lábios os cobrindo, envolveu o corpo do detetive príncipe com seu braço e foi muito bem recebido com o abrir da boca convidativo, as línguas se encontraram novamente e enlevavam na outra com sede, pequenos murmúrios de gemidos e respirações fortes eram ouvidos em meio ao som molhado da saliva, deixando a mente de tese e antítese inebriada de prazer. Óbvio que o de fios claros não deixaria ser comandado, ainda mais agora que não tinha empecilho emocional ou físico para o deixar dócil. Akira sentiu uma rápida dor em seu couro cabeludo pelo forte puxão que as mãos com luva deram por seus bagunçados fios, chupando seu lábio inferior e puxando suavemente mas terminando com um morder, os olhos rubros sorriam sádicos como se injetasse ainda mais adrenalina por seu corpo. A boca de Akechi degustava a tenra pele do pescoço de Akira, lambendo tão forte que além de o passar uma sensação fria e mentolada, o fez sentir um contrair em meio as pernas, talvez seu coração a bater forte fosse notável pelo lamber em sua jugular. Foi empurrado para a parede daquele pequeno corredor da entrada, soltando um ar sem saber se foi pelo baque das costas na parede ou pelo joelho que estava sendo pressionado contra o volume. As mãos que antes estavam nos fios escuros, trilharam seu caminho para enquadrar o rosto tão bonito de Kurusu, passando os polegares pela bochecha enquanto olhavam para o fundo da alma do outro. O cinéreo e o escarlate tão profundos, se isso fosse um jogo já tinha ali um vencedor. Depois de um carinho no rosto com as testas quase encostadas, o indicador foi para cima dos lábios, entrando levemente a ponta. Sem cortar a troca de olhares ávidos pelo outro, desceu a língua pelo dedo chegando a palma, fechando os lábios e subindo languidamente e antes de tirar a boca, mordeu a ponta e puxou, tirando uma das luvas, Akechi levou a outra para ser tirada e o moreno só virou o rosto, dando uma leve risada e avançando para a orelha de crow, lambendo, suspirando e assoprando, amando ver as reações mudas e ainda sim tão claras pelos fios arrepiados da nuca, mas se afastando e dando um rápido beijo curto, um selinho, seguido de uma lambida também rápida por cima dos lábios que pareciam pétalas de tão macio e textura lisa.

“Gosto quando você usa luva, deixa em uma mão só”
“Pfff isso é algum tipo de fetiche?”
“Sim, um dos vários fetiches que você influenciou na minha vida, você agora é responsável por lidar com meu fogo no rabo por eles.”
“Me escreva sua lista de fetiches então, os meus eu sei que você vai gostar. Arg, roupa grossa e molhada me deixa incomodado.”

Ambos trocaram uma leve risada, então enquanto Akechi puxava o seu colete xadrez para cima e o tirava, Akira começou a olhar mais o ambiente que lembrava o hall de entrada, um sofá grande com livros atrás em estantes de madeira com vidro na frente e luzes azuladas, um banheiro pelo que dava para ver pela única faixa de vidro que dava para ver dentro de lá, uma enorme banheira que caberia não só os dois como mais duas pessoas, uma grande cama que não havia notado ter espelho em cima e na ponta de baixo da cama, um lugar que lembrava madeiras que prendiam pessoas para execução. Fora vários detalhes bem bdsm, do lado da cama praticamente um armário de vidro com tudo que poderia imaginar só que cada item lacrado. Tudo isso iluminado por um grande lustre pomposo e luzes led.

“Kechi, quantos salários mínimos você gastou para esse quarto?”
“Nenhum dinheiro que me importe ainda mais tendo conta vinculada com o merda do Shido, sinta-se a vontade de gastar dinheiro. Não chega nem aos pés do que ganhei no auge quando eu tava na televisão e não recebia mensagens de ódio de fãs dos phantom thieves.”
“Nossa esses malditos phantom thieves. Pensar que você se tornaria um deles não é, detetive príncipe?”
“ Nossa né? Vontade de vomitar com essa piada, está andando demais com Sakamoto. Enfim, não sou um phantom thief. Mas o líder deles é meu.”
“Ho… eu gostei de como você disse isso, sádico e possessivo.”
“De nada. Bem, esse é o melhor quarto que já fui na minha vida, mesmo os mais caros que já fui não passavam esse ar”

Estava se divertindo com a conversa enquanto olhava o ambiente até então ouvir aquilo. Tentou não deixar evidente o incômodo ou o tapa na cara que levou com a informação. Não era o primeiro de Akechi. Naquela primeira vez deles, foi o único ali a perder a virgindade? Provavelmente ele já havia ido a motéis antes com outros e de alguma forma se sentia mal por sentir um ciúme daquilo. Sabia por cima do histórico de possíveis abusos que ele já havia sofrido, físicos, morais e provavelmente sexuais, não devia estar se sentindo mal ou inexperiente de uma forma pejorativa por aquela situação. Mas foi impossível não sentir uma distância daquela conexão que estavam antes, era egoísta por querer ter sido o primeiro a se tornar um fisicamente com Goro? Sabia que se falasse o que sentia naquele momento, a resposta provavelmente seria bem agressiva e não estava com armaduras o suficiente para ouvir. Olhava para baixo, tirando o casaco preto e o óculos do bolso, deixando no canto que viu o colete de lã e a calça do outro. Poderia demonstrar que havia se ferido com aquele fato por sua expressão, tentando então disfarçar.

“Eu vou tomar banho Akechi. Você deixa meu celular carregando?”
“Eu… eu sou acostumado com motéis. Minha mãe quando fazia o serviço em motéis, depois do cliente sair ela sempre dava um jeito de aproveitar as horas restantes da estadia fazendo eu entrar escondido. Tudo para mim era um grande parque de diversões com comida boa, mas é óbvio que eu sabia o que tinha acontecido naquele lugar antes. Eu preferia ficar cego a essa verdade e distrair minha mãe.”

Havia notado a expressão de Akira murchar ao falar da sua experiência em motéis, não foi difícil de deduzir a razão daquele desânimo. Akechi falou sobre aquilo de forma séria, nostálgica com uma pitada de melancolia. Não gostava de falar sobre suas fragilidades ou sobre sua mãe, mas via como para a relação deles independente do que fosse, isso era importante, fora que Kurusu mesmo já se deixou vulnerável incontáveis vezes. O quanto poderia ser difícil ter momentos de paz naquele ambiente tão discrepante da realidade que uma criança deveria ter? Os olhos de cílios compridos até se abriram mais, valorizando a forma com que ele trouxe aquela memória de sua vida. Se antes sentiu distância, voltou a sentir a proximidade e queria compensar essa sensação ruim que teve, voltando com o tom leve em sua voz e olhar mais feliz que fez Goro notar que realmente o incômodo era sobre aquilo. Ao menos agora estavam mais entregues ao outro

“ Nesse parque de diversões da sua infância, quais eram seus brinquedos favoritos?”
“Provavelmente o puff erótico que eu usava como escorregador, as cordas de shibari como corda de pular, as luzes piscando, fora a piscina que eram as banheiras. Eu gostava também de atirar com minha nerf do featherman os espelhos porque as balas ficavam grudadas, foi meu único presente material…. Okay, já me humilhei o suficiente.”
“Ter infância é se humilhar agora? Você passou por situações que foram pesadelos. Ainda bem que tem lembranças boas pelo menos mesmo que seja em um ambiente questionável. Meus pais só me trancavam no quarto com videogame para eu me distrair e não destruir a casa como eles achavam que eu fazia. Mas não era como se eu não saísse pela janela e voltasse antes deles. Hmn, mas pelo menos os clientes da sua mãe… não tentavam nada com você…né?”
“Delinquente desde infância então é Akira? Humhum. Tentaram umas duas vezes mas eu corri, eles não forçaram e fiquei seguro depois. Quer que eu deixe o celular carregando mesmo ou só falou aquilo para tentar distrair que você ficou triste pensando que eu já tinha dado antes?”
“…os dois na verdade, mas que tal eu deixar o meu celular carregando e eu te recompensar por eu ter sido idiota?”
“ se você me recompensasse a cada idiotice sua, você seria meu escravo.”
“ você que vai ser meu escravo de tão bem que vou te chupar. Você vai implorar de joelhos para eu te chupar todos os dias.”

Perto um do outro, estreitando o olhar rubro com uma risada de escárnio pela frase de impacto, notou como Kurusu usava suspensórios por baixo do casaco, o que o deu uma boa ideia que fez florescer o sorriso malicioso que fazia Akira se sentir uma presa vendo a mandíbula do predador, predador este que foi avançando novamente para um beijo sedento, desceu a mão entrando por baixo da blusa branca subindo mais e mais explorando aquela pele tão cálida com sua palma até chegar perto das clavículas. Ali, puxando o tecido para cima, puxou também o elástico do suspensório, e antes de Akira entender o que ele estava a fazer com aquilo, sentiu o impacto e o estalo em seu mamilo que ficou mais avermelhado. Porque tinha gostado e gemido? Não era para ter sentido só dor? O dedo indicador com luva então ancorou no outro lado do suspensório como se fosse as cordas de um instrumento, e assim soltou batendo com força. Degustando da expressão do moreno, desceu o rosto e deu uma lânguida lambida sobre o mamilo antes levemente ferido. Respirando forte com o hálito quente e beijando docemente o tórax de Joker, se afastou repentinamente para sentar mas olhando para os olhos prateados com volúpia, andou até o grande sofá com estante e luzes azuis atrás, que só de sentar parecia afundar um pouco ali de tão macio.
Só pela maneira com que o de fios claros sentou com as pernas um pouco abertas, entendeu o recado e já sentia sua boca salivar. Antes de se colocar de joelhos naquele chão macio de carpete, abriu os fechos do suspensório no cós da calça e a abaixou, chutando para qualquer canto, abaixando o corpo até então sentar confortável. Era a altura perfeita e Akechi ainda se aproximou um pouco mais na ponta do macio sofá. Queria estar sentando no colo dele, e só de levantar um pouco o quadril e sentar no chão, imaginando como seria cavalgar, seu pau ficava ainda mais rijo, tanto quanto o que estava logo a sua frente por baixo da cueca preta. Queria logo sentir ele pulsar em sua boca, mas sabia que era melhor ainda provocar e fazer tudo sem pressa, ainda mais se pudesse ouvir Goro reclamando ou pedindo por mais.
Os olhos do moreno eram tão afiados e bonitos que daquele ângulo, olhando para cima mostrando ainda mais aquele fulgor cinzento sublinhado pelos cílios compridos e escuros. Akira era a pessoa mais única e bonita que Akechi já havia visto, nunca havia sido alguém sexual até então o maldito phantom thief mudar sua vida completamente.
Antes mesmo de molhar com sua saliva, o volume foi pressionado contra seus lábios pelo detetive ter levado o quadril para frente.

“Está com pressa? O que você quer que eu faça hm? G o r o.”

Ouvir seu nome suspirado contra seu membro daquela forma fez o detetive suspirar e afundar os polegares para então abaixar o próprio tecido fino até o meio de suas coxas, se poupando de palavras. Libertando o pau rígido e tão rosado. Era a primeira vez que faria um oral, mas já havia simulado algumas vezes e visto vídeos com dicas, apesar de que olhando assim de perto não conseguia imaginar como tudo aquilo caberia em sua boca, mas em teoria, se não fosse na boca, seria em sua garganta. Só a situação já o estimulava a sentir seu coração ressoar, já havia sonhado muito com aquela posição e agora era momento de vivê-la.
Primeiro puxou a cueca da coxa para o chão e depois segurou o membro em sua base, bombeando apenas uma vez até que o levantou, começando ali por baixo, onde sem nem mesmo esperar passou a língua quente pelo testículo dando uma leve chupada com a boca aberta. Respirou fundo já subindo a lambida para toda a extensão chegando até a glande e a cobrindo com os lábios. A fragrância com uma leve nota salina. De alguma forma, fazer era tão prazeroso quanto receber. Lembrava perfeitamente de como Akechi o chupava e tentaria dar a mesma sensação lisérgica que o Goro tinha o dado. Começou a masturbar mais com uma mão e lamber em círculos a glande, indo para frente com o rosto e fechando os olhos sentindo o calor férvio, o aroma pervertido, a textura suave e ouvia os suspiros que escapavam voz, agora sabendo como ele era bem vocal com seu prazer. Seu membro latejava junto quanto mais centímetros entraram por seus lábios, não engolindo nem um pouco a saliva para escorrer ainda mais, ouvindo aquele som obsceno e molhado da saliva que chegou a descer pelo queixo.

Olhando para cima tentando ver o rosto do detetive percebeu que não era o único que estava tentando admirar o outro durante esse ato. A luz do ambiente parecia deixar tudo ainda mais inebriado como um sonho, os dois com o rosto mais tingido quando Akira colocou mais para dentro, já sentindo bater em sua garganta. Queria provocar mais, então parou de chupar no meio de um gemido longo e gostoso de ouvir. Apenas segurando o membro que estava quase inteiro dentro, sem se mover. Goro piscou algumas vezes tomando ar e abaixou suas sobrancelhas em uma expressão não satisfeita e extremamente bonitinha, como um felino Akira levou a outra mão que não estava na base do membro, na virilha e escorreu pressionando as poucas unhas que tinha até a parte interna da coxa, traçando um caminho avermelhado e ardido que fez o que estava no sofá levar a mão para segurar os fios bagunçados e escuros, dessa vez não puxando para fora, mas para dentro, empurrando a cabeça com força o suficiente para sentir os lábios até sua virilha. fundo demais, a garganta de Akira apertou fortemente em um impulso de tosse sem conseguir respirar direito, sentiu os olhos marejados com lágrimas pelo mesmo reflexo e o nariz úmido. Parecia estar a chorar mas estava literalmente se engasgando com o falo, uma sensação ardida e obscena. Achava que Goro tinha sido piedoso quando puxou o cabelo fortemente para fora, tirando quase todo o membro de dentro da boca tão molhada e agora até viscosa do moreno, mas depois de o ver ter tomado ar, o detetive voltou a segurar a cabeça e empurrar como antes sentindo o nariz em seus finos e ralos fios castanhos claros que tinha ali. Ambos estavam a revirar os olhos e soltar gemidos. Akechi então começou a mover seu quadril enquanto segurava os fios com força, usando a garganta do phantom thief como se fosse seu brinquedo sexual. Um mero onahole. Ouvindo os sons melados enquanto tentava respirar o quanto podia e prender a respiração depois, ficando com uma pequena tontura, só pensando em satisfazer Crow que mordia o próprio lábio sem parar o movimento e ainda sim arfando com as pernas trêmulas. Sentindo uma pressão no ventre sentiu que era momento. Afastando um pouco o quadril tirando o pau da boca melada. Akira estava com lágrimas nos olhos, laterais da boca avermelhadas, escorrendo um pouco até pelo seu nariz enquanto tomava ar com a boca aberta. Estava ainda só a pensar em ser fodido, subindo os olhos pedintes. Goro então começou a se masturbar e não demorou para começar a encher a boca do moreno com aquele leitoso perolado. Isso era a visão do paraíso. Saboreava com gula e ainda terminou sorvendo a glande e tirando os últimos resquícios de prazer, fazendo questão de deixar um filete de semen que ligava a sua boca enquanto olhava para os olhos escarlates e dilatados. O gosto era realmente obscenamente gostoso. Mostrando seu Pomo de Adão descer ao engolir. Estava realmente uma bagunça, então desabotoou a camisa que usava e a tirou para limpar um pouco o rosto das lágrimas e saliva. Akechi ainda estava nas nuvens pela endorfina do prazer sentido, mas queria mais. Precisava de mais.

“Realmente, essa boca serve para muita coisa além de falar idiotice.”
“Ei… COFCOF. Eu quase perdi minha laringe e meu pulmão por causa disso. Eu fui mais gentil com você.”
“Eu não pedi para você ser gentil comigo. Você que escolheu ser, como sempre. pff.”

Como se aquilo fosse um pedido por gentileza, sentiu um toque sobre sua cabeça em um gostoso afago da mão sem luva, pela posição se sentia um animal doméstico então rindo de si mesmo, Akira levantou e se sentou no sofá também se impressionando com a macieza enquanto o detetive desabotoava e tirava a própria camisa a colocando de lado no sofá e assim que a tirou, avançou o rosto para o pescoço de Joker, respirando fundo ali e dando alguns beijos úmidos que arrepiavam, passando a ponta dos dedos pelos braços definidos e finos. Porque era tão bom cada toque do que havia o traído e fascinado? Estava nas mãos de Akechi, mas sabia que era mútuo, ou ao menos queria acreditar. Conseguia normalmente traduzir a intensão por trás de algumas das palavras afiadas, eram similares em bastante coisa apesar de tão contrastantes também. Isso tornava tudo ainda mais especial. Mas precisava perguntar.

“Goro… o que eu sou para você?”
“Meu rival.” Falou sem desencostar os lábios da pele ebúrnea
“Não quero ficar sendo só seu rival. Mas serei seu rival para sempre. Além disso, o que eu sou?”
“ Como sempre Kurusu. Sentimental demais. Você precisa ler as situações de uma forma melhor. Não quero te dar o prazer de ouvir… hm, então vamos dizer o seguinte… você acha que eu transaria com qualquer pessoa?”
“Você quer que eu seja sincero?… se fosse conveniente para seu plano de matar o shido, talvez.”
“… talvez. Okay. Esse seu talvez pareceu para mim foi um sim. Mas no caso seria um não. Eu não permitiria eles me tratando como trataram minha mãe. Seria um acesso fácil a informação mas sem profundidade, eu me recuso. No máximo os seduziria sim, mas realizar isso ou se quer se tocassem em alguma parte minha, eu arrancaria a mão deles com uma faca de manteiga e um isqueiro. O máximo que permiti foram algumas mãos na minha coxa e uma comediante tocando no meu rosto porque estava em gravação.”
“Isso foi muito específico. Okay… vou ser específico também. Eu namorei a Ann por um estranho e divertido mês. Mas nesse inteiro mês, nós não fomos além de beijos e nudes. Notamos que não tínhamos algo realmente pelo outro além de uma amizade íntima. Eu via o brilho dela no olhar falando sobre a Shiho e acho que ela via o brilho no meu… quando eu falava sobre você.”

Naquele momento, estavam nús. Literal e figurativamente. Isso era um pouco assustador, mas era um momento tão importante e urgente que precisava ser dito ou o moreno sentiria aquilo preso na garganta por muito mais tempo. Olhavam para o fundo dos olhos como uma discussão profunda, mas não deixava de ser estranho tudo aquilo enquanto estava tão excitado e Akechi não totalmente rijo, ainda. O olhar frio de cor quente agora parecia surpreso e afetuoso, se aproximou mais de uma forma que chegava a ser casta, encostando as testas, ouviu um sussurro tão do fundo do peito que mal era audível, mas guardaria aquelas palavra para sempre. “Pensar que a Ann estava certa. Eu odeio amar você.” Bastou ouvir isso que sentiu os olhos quentes, levando as mãos para os fios um pouco mais compridos, dando um carinho e o puxando para perto, adentrando naquele beijo cheio de cobiça por mais, precisavam do outro, tese e antítese precisavam um do outro para chegarem em suas respectivas verdades, pequenos murmúrios saiam daquele beijo como pedidos por mais. Tocando no corpo do outro em meio aqueles desejos, aquele amor que floresceu ódio, daquele primeiro encontro que parecia destinado até o ver das reais cores um do outro. Suspiravam e enleavam suas línguas, o que Akira não imaginava é que enquanto se beijavam de maneira tão intensa e romântica, sentiria o tecido de couro no membro que estava a implorar por toques. A luva subia e descia por seu comprimento e quando soltou o primeiro gemido quebrado dentro da boca do detetive, ele soltou o que estava a pulsar. Era impossível não admirar o corpo de Akechi, que levantou e andou até a cama que não era longe de onde estavam mas ficava com uma sombra avermelhada pela luz led que tinha ali.

Praticamente correu para o colchão, queria ainda mais. Já subindo na confortável e cheirosa cama, olhando o luxuoso lustre que tinha ali perto, as algemas do cano no teto e o espelho que tinha tanto ali quanto do lado direito deles, dando para ver a cena como se estivesse em um filme erótico. Precisava gozar. Estava já a doer, mas se pedisse, sabia que Akechi e seu sadismo iria fazer de tudo para não o permitir, assim era melhor fazer algo ainda mais tentador. Ficando de joelhos e indo com o corpo para frente, ficou de quatro e virou o corpo até onde conseguia, abrindo as pernas e puxando com a ponta dos dedos uma das nádegas, mostrando aquele apertado músculo rosado que contraia. Olhando de canto de olho para Crow com aquelas prateadas íris que já eram penetrantes por si só.

“Eu não esqueci do que falei da última vez. Aliás você me deixou com muita vontade que nesse meio tempo, tive que ficar batendo toda vez que eu pensava em você me comendo, e você sabe como é difícil fazer isso no Leblanc. ”
“Ainda bem que não esqueceu, porque agora nem um corte impediria de eu foder você. Vai mais para frente Akira, encaixa sua cabeça ali e coloca seu tórax no travesseiro alto.”

Piscou algumas vezes olhando para frente até que notou o que ele queria dizer. Pensava que já gozaria só de imaginar aquilo, mas não foi o que aconteceu. Pensava que depois das vivências que já passou, teria trauma de restrições de movimento. Talvez seus amigos estivessem certos sobre ser perigossexual. Se colocou ali com a cabeça na meia lua acolchoada e os pulsos, pelo menos era mais confortável do que algemas de metal. Logo seu carrasco com um sorriso extremamente satisfeito puxou a parte superior e fechou com a tranca simples que tinha ali. Estava como um persona pronto para a guilhotina. Tentou tirar a mãos de dentro do círculo em que estava encaixada, e notou que se puxasse com jeitinho, conseguiria tirar de lá. Mas claro que queria se manter. Já a cabeça, tentou recuar com o corpo mas por poucos segundos quando sentiu machucar, é, ali não conseguiria. Mas a mão alcançava o fecho, realmente era bdsm. Restrição, mas com absoluto consentimento. Provava a sensação de ficar ali com a cabeça e mãos presas, de quatro com a bunda empinada para Akechi o usar. Infelizmente não conseguia ver o rosto claramente, mas se olhasse realmente com o canto do olho para o espelho que tinha na direita, conseguia ver um pouco o corpo exposto como carne naquela posição. Isso era bom. Não era ideal para sua primeira vez com penetração, mas definitivamente era a maneira perfeita para si.
Sem conseguir ver direito, ouviu Akechi abrir o armário que tinha ali e rasgar alguma embalagem, duas embalagens. Isso já o arrepiava imaginando o que era tentando ver pelo reflexo mas não conseguindo. Assim que se distraiu um pouco, tomou um susto, soltando um exclamar e depois tomando todo o ar de seus pulmões de uma vez só. Um tapa em sua bunda que provavelmente deixaria um vermelho. Depois sentindo os dedos de Akechi passarem por onde tinha dado o tapa, suaves em contraste com o estalo alto, e isso era extremamente estimulante, ainda mais pela pele estar sensível. Como Akechi parecia tão experiente? Engoliu seco quando sentiu um melado meio gelado escorrer até sua trás.

“Akira. Posso começar? porque daqui eu não acho que conseguirei parar. Me avisa se doer?”
“Para quem forçou uma garganta profunda você está bem piedoso agora, ahah… mas sim. Eu aviso. Vai…com jeitinho? “
“Ouvindo você pedir assim não me dá vontade de ir com jeitinho. Mas sim, eu vou.”

Para confirmar ainda a afirmação, o de fios claros deu um beijo onde havia dado o tapa, passando a mão naquela bunda tão bonita e lisa de Akira. Logo foi com a mão sem luva para onde tinha melado com o lubrificante. Entrando a ponta de um dedo ali na cavidade tão fechada mas que contraia por mais. Entrava gradativamente e com esmero, aquela sensação por si só era vergonhosa naquela posição, juntando os joelhos os pressionando enquanto sentia o rosto quente. Um dedo entrou completamente e curvava procurando onde seria ainda mais sensível, e quando achou a próstata batendo o dedo nela algumas, ouviu um clamor trêmulo de Akira, que não aguentou e enquanto mordia a parte interna da boca e fechava às mãos em punhos, soltou seu cândido prazer. Para não melar toda a cama Akechi colocou a mão embaixo, sentindo o fluxo férvio lembrando de como havia sentido dentro de si, dando uma sensação de estar cheio e quente. Queria sentir novamente e sabia que teria a oportunidade.
Com a mão repleta de gozo, lambeu um pouco e continuava muito, dando de ombros e passando na lateral da cama. Não demorou para então colocar um segundo dedo lubrificado para dentro daquele aro de músculos, movendo, entranhando, abrindo. Akira não estava a pensar, apenas sentir toda aquela sensação que já fazia seu falo ficar novamente estimulado, contraindo os dedos do pé e movendo um pouco o quadril de uma maneira ainda mais atrativa. Foi então que revirou os olhos cinéreos ao sentir o terceiro dedo, se surpreendendo com a facilidade que entrava apesar da leve pressão dolorida, feliz por Goro estar sendo delicado mesmo estando novamente extremamente excitado. Os três dedos abriam ainda mais e entravam inteiros parando um pouco ali dentro da cavidade para acostumar.

“ Posso entrar Joker?”
“ Espera um pouco… a grossura é a mesma desses dedos? Se for acho que tudo bem. Eu já tinha colocado um dedo antes mas… hm…”
“ São três dedos mas movi eles e abri também, a grossura não é exatamente essa e meus dedos são finos, mas… vamos lá. Eu vou ser lento também sim? “

Queria concordar com a cabeça, mas como ela estava presa na guilhotina, só voltou a abrir mais as pernas. Finalmente sentiria Akira Kurusu por dentro, queria ouvir ele gritar seu nome, ainda mais preso e vulnerável, isso acariciava o seu ego de uma forma que o fazia dar um sorriso malicioso, era isso que queria, foder o líder dos phantom thieves até que ele implorar. Colocando mais lubrificante sobre seu falo e masturbando algumas vezes para espalhar. Fez questão de olhar para o espelho enquanto pressionava a glande para ele o engolir, lentamente tirando os três dedos para substituir aquele lugar sem muita dor. Finalmente estava a se tornar um com ele. Entrando mais seu pau naquela cavidade tão apertada e íntima. Queria ver o rosto de Akira mas só conseguia ver no reflexo o como ele estava com a boca aberta e via em suas costas o peito subir e descer. Levando o quadril para frente e ajustando até sentir a púbis encostar, todo o comprimento dentro dele. Deixando parado para ele se acostumar.

“hmn, Goro… eu que sou apertado demais ou você que é grande? A-Ahh… que sensação estranha e boa”
“Sempre que você me chama pelo nome sinto como se você acertasse no meu ponto fraco, não faça eu me acostumar, eu gosto de ouvir. Sobre isso, acho que dos dois um pouco. Odeio admitir, mas acho que você é um pouco maior que eu ainda.”
“Você está admitindo então? Meu pau é maior que o se- H-HMMM!! A-Aaah…”

Bastou aquela provocação para Akechi levar o quadril para trás quase tirando todo o membro de dentro e então socando dentro com força do impulso do quadril. Sentindo até a pressão dos ombros na guilhotina, revirando os olhos de prazer agora que sentia as estocadas constantes dentro de si, Akechi não veria sua expressão vergonhosa ao menos, colocando sua língua para fora sentindo o baque de cada penetrar e o som das peles a bater. Tão fundo e quente, tudo o que pensava era como Akechi o fodia bem e todas as vezes que imaginou aquilo que estava acontecendo agora. Mesmo tendo gozado com os dedos no início, agora já sentia o sangue a pulsar novamente entre suas pernas, enquanto Goro mantinha o ritmo e gemia mais profundo do que antes, talvez para não gastar o ar e manter o movimento forte e constante penetrando, sentindo aquela carne o apertando e sugando para dentro. Mas o moreno não precisava guardar ar nem se preocupar com a vizinhança, arfando tentando tomar ar e soltando as vezes alguns gemidos fortes no seu tom de voz mais grosso, soltando as vezes em meio a roucos gemidos alguns “Akechi, isso.” “Isso HM continua” não conseguia soltar mais frases longas ainda mais naquela posição em que estava preso.
Não demorou para Akechi sentir que não duraria mais muito tempo, e Akira notava isso pela forma com que ele desacelerou o ritmo e os gemidos saindo manhosos e cheios de ar, realmente, depois de um tempo mantendo o passo, entrou fundo e ali sentia as pernas trêmulas enquanto preenchia seu amado Joker, mas mesmo com certa fraqueza deu um bom tapa na bunda de Akira novamente, que sentia a pele quente além do leite de Akechi que o enchia.

Estava quase a gozar junto, mas agora o detetive não estava mais rijo dentro da sua cavidade apesar de se manter ali. Estava para tirar as mãos da imobilização quando ouviu algo. Provavelmente foi outra coisa tirada daquele absurdo armário. Isso de alguma forma o deixava nervoso, o que poderia ser? Ouviu um som de isqueiro. Isso vindo de Akechi e sem poder enxergar o fez novamente juntar os joelhos e tentar ver o espelho. Uma vela? Uma vela, vermelha como suas luvas como phantom thief.
“Akechi… o que você tá fazendo?”
“Um experimento.”
“HMN!”

Foi assim que sentiu duas sensações novas junto, o membro saiu de dentro de si escorrendo quente até suas bolas, mas como se não bastasse isso, um calor que chegava a queimar pingou em sua bunda. A cera da vela pingava as gotas ali, a pele tão alva ficava avermelhava, era uma dor boa e rápida, mas logo a vela foi apagada e a mão sem luva passou pela marcada e alva derme mais sensível do que nunca, notando que a cera não era igual a de uma vela comum, era mais fácil de tirar e depois de apertar ali, era como se ela fosse cremosa, pelo menos o cheiro era bom e lembrava champagne. Mas quando desceu os olhos Akira moveu o quadril de um lado para o outro como se o chamasse, e foi assim que segurou o membro do de quatro por trás, ordenhando naquela posição com a mão mais macia do que era normalmente e sentindo a sensação quente dentro de si que envolvia o corpo inteiro de uma forma confortável mesmo em uma posição de não parecesse tão agradável assim. Soltou um gemido mais forte com o acelerar e a outra mão de Akechi que segurou sua coxa, era bom gemer alto, libertador e parecia uma urgência de seu corpo. Assim soltou um alto e sonoro plangor de prazer enquanto gozava.

O que não imaginava era imediatamente ouvir o abrir da fechadura da guilhotina e o cair com o puxar para trás em um abraço forte, agora estando sentado em meio das pernas de Goro, ele mantinha o masturbar mas respirava fundo sua nuca, dando alguns beijos suaves ali na região suada. A fragrância de café era impregnada em Akira de uma maneira que o derretia, era como se fosse o cheiro natural. Movia a mão para cima e para baixo no mesmo ritmo que via o peito do moreno subir e descer, ainda escorrendo em impulsos aproveitou que estava com o queixo apoiado no ombro do outro e levou a mão com luva para o mamilo, apertando entre os dedos, tão durinho e rosado que não conseguiu conter um sorriso vendo o estado lisérgico em que Joker se encontrava, sentindo arrepios.

“Temos uma banheira enorme a cinco passos de nós.” Sussurrou no ouvido do que estava a tomar ar se recuperando do quanto foi fodido.
“Você escolheu esse quarto a dedo não é? meu carrasco?”
“Hah, não é como você não soubesse sobre meu sadismo depois de me ver matando shadows nos mementos.”
“Realmente. Fora que você com sua roupa escura, apertada e com garras é tão sexy quanto de branco… se bem que de branco você fica muito bem também. Queria ter transado com você em algum palácio.”
“Tudo teve seu tempo Akira… apesar de que… okay. Seria bom ter feito isso no mundo cognitivo.”

Kurusu se apoiava no corpo que estava atrás de si, fechando um pouco os olhos e dando um suave carinho nas pernas que o enquadravam ali na cama. Se sentia pertencente de uma forma que nunca imaginou na vida. Claro que agora tinha uma casa onde era bem vindo, amigos, mas principalmente, ali. Nos braços de quem antes tentou tirar sua vida, achou seu lar. Seu corpo inteiro ressoava ainda o prazer sentido mas ainda sim virou o corpo ficando sentado de frente para Goro tomando a frente de um beijo, escorrendo os dedos nos fios de cabelo mais compridos que os seus, sentindo a textura e o carinho do ato, enquanto as línguas tornavam a se encontrar agora em um ritmo mais lento que fazia o coração de ambos apertar uníssono. O beijo era realmente viciante, tanto o beijo como a forma que acompanhavam o ritmo do outro independente de qual fosse, mas dessa vez de alguma forma parecia ainda mais afetuoso dos que já haviam compartilhado. Passeando a mão no peito de Akira, foi subindo para os ombros de um jeito doce, já Akechi recebia um afável carinho em seus cabelos de fios finos, tomavam o ar perdido na boca do outro, as vezes abrindo os olhos para admirar o rosto tão perto.

Depois de lamber contornando o lábio de Goro e mordiscando o inferior, ele parou o beijo lento e romântico, andando de joelhos sobre o colchão até pisar no chão. Esticando um pouco as pernas trêmulas que ficaram muito tempo dobradas e alongando um pouco os braços colocando para as costas, o que fez o detetive quase salivar de desejo, sem tirar os olhos do moreno que foi indo a passos trépidos para a banheira, já verificando se estava com ralo fechado e girou a torneira quente. Sentando ali na borda ansioso olhando para a água, com certeza era a maior banheira que entraria na vida, se não contasse um onsen. Isso lembrava a primeira vez que foi no onsen com Akechi, impossível não sorrir com a lembrança. Já o de fios claros seguiu os passos e sentou na borda colocando os pés na pouca água que ja tinha soltando um suspirar calmo

“Nunca fui uma pessoa muito sexual, questão...de libido não? Não sei como me sentir sobre isso. Além de me sentir muito bem digo.” Sabia como o phantom thief realmente mudou sua vida, além de o dar esperança para uma visão de mundo tão fatalista, agora não parava de pensar no prazer sexual, sendo que nunca teve muito tempo para isso

“Para você estar soltando uma sinceridade assim, realmente deve estar muito bem. Não para de pensar em como meu cuzinho é bom então hm? Mas se estamos falando sobre puberdade, o que acha do Yusuke com o Ryuji? Foi uma descoberta surpreendente? Para mim não foi tanto mas eu convivo muito mais com os dois né”

“Falando assim você parece ter saído de um pornô barato, para com isso… mas sim você me apertou bastante. HMN. Não. não foi uma descoberta depois de eu ter visto eles usando a calça jeans do outro. Mas a ponto de ficarem no banheiro? Eu esperava isso do Sakamoto obviamente, mas não de Kitagawa. Imaginei ele sendo alguém dramático e romântico a ponto de anunciar para todos antes de beijar o Ryuji. “

“ isso realmente parece o nível de excêntrico dele né? Hehe…pera, calça? Como você notou isso?”

Começou a se abaixar e sentar na banheira que agora estava na altura do umbigo, o que fez Goro descer também e se sentar. Vendo na outra extremidade um controle, foi até lá e começou a apertar os botões quando ligou uma luz púrpura do fundo da banheira, deixou daquele jeito. Pegando também do lado um sachê que dizia ser sais de banho. Abrindo o pacote e despejando na água quente em que estavam, cheirava a rosas e lavanda, doce mas agradável e não tão forte assim, voltando para perto de Kurusu.
“ achei que teria pego essa pista, caro Moriarty. Yusuke não usaria uma calça rasgada e Ryuji não usaria uma calça tão limpa e colada.”
“Mas Holmes, o Ryuji não tava com calça colada, ele tava quase com a samba canção toda aparecendo se não fosse a regata comprida.”
“ adaptações, a calça tava toda aberta. Não sei como ele se sente confortável daquele jeito.”
“Ei, isso que você colocou na água está tão cheiroso…”

Akira fechou a torneira assim que viu a água já na altura quase dos ombros e puxou Akechi pela cintura para si, o fazendo sentar em seu colo. Aquilo era tudo que já havia sonhado. Ver os olhos avermelhados apaixonados para si mesmo que Goro nunca admitisse, era tão evidente que chegava a ser tangível, o puxando novamente para beijar, respirando profundo sentindo aquela fragrância floral da água e passando a mão pelas costas de Akechi sentindo a pele aveludada e macia, o hálito quente assim como a água e tornando a sentir a textura da língua de sua antítese, passaram um bom tempo naquele beijo lento e manhoso, até afastarem um pouco o rosto e ainda sim ter um filete de saliva os unindo. A posição em que estavam e o beijo por mais que não fosse a intenção, fez os dois voltarem a ficar excitados novamente, e sem nem mesmo perguntar ou pedir, Akira segurou os dois membros que estavam encostados no outro com uma só mão. Goro arrumou mais sua posição sobre o colo para se possível juntar ainda mais, e assim começou a masturbar por baixo daquela água quente, mal cabia o tamanho dos dois juntos em sua mão, mas passava a palma nas duas glandes e voltava a segurar levando a mão para cima e para baixo. Akechi pensou em falar sobre um assunto sério e preocupante como os riscos que poderiam ter com apoiadores do Shido, mas qualquer pensamento lógico sumia ao olhar os olhos cinéreos e dilatados com longos cílios, ao sentir o prazer que nunca imaginou. Encostaram a testa na do outro, de olhos fechados trocando alguns gemidos baixos mas que pareciam ecoar dentro de si junto com o som da água pelo movimento ali feito, não aguentando e movendo seu quadril para roçar mais, tão junto, tão gostoso. Akira começou a pressionar mais os falos um no outro e em sua mão, movendo com mais vigor até novamente gozarem, dessa vez praticamente juntos. Estava se deliciando com a situação quando viu o grosso esbranquiçado a boiar na água e se afastar do corpo do moreno, já se levantando de costas para ele, feliz por não ter o cabelo molhado nesse curto e pervertido banho, pegando a toalha que tinha ao lado e se enrolando e secando, pisando fora e ficando sentado no canto da banheira, não demorando para Akira fazer o mesmo e ir até o celular que estava no chão junto com algumas roupas.

“Ah. Parece que estamos no cio. Queria mais…mas agora o meu corpo parece tão relaxado pós banho. Vamos pedir alguma coisa para comer? Eles devem ter cardápio online não?”
Foi indo para a cama novamente se jogou de costas, deitando ali com um enorme sorriso no rosto pelo feito e pelo momento, a endorfina ainda não havia abaixado e estava em êxtase, o mesmo para Akechi que sempre teve uma relação complicada de lidar com sua própria alegria, mas agora estava a se sentir nas nuvens.

“Nada como uma vontade enorme contra uma restrição ainda maior para intensificar nossos desejos. O que é uma merda se você pensar afundo sobre, mas estou muito muito bem assim. Oh! Sim! Eu gosto bastante dos cardápios. Normalmente eles tem um tablet com cardápio, você seleciona e paga por ele, aí eles tocam na porta e colocam dentro do armarinho aberto para nós… isso mesmo, o tablet tá aqui.”

Com a toalha amarrada na cintura, Goro estava apoiado na parede lateral da mesa que tinham ali, com o tablet em mãos por ele ter uma corrente para ficar na mesa.

“Olha só, a celebridade devia fazer review de comidas de motel! Eu gosto bastante da ideia, poderíamos testar a cama de cada motel também~ normalmente eu só como curry, gyudon e tomo café. Será que tem algo mais diferente aí?”

“Você deveria fazer review de comédia standup então. Mas se for um review particular só nosso, eu estou concordando com essa sua ideia sim. Tanto da comida quanto da cama. Aqui tem bastante porção, mas o omurice parece bem avaliado, tem algumas pastas também. Supostos drinks afrodisíacos? Tsc. Parece verídico. Vamos relevar porque parecem gostosos e nem todos são alcoólicos. “

Akira parecendo interessado levantou as sobrancelhas e o tórax, dando duas batidinhas ao seu lado no colchão o chamando, mas quando Akechi apontou para a corrente do tablet, simplesmente fez um bico e continuou o chamando novamente.

“ Vou querer o omurice então! E a sobremesa eu divido qualquer uma que você quiser. E você ?”

“ Vou pedir uma pasta ao fungi mas vou comer um pouco do seu omurice e de sobremesa vamos… esse cheesecake simples. Vai ser isso. “

Fez o pedido o mais rápido possível, ansioso para logo se deitar ao lado de seu phantom thief lembrando o quão bom foi dormir ao lado dele naquela conturbada noite da primeira vez de ambos, sempre teve noites de insônia e naquele dia simplesmente desmaiou nos braços de Kurusu como nunca imaginou antes, ainda mais sempre reforçando internamente a importância de nunca abaixar sua guarda. Mas assim fez, depois de pedir, foi para a cama e se deitou, não deixando de escapar um sorriso ao ver o retrato de ambos pelados no teto espelhado. Tão íntimo e especial. Tantas lembranças e memórias. Seguraram a mão um do outro e trocaram alguns carinhos silenciosos, ouvindo um pouco a respiração do outro, a água da banheira a descer pelo ralo e depois de um tempo um abafado gemido feminino que vinha de algum quarto próximo.

“Aproveita que você está com o celular e se conecta com o bluetooth daqui e coloca alguma música. Agora o silêncio ficou tão nítido… você está…”

Enquanto falava notou que Akira não estava mais a olhar a tela do celular, estava olhando o espelho em cima deles e clicando na tela, tirando algumas fotos daquele momento. Assim aproveitou e se aproximou ainda mais, fazendo um V com os dedos para a foto. Depois de algumas fotos voltou a olhar a tela e foi colocar alguma música. Não conhecia tanto do gosto musical de Akechi mas se tinha algo que ambos gostavam era das músicas que ressoavam pelo Jazz Jin. Quando começou a tocar olhou para todos os lados do cômodo, parecia realmente trilha sonora do momento pela música se espalhar, onde estava as caixas de som? No teto pelo visto, mas foi interrompido pelo tocar da campainha, o que fez os dois se levantarem, Goro tirou a toalha e colocando dobrada em um canto, pegou a cueca que estava no chão e vestiu. Já Akira foi até a porta pelado e abriu, não tinha nada nem ninguém, até lembrar do armário que Akechi tinha falado e quando abriu, como magia, estava ali os pedidos. Pegando a bandeja e já andando até a mesa em que seu detetive príncipe estava, acendendo uma vela decorativa que estava ali com o isqueiro usado para a vela que o mesmo havia feito pingar em sua pele, sentindo uma constrangedora contração. Devia pegar sua cueca também e aquilo ficaria menos aparente, assim fez, mas Akechi sem mais delongas foi enrolando o macarrão no garfo e comendo, se tinha algo que sabia era que comida de motel era realmente bom, pelo menos as que não são cortesia. Akira usando a cueca se sentou na outra cadeira enquanto ajeitava o elástico vermelho do tecido preto, quando fez a pergunta que fez o detetive desconfiar que ele tinha algum poder de leitura de mentes.

“Quando você vinha criança aqui, como você entrava escondido? E o que você comia? Restos ou faziam pedido? Hm, o omuraisu tá bem mole dentro, eu gosto. você prefere gema mole ou dura kechi?”
“Vamos por partes hm? Teve umas vezes que eu tive que entrar em uma mala, antes eu ficava dentro do carro lendo. Outras minha mãe só colocava o casaco ao meu redor e algumas vezes foi bem descarado mesmo. De comida as vezes comia se era resto dela, mas normalmente pedíamos ao menos uma sobremesa, sorvete. Ovo… depende da receita.”

Comeram um pouco em silêncio degustando a comida, a situação, a música, a troca de olhares e alguns chutes que davam na perna do outro como uma diversão competitiva usual.

“Eu gosto de gema mole Goro, já anote para lembrar quando um dia você fazer o café da manhã para mim ”
“Isso supõe a existência de algum dia que você não acorde antes de mim para fazer café para nós. O que eu duvido que exista. Mas sim, minha memória é boa e esse momento vai ficar muito bem marcado.”

Não demorou para terminarem de comer e rachar o pedaço de bolo entre eles, não deixando de por iniciativa do moreno, levar o doce até a boca do outro, que abriu e aceitou aquele gesto de afeto com afeição, fazendo o mesmo com ele e sorrindo ao o ver de boca aberta. Momentos tão raros mas que agora estando ao lado de seu rival, sabia que se tornaria usual. Assim que terminaram, assoprou a vela sentindo a moleza de toda a atividade física que fizeram e da comida quentinha e confortável. Notando isso o de fios claros se levantou e voltou para a cama, dessa vez com a cabeça para o lado dos travesseiros, mas era impossível não olhar para seus pés e ver a guilhotina onde antes estavam a gemer. Ficando um pouco corado com a situação, focou o olhar para cima, para seu próprio reflexo, vendo os próprios olhos rubros antes tão opacos agora mais fortes e com vida, pensando no como havia mudado e não só fisicamente. Até então a luz principal do quarto ser desligada, ficando só a luz led azul de trás do sofá que iluminava tão pouco mas o suficiente para ver o rosto de quem se acomodava ao seu lado, diminuindo o volume do jazz para algo bem baixo e puxando a coberta macia para o corpo dos dois de uma maneira tão doce que fez Goro sentir um apertar no coração.

“Sabia que são três e meia da manhã? Eu nem prestei atenção nisso nem quando fomos pedir a comida. Bem, é. Funciona vinte e quatro horas mesmo e nem tínhamos jantado.”
“Ah eu jantei e muito bem se você me entende. Hmhm…. Ei. Só preciso dizer uma coisa antes de qualquer coisa, estamos com a guarda muito baixa. Tem algo que te dê segurança de que algum envolvido do Shido não tentar mais nada com a gente?”
“Eu esperava ouvir algo romântico. Nem que fosse um bonita bunda, mas enfim, acho que é muito recente a última vez. Sae está do nosso lado também e isso me dá segurança mas provavelmente vão tentar alguma coisa. Nada que não daremos um jeito.”

Respirou fundo e virou de lado, acomodando então seu nariz no ombro de Akira, dando um leve beijo na pele cheirosa e fechando os olhos. Passando o braço nos dele o abraçando, e akira aproveitaria essa proximidade como se fosse a última vez que aquilo aconteceria, puxando Akechi para seu peito, o fazendo apoiar a cabeça em seu peito e o braço em seu abdômen, dando um beijo sobre a franja do detetive. Agora ambos estavam ali encaixados e juntos, sentindo o calor do outro e da fina coberta, sentindo o corpo do outro e de si depois de tudo que fizeram. A mão antes perto a cintura subiu languidamente chegando no peitoral antes de se entregar ao sono.

“Esperava algo romântico? Eu me perguntei isso porque estar com você é bom demais para ser verdade. Bom demais para alguém como eu.”






sábado, 11 de fevereiro de 2023



A vida nunca é constante.
Ideias são moldáveis por palavras e acontecimentos sórdidos são inevitáveis assim como a euforia da alegria. Mas diante disso vemos essa realidade por nosso prisma, e como ela não tem um significado, nós as significamos.
Akechi Goro havia colocado toda a significância de sua vida em um ideia tão imutável para si e tão cravada em pedra que ver agora aquela pedra quebrada no chão, a pedra da lápide vazia que cavou com esmero para caber o corpo de seu próprio pai, em pedaços, o deixava igual. Devia ser a mesma sensação que Yusuke sentiria se jogassem água sanitária sobre sua arte digna de estar em um museu.
Sabia que seu próprio senso de justiça podia ser uma ameaça ao mundo e aos outros, mas isso era risível. Estava…liberto. Das correntes que criou para si mesmo, enquanto experienciava a morte, Akira e seus amigos roubaram o tesouro de Shido, o fazendo fora do universo cognitivo admitir seus vários crimes e pecados, crime e castigo. Mas na realidade hipócrita em que viviam, o castigo aos que tem dinheiro não é nada perto de toda tortura emocional como a que Dostoiévski retratou. Um lixo humano que merecia uma medalha, uma medalha em meio a testa. Vermelha e escorrendo a massa cinzenta como sempre sonhou. Sentindo um baque pelo repentino pensamento que o remeteu a imagem de quando havia feito isso em seu rival… dentro de seu cerne sádico aquilo foi extremamente satisfatório, mas seu coração ficava crú e em carne viva em suas mãos. Nunca admitiria que foram aqueles olhos cinzentos de cílios longos que conseguiram ver sua dor e não queria que tais olhos deixassem de despir sua alma.

Estava ali. Vivo. Engolindo seco e voltando a andar depois de se perder em pensamentos, o que ultimamente era bem usual agora que estava a viver sem ordens. A vida antes regrada agora tinha escolhas próprias e se sentia perdido, com raiva de não ter cumprido sua missão de vida, e ansiedade escondida o com orgulho para passar mais tempo ao lado de Akira, seja em conversas filosóficas, a apreciar um bom café ou jogar xadrez e provocações. Era apenas com Joker que sentia a companhia ser digna e aproveitada completamente. Sabia que em algum momento Shido voltaria a tentar o usar como seu marionete. Mas nesses momentos lembrava das verdades que foram mais fortes do que qualquer dor que já sentiu. “Crow, Seu pai sabia que você era filho dele. Você querendo matar ele era só ter matado desde o início, você não precisa de aprovação dele ou tentar ser útil.” Havia respondido isso com um soco e lágrimas nos olhos, mas em retorno, recebeu um carinho doce em seu rosto de compreensão que jamais iria se esquecer.

Em seu caminho para o Leblanc, recebeu uma mensagem de Takamaki. Uma das únicas dos phantom thieves que conseguia manter uma conversa e que lidava com sua língua afiada que escapava as vezes. < Vamos sair para comer crepe amanhã À tarde ? Você tá indo ver o Akira né? Chama ele e o monamona também! > de alguma forma estava sentindo uma sensação estranha. Um mal pressentimento. Nunca foi uma pessoa intuitiva e acha isso na verdade um grande charlatanismo, indo sempre ao lado mais lógico. Olhando um pouco para o céu e franzindo a sobrancelha decidiu tirar o peso da dúvida. < Vamos. 15hrs sim? Amanhã espero que o dia esteja melhor. > não demorou para receber uma mensagem da loira respondendo < o dia parece errado hoje né? Vira tua boca Akechi que até senti arrepio ruim!> <oh, acho que entendo que tipo de arrepio ruim seria esse, sinto quando Sakamoto manda imagens amaldiçoadas na madrugada. Sakura chama de cursed.> <boomer detective aprendendo cada vez mais! Ansiosa para um dia ver você escrevendo com kaomoji, Akira já me mandou uma seleção de fotos de gato e disse qual seria melhor para mandar para você!> piscou algumas vezes com a boca entreaberta, Akira perguntava para Ann qual seria a melhor coisa para mandar para ele? Isso parecia… bem. Ann parecia cutucar algumas dicas de que o líder realmente se importava com o corvo, mais do que ele imaginava. Mas era cego às tais dicas. Que acéfalo iria ter algo romântico com quem o traiu e tentou o matar? Suspirou com decepção e não respondeu mais a loira, ainda mais com a leve irritação de ter sido chamado de boomer, mandando só uma mensagem para Kurusu avisando que estava chegando.

Cada vez que se viam aquele sentimento florescia e já estava em um nível difícil de se arrancar pela raiz, ainda mais porque já havia tentado e tudo voltou ao que era antes. Ansiava para sentir aquele cheiro de café forte que chegava a ficar impregnado em Akira, andando um pouco mais rápido quando avistou o tão confortável café. Abrindo a porta como se fosse de casa, aliás, queria considerar ali sua segunda casa, o sino da porta anunciando sua chegada, mas o cenário estava discrepante ao de sempre, trazendo aquela sensação de estranhamento como se estivesse no Leblanc cognitivo. Ouviu alguns sons de impacto como se estivessem a tentar abrir uma gaveta com força, e ali atrás do balcão, um homem alto de ombros largos vestindo preto, de costas e virando o rosto ao som do sino, em suas mãos uma longa corda áspera e viu ali a origem dos sons de batida, o tal homem estava a enforcar Joker, puxando a corda para cima e chutando as pernas esguias do que estava com mãos trêmulas a segurar a corda em seu pescoço enquanto relutava por ar com o rosto e olhos avermelhados pela pressão. O som de batidas eram de Akira tentando ficar em pé ou se apoiar no balcão, com sons altos da respiração cortada e tentativas de grito, tentava bater no maior com o cotovelo mas era inútil. O desespero se alastrava como aquarela em água, o impacto abrupto e repentino que não imagina passar logo naquele dia.

Aquela corda. Aquele nó. O primeiro passo para sua vida afundar. Os olhos cinéreos do moreno estavam marejado e avermelhados, ao contrário dos que já tinha visto antes naquela situação, tinham vida e brilho. Mas a corda no pescoço desencadeou no detetive príncipe lembranças e nervosismo que pela primeira vez em sua vida o fez travar completamente. Sentia o coração martelar no peito como se fosse sair, tencionando todos os músculos do seu corpo a ponto de ficar estagnado e rígido como uma estátua, os olhos avermelhados estavam em breu de tamanha pupila dilatada. Provavelmente era algum enviado de Shido, como sempre tentando tirar de Goro todo pingo de esperança e humanidade que ele poderia ter.

A corda. O corpo como um pêndulo. Lembrava perfeitamente de como suas pequeninas mãos de criança ficaram em carne viva tentando soltar tirar o nó enquanto ficava na ponta de seus pés gritando em soluços, mamãe mamãe, como se tentasse implorar para a morte não a levar. Porque? Era um filho ruim para ela não aguentar mais e não ser uma motivação para viver? Empurrava o corpo velado para cair, balançava as pernas daquela que o carregou em seu ventre e deu carinho por nove anos. Agora era como se aquela palha trançada voltasse de suas lembranças mórbidas para tirar seu único ponto de conforto, mesmo que negasse de toda maneira possível, seu rival era o único no qual o fazia sentir alguma alegria e sentimentos que nunca imaginou sentir novamente. O desespero e tristeza se misturava com sua raiva e sadismo. Precisava matar. Queria matar aquele homem. Com suas próprias mãos e não com um revólver, queria ver a vida esvaído daquele corpo. Uma enorme hipocrisia, o que antes fez um furo no crânio de Akira e sorriu satisfeito e risonho com seu feito, agora estava em desespero para o salvar de alguma maneira. Toda essa tempestade de pensamentos e memórias ocuparam alguns minutos, enquanto o moreno emitia sons sufocados na tentativa de gritar para Akechi algo para ele sair de tal transe que se encontrava.

O peito subia e descia tão rápido quanto um bater de asas, sentia o coração desregulado e a garganta apertar seca, até que resolveu olhar o ambiente que estava turvo para buscar uma saída para sua trava de pânico. Ali estava. Ao seu lado na entrada, na mesa mais próxima, havia uma garrafa de vinho não inteiramente cheia, provavelmente deixada por Sojiro antes sair de seu café. Era isso. Soltou todo o ar de seu pulmão e prendeu, desencadeando um tremor e finalmente movimento, habilmente dando um passo longo para o lado e com a mão trêmula, segurou o vidro e mordeu seu próprio lábio, impulsionando para baixo e estourando ele em seu próprio joelho, molhando sua calça com o cheiro etílico e férreo. O arder do álcool no corte fundo que havia feito apenas o fez despertar como uma injeção de adrenalina em sua veia e o fez entrar em um estado como quando Loki o sedia seu poder, como se a máscara negra se materializasse em seu rosto mesmo sem estar fisicamente ali, dando um sorriso e pulando sobre o balcão. Obviamente o homem soltou Kurusu naquele exato momento para empurrar Akechi para o chão e o imobilizar, mas não imaginava que o tão perfeito detetive bonitinho que aparecia na televisão seria insano daquela maneira. Akechi afundou a garrafa quebrada no braço do homem que soltou um grunhido, não deixando espaço para ele revidar, o deu um soco na têmpora e no nariz, o fazendo cair para trás e dando oportunidade para o chutar em meio as pernas, dando um grito que fez o maior perder o ar, mas ainda não satisfeito, queria degustar mais daquele sofrimento que o fazia sentir poderoso, pisando com força novamente entre as pernas afundando o seu sapato ali naquela região tão sensível, não resistindo a soltar uma leve risada enquanto ouvia a tosse do moreno ao chão perto deles que estava a pegar seu óculos.

— Você não merece nem o ar que respira, então vamos fazer você perder todo ar se você… — A luva preta novamente encontrou o rosto angular do possível mercenario ou o que é que seja, o fazendo ficar agora com um dos olhos fechados pelo soco recebido — Se você não contar para mim quem que te contratou.

Claro que já havia ligado os pontos, na verdade sabia quem havia o enviado por simples linha lógica, mas dependendo da resposta dada, poderia descobrir mais sobre os próximos passos do político de merda. “M-Meu chefe só queria você! Mas chegou antes de eu desmaiar o refém.” Com isso, sabia que o homem não era da polícia e não estava ali sabendo que estava a sufocar o líder dos phantom thieves. Provavelmente a polícia não queria se envolver com Masayoshi Shido até que a poeira de sua prisão abaixasse, era realmente o que imaginou, um criminoso mercenario ou algo do tipo. Assim que ia falar mais ameaças, Akira levantou como se não estivesse sendo torturado a um minuto atrás, passando a mão em seu próprio pescoço por baixo da gola alta e estendendo o celular para o que estava surrado no chão com um sorriso convencido em seus lábios finos. Suspirando com a voz mais rouca que o normal
— A polícia está vindo senhor… Fuminori. Acho que é melhor você correr se não quiser ser preso novamente.
No celular de Akira estava uma tela com a foto do que estava diante dos dois e várias informações, com o logo da polícia logo embaixo. O criminoso se sentia humilhado por meros meninos, levantando ainda com seu orgulho no chão saindo do café segurando o braço que estava sangrando.
Os dois respiravam fortemente pelo que passaram assim que viram a porta fechar. Olhando um para o outro como se estivessem a trocar palavras silenciosas por pensamentos simplesmente de olhar o outro. Mas não demorou para novamente levarem um susto com uma pedra a ser batida no vidro da entrada o estourando. Akechi simplesmente sabia que ele não voltaria a entrar, respondendo a raiva do tal homem erguendo o dedo do meio enquanto o cortava com o olhar frio de cor quente.

Sem abaixar a guarda dessa vez apenas negou com a cabeça dando um passo a mais, não deixando de aproveitar para ver aquele rosto vivo a sua frente, inabalado com o que havia acontecido como se estivesse sob poder da situação. Tão presunçoso, irônico, odiável, extremamente bonito. Com o sorriso que via normalmente de baixo da máscara e que tinha vontade de fazer aquela curva dos lábios sumir, com um beijo de preferência. No que estava a pensar? Mesmo acostumado a ofuscar e esconder suas reais intenções, foi inevitável não sentir o rosto ficar com tom e temperatura quente.

—Você realmente chamou a polícia não é Kurusu? Porque sabe que quem vira vai ser Niijima?

Ele piscou algumas vezes e sorriu novamente, engolindo saliva e tossindo com a boca fechada para tentar fazer sua garganta normalizar depois da pressão ali sentida, era como se um brilho nos vidros dos seus óculos sem grau até surgisse, conhecia black mask, detetive príncipe e estava a derrubar mais e mais muros de Akechi Goro

— Na verdade não, eu menti. Ficaria com ciúme caso a Makoto viesse cuidar de mim? Se preocupou tanto assim comigo, Kechi?

Aquele apelido repentino fez Akechi sentir seu coração apertar, mas externamente fez uma careta de desgosto, o orgulho era maior do que qualquer coisa mesmo que ainda estivesse com a mente cheia de tudo que havia acontecido, a preocupação, atração, lembranças tristes e até o sadismo que queria ter feito mais coisas com o mercenario.

— Para ser membro dos Phantom Thieves precisa ter criatividade para apelidinhos? Ainda bem que eu estou com vocês para pensar em algo que não seja idiota. Mas fico feliz com sua mentira, vejo que não é tão inconsequente assim e podemos arrumar as coisas em paz.

Quando ia virar o corpo para se abaixar, seus olhos se abriram ainda mais e apertou os dedos contra a palma de sua mão em uma respirada rápido que pareceu um soluço de susto inconsciente. Dor. Finalmente olhou seu joelho. Não tinha noção do tamanho do corte por conta da calça, mas estava rasgada ali. Akira não demorou para pegar uma vassoura e um pano para limpar o vinho estourado e os cacos no chão. Estava preocupado com Akechi mas tentava não demonstrar tanto, sabia o como ele odiava “piedade” ou “dó”. Mas ainda sim queria cuidar dele. Não só daquele joelho, mas daquela alma, ainda mais agora que tinha mais uma chance.

— Vamos subir. Arrumamos isso depois, vamos ver esse corte aí. Eu não vi direito como você fez ele mas vi que foi com o Malbec do Sojiro né? Aha, aposto que ele vai fingir que nada aconteceu e brigar com a gente por ter destruído o vinho.

— Hm. Consigo até ouvir a voz dele reclamando. Você está falando de mim mas a alguns minutos você estava sendo enforcado, ou se esqueceu?

— Não mesmo, mas acho que o máximo que vai acontecer comigo vai ter ficar um roxo, no seu, o máximo é um ponto. Quer que eu te segure no colo meu herói?

— HAHAH! Herói? que te deu um tiro na cabeça? Eu consigo andar, Kurusu. Você me subestima, pelo visto vou ter que chutar seu saco como fiz com o cara.

— Agora sim é quem eu conheço, você tá bem, não deve ser nada esse corte~ Vamos lá. E não se preocupa que o Mona tá na casa da Futaba comendo atum todo feliz

Ser chamado de herói fez sua mente o assombrar novamente, lembrando quando sua mãe perguntava o que ele queria ser quando crescer e respondia que queria ser um herói como o featherman. Se sentia exausto mentalmente e fisicamente estava sentindo um ardor e fisgadas, pontadas fortes quando andava que o fazia morder, pressionando os dentes até a mandíbula doer. Era só um lance de escada, mas ainda sim sem tentar demonstrar estava demorando mais que o normal.
Akira notando a dificuldade, sem falar nada passou o braço por trás do corpo esguio e segurou firmemente a cintura fina, fazendo força e apoio para cima, tirando metade do peso para andar e o facilitando para chegar ali no quarto. Joker pensava em como aquela cintura parecia feita para ser segurada daquela forma querendo manter a mão ali apesar do de fios claros ter saído de lá e se sentado na cama que fez um pequeno rangido de mola. Andou apressado para a estante e pegou uma caixa, pegando de lá um remédio e curativo, se sentando do lado de Goro.
— Agora vamos olhar esse corte aí… Ah! eu viro o rosto, não sei, ah, a gente vai no banho junto… enfim

Já havia entendido a mensagem, pelo visto era constrangedor para ambos simplesmente falar um “abaixe a calça agora”, e realmente, não era dessa maneira que imaginava estar sem calças na cama estreita de Akira. Levantou hesitante enquanto o que cheirava a café mexia no celular, abrindo o cinto, botão, zíper e enfim abaixando o tecido com cautela e tomando um susto com o tamanho do corte que ali estava. Não imaginava que vidro faria aquele estrago e pela calça ser preta o sangue não ficou evidente, só o cheiro de vinho. Enquanto Akechi de pé inclinava para frente para ver o ferimento, Akira olhava aquela bunda tão próxima de si e com a barra escondida pela roupa de cima, aquele leve volume natural mais em baixo e como o tecido contornava a curva ali. A posição que ele estava era normalmente vista quando eles jogavam sinuca, mas sem o tecido ali na frente surgia ainda mais desejo. Era uma bunda realmente bonit-
O detetive voltou a sentar na cama, tendo notado o olhar faminto de Akira para sua trás. Se sentindo eufórico internamente por ser desejado daquela maneira mas mantinha a face séria…e corada. Assim que o moreno viu o ferimento, os pensamentos lascivos sumiram. Pegou o remédio que tinha ali e via sua composição para ver se podia simplesmente jogar em cima daquele corte. Sem nem mesmo pensar sobre isso, colocando a mão sobre a coxa e pele macia, um pouco acima do ferimento. Quando sentiu aquele toque, Goro sentiu um calor como um primeiro gole de whiskey que se alastra pelo corpo. Era inegavelmente uma pessoa desejada, mas que odiava com toda a sua ira e nunca permitiria que encostassem um dedo…se não fossem os de Akira Kurusu. Os de Akira, deixaria não só encostar um dedo como mão e corpo inteiro. Não gostava de admitir isso nem mesmo a si, e só se permitia isso entre quatro paredes e sozinho, mas ali estava, a mão de dedos longos em sua coxa. Mesmo sem ter sido enforcado, deu uma tosse sentindo a mão sair de lá e tomando coragem de falar algo

— Se não me engano prisioneiros antigamente usavam bebidas alcoólicas para limpar esse tipo de ferimentos não? Então Kurusu, não se preocup-A-AH!

Exclamou em alto e bom ardor quando os olhos cinzentos mais próximos da ferida notaram um brilho ali e tirou com a ponta de seus dedos rapidamente um caco de vidro escuro que estava ali preso, fazendo escorrer um pouco mais de sangue por aquela pele pálida. Akechi colocou a mão rapidamente sobre sua própria boca, respirando fortemente. Não era nada perto dos gritos roucos e libertos de ameaças que dava no metaverso, mas ali foi um curto grito de fragilidade. Levando a mão aos fios escuros e passando entre seus dedos, puxou para cima levantando a cabeça dele fazendo a expressão de raiva que secretamente Akira amava, aliás, Akira retribuiu o puxão com uma piscada daqueles cílios longos e perfeitos. Suspirou e soltou os cabelos dele. Foi uma puxada até que sexy pensando bem. Não era a primeira vez que de alguma forma existia um tensão sexual entre os dois, mas agora era melhor priorizar outra coisa. A vez de tomar um pequeno susto agora foi de Akira, ao Akechi levar a mão para seu pescoço e abaixar um pouco a gola. Ali estava a pele marcada com um tom vermelho e roxo, estalando a língua na boca em tom irritado com a situação.

— Não é nada perto do seu corte. Acho até que minha blusa ajudou a proteger um pouco. Pera aí.

— Como sempre você tem esse seu senso de justiça falho. Vamos pelo pequeno fato de que você nunca passa por problemas, é só os outros não é? Você nunca se prioriza e se coloca como o sofredor da história. E sabe mais Kurusu? Se você tivesse matado logo meu pai, e não só roubado o tesouro, isso não teria acontecido, com nós dois.

Enquanto Akechi falava, Akira o ouvia com clareza, mas ainda sim levantou e pegou um pano comprido que tinha em seu armário, molhou com a garrafa de água que tinha ali voltou a sentar ao lado do que sabia estar preocupado, chegando a sentir um aperto no coração de o ver ferido mas tão raivoso por terem o ferido. A prova viva de que pessoas e opiniões são mutáveis, de razões não serem certezas.

— Vou limpar esse sangue tá? Não vou passar em cima do corte não, é bom o sangue secar em cima, só não o excesso… e acho que nossa justiça vai de acordo com tudo que vivemos Akechi. Não acho que você esteja errado de querer matar, inclusive, eu sinto vontade de matar também. É natural. Mas as vezes o perdão pesa menos até dentro de nós. Não, seu pai não merece perdão, mas ele merece estar na cadeia e sofrer o resto de sua vida por tudo que ele fez, com o peso de tudo que ele fez.

—… certo. Pode limpar. Mas sobre ele sofrer de arrependimento, é impossível. Porque ele não tem nenhum. Você é muito ingênuo, acredita que mudam e que o mundo é final feliz de filme infantil. Ele tem dinheiro, vai sair logo mais da cadeia. Ainda mais agora que ele não tem mais um eleitorado, vão se esquecer dele e ele vai agir nas sombras, como o homem que veio hoje te usar de refém. Agora você entende algo? Eu vou dar um fim nessa história, Akira. Existencialismo é a razão e consequência que me preparei.

— Mas a consciência tem que passar por desenvolvimentos que vem de contradições, tipo dialética.

— …Akira. Você leu Hegel?!

Foi impossível conter um sorriso e uma risada ao pensar que ele havia lido filosofia simplesmente por ter parafraseado Hegel em algum momento. Gostava de ler por dar repertório para suas entrevistas onde velhos que nem mesmo refletiam batiam palmas para qualquer merda dita, mas também ler era como um momento íntimo onde ficava mergulhado em pensamentos. Akira não havia entendido com tanta clareza as coisas que havia lido, mas entendeu profundamente que eles eram realmente a perfeita tese e antítese. Lembrando que quando estava a ler tal filósofo e falou disso com Yusuke, o artista ficou a abstrair por horas falando de yin-yang e milhões de contradições, mas estava agora de frente com quem mais queria falar sobre isso, passando o pano suavemente ao redor da ferida, limpando e vendo que o corte apesar de fundo não era tão grande quanto parecia com todo o sangue espalhado. Passando o spray que fez Akechi fechar os olhos um pouco forte e enfim, segurou aquela coxa com mais afinco, levantando um pouco para passar a atadura. Ambos estavam a rir e leve mas assim que passou o curativo e a mão da coxa segurou um pouco mais próximo da virilha, sentiu outro membro do seu corpo que não era a perna mover. Ambos ficaram sem rir e envergonhados com a situação. Aquilo era reação natural né?… esperava que sim. Rolou mais o curativo e finalizou com um durex que tinha. Goro falando seu nome daquela maneira e com aquela voz ainda estava a fazer Akira se sentir nas nuvens, fora a oportunidade de tocar naquela pele tenra.

O detetive estava com seus olhos rubros entreabertos, pensando em tudo que estava a sentir nesse dia, as sensações e lembranças que remetiam a picos emocionais. Aliás, pensava até sobre a forma que estava a permitir ser cuidado e tocado, o que foi uma surpresa até mesmo para si, já que havia sido tocado sexualmente anteriormente, mas não com consentimento e isso o enojava profundamente, o fazendo ter aversão à contato físico. Mas os toques de Akira eram diferentes, eram quentes e macios. Queria que isso fosse recíproco, silenciando sua própria mente que dizia não ser digna de afeto. Logo a mão que usava luvas foi para a coxa de seu rival, segurando exatamente na altura em que a dele estava.
Os cinzentos e avermelhados se encontraram, estava a olhar nos olhos do outro, afundando. Trocando palavras e permissões mudas que foram acolhidas com o aproximar do rosto. Agora a ponta dos narizes se encontravam. Sentindo a respiração cálida ali trocada, sem cortar o olhar que os fazia emergir no outro, tese e antítese estavam a admirar, a beleza daquele olhar, daquela pele, até mesmo daqueles poros que agora enxergavam daquela distância. As testas se encontraram assim como seus corações. As mãos davam carinho na coxa do outro, suavemente. Nenhuma palavra havia de ser dita se a alma estava a gritar por desejo. Depois de tanta dor que passaram, perdas, traições e morte, aproveitavam ali um pouco da adolescência que foi perdida pelas responsabilidades e peso do mundo nas costas, os lábios se encontraram e assim ficaram por alguns segundos, encostados sentindo a maciez, em pequenos selinhos até que Akechi deu mais um passo abrindo um pouco para sua língua passar e contornar o lábio de Akira, abrindo levemente os olhos para ver a reação da lambida, mas tornou a fechar os olhos quando o simples umedecer dos lábios antes secos foi a deixa para seu rival aprofundar o beijo, entrando a língua entre aquelas pétalas e saboreando com gula a boca com que tanto trocava tantas provocações para enfim estarem ali, lembrando como tinha vontade de silenciar o outro daquela forma. As línguas se enlevavam e sentiam a textura da outra, passando até pelo céu da boca e sentindo um leve gosto de sangue pela forma que ambos morderam a boca por dentro no momento tenso que passaram anteriormente, mas aquele sabor até deixava melhor. Akechi levou a mão que não estava na coxa do moreno para o rosto, passando o polegar na bochecha e depois escorrendo a mão para a nuca, empurrando para sentirem ainda mais aquele beijo tão cheio de desejos antes contidos. O som molhado fazia ambos soltarem pequenos gemidos dentro da boca do outro e isso excitava como jamais havia imaginado. Quebrando aquele beijo para respirar melhor, ainda com a boca aberta vendo o fino filete de saliva que ainda os unira.

— Sonhei muito com esse momento. Muito mesmo.
— queria que a gente tivesse se conhecido antes… e feito isso antes também.
— acho que tudo tem seu tempo e agora podemos aproveitar. Roubei o coração do detetive príncipe? O que está na lista de celebridades mais beijávei-
— Cala a boca Kurusu.
— Vem calar.

O olhar provocativo de cílios longos, por trás do vidro do óculos que estavam levemente embaçados, era realmente tudo o que Akechi precisava. O único olhar que precisava estar fixo e o admirando, tendo recusa de pensar nas pessoas que futilmente o admiravam por uma atuação tão idiota e supérflua. Aqueles olhos cinéreos viam e o perfuravam tão fundo quanto o vidro em sua perna, entravam em sua alma e mudavam sua vida, seus conceitos e o divertia com jogos mentais, agora, físicos. Não conseguiam parar de saborear o outro, o leve gosto de café com uma pitada férrea de sangue, mas tinha mais, um sabor específico de uma tensão sexual contida por muito tempo. Akira parecia experiente naquilo e fazia Akechi derreter, chupando o lábio inferior e soltando, mordiscando o lábio do outro como nunca havia sentido antes e tudo isso em respirações soluçadas com murmúrios que eram gemidos. Perdiam a noção de tempo e de lugar, ficando de frente para o outro enquanto inclinavam a cabeça para aprofundar ainda mais, não se incomodando nem mesmo quando a armação do óculos batia em seu rosto ou o momento que os dentes bateram rápido, a única coisa que importava era beijar, queria substituir toda a saliva que estava naquela boca pela sua. Mas sentia uma contração em seu ventre e ficou mais vermelho ainda, abrindo os olhos enquanto tomava ar e olhando para baixo para ver se o moreno estava na mesma situação, como se fosse um desafio que não queria perder, felizmente viu o volume e se sentiu orgulhoso. Sentiu a mão saindo de sua coxa e então enquadrando seu rosto puxando para o olhar, Joker estava sério.

— Eu não quero perder você novamente.
— Eu não pertenço a você, eu estou com você porque eu quero. Se você continuar a me beijar assim… realmente eu vou cogitar ficar por muito tempo.
— Só pelo meu beijo?
— Tsc… para de ser sentimental assim.

Estava envergonhado pelo volume e não queria cruzar as pernas por conta da ferida. Mas levantou a perna e colocou sobre o colchão, indo para frente e quando os braços se levantaram um pouco, Akira entendeu rapidamente e abraçou com tanto afeto que fez o de fios claros sentir o coração apertar tão forte que os olhos pareceram ficar mais molhados. Sentiam a respiração do outro, a fragrância, pensou até em falar sobre as memórias sobre sua mãe que desencadearam antes, mas isso não parecia muito adequado no momento, que apesar de íntimo e emocional, ambos estavam bem estimulados, Kurusu até mesmo sentia a calça incomodar.
Já havia tentado matar o que estava em seus braços, e agora seu alívio era ele estar vivo e ali presente, o mesmo na visão de Akira. Não sabia se um dia iria morrer novamente, se um suposto Deus colocaria mais obstáculos ou pontos finais, mas era um consenso interno de ambos, se permitirem viver aquele amor distorcido e visceral naquele momento.


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__________Cap.2. NSFW._________
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Já havia sonhado algumas vezes com o líder dos phantom thieves o beijando daquela maneira, e a realidade era ainda mais tentadora e prazerosa que os sonhos. Mesmo que não quisesse era natural esse tipo de desejo. Não era uma pessoa que pensava frequentemente em sexo, ainda mais por ter muitas outras coisas para lidar. Fora as vezes que já o tocaram, seja quando era criança enquanto sua mãe tinha clientes ou de superiores da televisão com mãos bobas, isso o deixava enojado e sujo só de lembrar. Notava a atração normalmente ser por homens e ignorava explorar ou entender sua sexualidade. Mas seus únicos sonhos eróticos envolviam o que estava agora a passar a mão por seu pescoço e descer o rosto, ouvindo um estalo molhado da chupada no lábio inferior enquanto enfim ele descia para lamber o pescoço de Goro, que inclinava a cabeça para trás para dar mais espaço.

Já Akira estava muito mais inserido em convivência social, com seus amigos (principalmente Ryuji) a falar de peitos, bundas e coxas. Pensava com frequência no detetive príncipe e agora realizava um sonho que pensava ser inalcançável. Já havia beijado antes, mas nunca daquela forma tão entregue e intensa. Akira se considerava pansexual, mas ultimamente, seus amigos falavam que ele era “perigossexual” por sempre correr atrás do que mais o deixa em risco, e isso envolvia o que finalmente estava ali, entre seus braços.

Sentindo o cálido abraço, até que o de fios claros tomou o primeiro passo novamente para mostrar o consentimento. Levando uma de suas mãos até entre as pernas do moreno, segurando e sentindo o volume por cima da calça, traçando a extensão com sua mão pressionada ali, ajudando abrindo o botão da calça com aquela única mão, aproveitando o susto trêmulo que o moreno teve para enfim o puxar pelos cabelos novamente com a outra mão e avançar no pescoço exposto. Ao contrário de Akira que estava a respirar e lamber o pescoço gentilmente, Akechi foi agressivo assim como esperava, sorvendo fortemente sua pele ali até deixar um pequeno mas bem tingido hematoma e mordiscava tirando leves respiradas e suspiros que pareciam dizer “não”, mas eram contraditórios com o que seu próprio corpo dizia. Akechi queria marcar Akira, deixar evidente que ele era seu, mas a marca avermelhada da corda que antes estava ali ofuscava, o que parecia o deixar ainda mais faminto de alguma forma e aproveitou para a mão subir da virilha para abdômen e assim ir subindo, o moreno ficou a levantar os braços e ajudar o amado a tirar sua blusa e terno. Mas não seria o único sem blusa ali, puxou o detetive pela gravata listrada de uma forma que viu no sorriso provocativo do outro o como havia gostado daquilo, retribuindo o olhar obsceno e tirando a gravata e abrindo os botões da camisa. Pareciam salivar pelo outro como se fossem desnutridos a ver um banquete.

Akira via aquele corpo fino e levemente definido, pálido com o avermelhado mais próximo de um tom alaranjado que parecia algo tão irrealmente pervertido que achava que só era possível ver em pornografia. Mas mal sabia que ele não estava para trás. Akechi sentiu seu pau ficar ainda mais duro vendo como o corpo de Akira por baixo da blusa era definido e fino como o seu próprio, mas principalmente, aqueles braços. Os braços fortes que foram irresistíveis de assim que os viu, passar sua mão por eles sentindo o músculo. Parecia estar a derreter, de desejo, calor e vontade, de uma forma que se sentia tão vulnerável que era um pouco assustadora, mas ao olhar os olhos por trás daqueles longos cílios, voltava a se sentir envolto e seguro naqueles toques. Ao mesmo tempo que era um contato íntimo e tão único, os olhares e gestos pareciam um luta por dominância, como qualquer coisa que envolvia tese e antítese.
Correu para abocanhar o mamilo do que estava de óculos, que abriu a boca para respirar forte, jamais imaginando que ali poderia ser um ponto tão erógeno assim. Já sentindo um pouco o melado do pregozo. Os olhos avermelhados não se desconectavam dos seus, passando a língua rápido pelo mamilo agora mais avermelhado e duro. Akira mordeu seu próprio lábio com força e se afastou um pouco não deixando de achar bonitinha a expressão que Akechi fez, um pouco desnorteada piscando com a ponta da língua para fora de sua boca. Levantando um pouco o corpo, aproveitou para chutar suas calças para baixo, jogadas no chão de madeira e enfim voltar a ficar de frente pra seu maior sonho, colocando ambas as mãos em cada coxa macia

— Goro… eu quero ir realmente a fundo nisso. Sempre sonhei com você principalmente nessa cama.
—Vamos falar menos e fazer mais… ou não. Gosto de ouvir sua voz. Gosto de te ouvir implorar. Então, me conta quais tipos de sonho você teve nessa cama comigo.

A voz era lânguida e parecia mel em seus ouvidos, dando um selinho doce mas depois se levantou um pouco também e ficou de joelhos no chão, não precisando dizer mais nada. Felizmente a sua ferida estava muito bem protegida com a gaze e atadura fora que era um pouco mais para cima do joelho. Aquele ângulo de Akira fez Akechi sentir novamente aquela pressão quente em seu ventre, as pernas o enquadravam enquanto estava sentindo o coração e seu membro pulsar, arranhou as coxas do moreno por dentro e sem cortar o contato visual, passou sua língua sobre o tecido, logo onde era a glande já úmida.

— P-Por favor Goro… me chupa.
— Pensei que eu tivesse pedido para você me contar alguma coisa… seja um bom garoto.
— a-ah… Eu já sonhava a um tempo, com você me chupando no interrogatório embaixo da mesa ou eu te chupando em uma safe room de castelo…
— oh~ Que pervertido. No mesmo interrogatório em que você estava sendo torturado e depois foi morto, você sonhava com um boquete? A puberdade deve ter tomado conta mesmo, parece um cachorro no cio. Hm, e no metaverso você chupava comigo Robinwood ou Loki? Seus amigos não poderiam ver?
— As vezes enquanto eu batia eu imaginava eles nos vendo.
— Exibicionista, até nos seus sonhos você faz showzinho então. Mas eu iria participar. Fodendo você enquanto eles veem o como você é meu.

Era comum trocarem provocações, mas aquelas tão explícitas os faziam ficar ainda mais em um estado lisérgico de prazer. Onde nenhum pensamento lógico passava pela mente de ambos, apenas aquele desejo dionisíaco tomando seus corpos por inteiro. Os polegares passaram pela linha da virilha que formava um V, lambendo logo embaixo do umbigo para então esses mesmos dedos puxarem o cós elástico da cueca para baixo, o que fez o falo de Akira praticamente pular para fora deixando Akechi surpreso com os olhos bem abertos a piscar algumas vezes com a boca levemente entreaberta. Era maior do que esperava. Era pela posição em que estava? Chegou a bater um pouco em sua bochecha que estava rubra e quente, quente como seu hálito, mas não tão ígneo quanto o membro totalmente rijo logo ali. Estava a salivar, se estranhando por estar tão faminto pelo pau do líder dos phantom thieves, não demorando para enfim passar o indicador por baixo da base até a cabeça e dar um pequeno beijo na parte já úmida, segurando a base com sua mão e então abocanhando a glande, o que fez Akira sentir um impulso físico de mover o quadril um pouco para frente já entrando mais na boca que tanto desejava. Passou a língua circulando a parte mais exposta e afastando um pouco. Dando um brilho perolado de saliva na ponta avermelhada e aveludada, já movendo sua mão o masturbando enquanto aproveitava para passar a língua por toda a extensão enquanto se deliciava com as reações. Voltando a por dentro e abrindo bastante o lábios para o dente não bater. Sua boca era pequena daquele jeito? Ou ele que era grande? Foi então que voltou a lamber em círculos, sentindo aquele gosto salino viciante e não imaginava que sentiria aqueles dedos finos passando por seus fios até que sentiu o puxão para frente e o som molhado do pregozo com saliva em um engasgar, agora metade do pau estava em sua boca, revirando os olhos e sentindo lágrimas pelo reflexo de sua garganta, tinha um novo objetivo além de fazer Akira gritar seu nome. Decidido o olhando com os olhos avermelhados com a lágrima à escorrer no canto, notou um ritmo nos movimentos da mão que o moreno o instruía com gemidos sussurrados e pedidos por mais. Acompanhando o ritmo colocava mais e mais dentro de sua boca com afinco e sede, escorrendo a língua no membro e chupando a ponto de fazer o interno da bochecha pressionar e passar pela extensão junto da língua, conquistando alguns centímetros a mais sempre que ia com a cabeça para frente, acelerando a velocidade para então sentir o nariz encostando na virilha e roçando nos poucos fios escuros tinham ali e seu queixo um pouco nos testiculos. Akira estava a ver estrelas, revirando os olhos mas descia o olhar para ver a cena e a guardar em sua mente eternamente. Suas pernas tremiam e dedos dos pés ficavam contraídos, respirava rápido e uma dor muito prazerosa surgiu, iria gozar. Soltando um gemido rouco pronto para avisar

— T-Tão fundo… assi- GORO. Eu não vou aguent… a-ah…

Falou para ele gozar dentro de sua boca, mas não foi nada audível, apenas recuou a cabeça para o masturbar mais rápido, levando uma de suas mãos para colocar sua mecha clara de cabelo que estava em seus olhos para trás de sua orelha. Como era possível um gesto tão simples ter sido tão bonitinho e sexy ao mesmo tempo? fora o tecido de courino da luva o estimulando e a fala inaudível fez uma vibração ali que o fez arquear as para trás e puxar os fios mais compridos do cabelo de Akechi, que manteve a boca bem aberta com a cabeça do pau apoiada em sua língua o olhando com os olhos escarlates e marejados pelo reflexo de ter sentido o membro bater no fundo de sua garganta. Akira então com o peito a subir e descer rapidamente, abriu ainda mais as pernas e soltou seu cândido prazer sobre o língua afiada, nunca havia gozado tanto daquela forma, atingindo um orgasmo único que fazia seu corpo inteiro sentir pulsões como as de um arrepio em choque, o gemido era bem profundo e trêmulo. Enquanto isso o detetive fechava a boca rapidamente para engolir o grosso leite, o que fez o moreno soltar mais um fluxo de sua porra no rosto impecável, perto do olho direito e escorrendo por sua bochecha. Estava sentindo agora realmente que estava nos céus. Isso foi muito melhor do que qualquer coisa que havia imaginado, agora entendia quem era ninfomaniaco. Mesmo depois de tanto que havia escorrido, não havia ficado totalmente baixo, felizmente porque Akechi precisava de mais, chupar Akira e o deixar totalmente a alucinar de prazer iria se tornar um dos seus maiores gostos.
Havia se esquecido de aproveitar a situação e tentar entrar ao menos o indicador naquele músculo apertado e rosado que estava ali a contrair um pouco. Sabia do que precisavam agora, mas será que ele tinha?

— Kechi… Como você é tão bom nisso? Aah…. Desculpa por ter gozado no seu rosto, aliás, não. Não peço desculpa não. Eu realmente tenho a culpa e gosto de ser o responsável por ela. O que achou do gosto?
— hmmm… meio salgado e muito saboroso. Vou querer mais vezes.
—Achei que preferia doces. Será que eu tô em um castelo e você é o Akechi cognitivo e pervertid-H-hm….

Com uma expressão um pouco brava voltou a abocanhar ali e sorveu forte o comprimento soltando o pau de sua boca com um som do estalo de saliva, enfim passando a mão no rosto para limpar assim como um gato faria. Estava já a doer entre suas pernas por ainda estar contido pelo tecido.

— Só admita que sou bom nisso Kurusu. Obrigado… nmh, Ei, Akira… você tem lubrificante?
— Eu…na verdade eu acho que tenho!
— oh~ que preparado. Depois o pervertido sou eu?
— Ei ei, veio junto com uma camisinha que estavam distribuindo na estação. Não sei se vai ser bom para voc
— O que quer dizer com isso se eu que vou foder você?
— O que quer dizer com isso se depois de ser fodido EU vou foder você ?

Ambos trocaram uma pequena risada, Estava a amar Akechi dizer seu nome e se acostumando a ouvir vindo daquela voz soprosa e limpa. Se levantou totalmente pelado ainda sem acreditar no que havia acabado de acontecer, alcançando a bolsa no sofá, abrindo e procurando com a mão a pequena embalagem quadrada. Goro então levantou também, voltando a sentir uma pulsação, mas não ali no volume que estava mantido, e sim em seu corte que ardia. Colocando a mão no curativo com as sobrancelhas tensionadas e apertando um pouco a área ao sentar na cama, parando só quando se distraiu para olhar a bunda levantada do moreno. Foi sua pequena vingança agradável, admirando aquela carne e o contorno do testiculo que dava para ver ali. Não aguentava mais. Sua respiração parecia mais forte que o normal e só pelo ato de abaixar sua cueca cinza enquanto Akira não estava a ver, já o deixou completamente vermelho se sentindo profano. Ouviu o fraco “achei!” E assim ele se virou e viu quem mais amava e desejava ali, nú em sua cama. Sorriu travesso daquela maneira que o detetive amava, praticamente se jogando sobre o corpo do outro com um sorriso de mostrar os dentes, tirando o óculos que nem mesmo grau tinha mas era tão acostumado a usar, colocando ele de baixo cama. Essa era uma sensação completamente nova para ambos. Estarem na cama juntos, deitados, sentindo a derme em um abraço que docilizava até mesmo o black mask. Que era tão assustado em lidar com sentimentos.

Enfim vendo que ele tirou os óculos, se sentiu até sem jeito de ainda estar de luvas e camisa aberta, tirando e colocando junto do óculos no chão. Imediatamente levando as digitais para as clavículas, agora sem couro, sentindo a textura da pele tão lisa e alva, fechando os olhos para sentir ainda mais intensamente e subindo os toques para passar nos fios escuros bagunçados e voltar a o beijar. Roçando o corpo no do outro enquanto as línguas voltaram a se encontrar, começando a relaxar em meio aquele carinho que nunca havia se permitido receber, talvez aquele fosse o dia mais feliz de sua vida. Enquanto parecia ronronar de tanto afeto com os olhos fechados, abriu os olhos e respirou em um gemido ao sentir os dedos finos do moreno passando sobre a glande melada e por fim segurando suavemente e começando a o masturbar, mas estava fraco, precisava de mais. Mordeu o próprio lábio mas foi interrompido por Akira chupando seu inferior e soltando, assim voltou a abraçar Akira enquanto ele continuava a mover sua mão de cima a baixo, mas alcançou o que queria, indo até a orelha e soltando um pequeno gemido quebrado com seu hálito quente, aproveitando para lamber ali. Kurusu nem mesmo sabia que tinha tanta sensibilidade na orelha por sentir um arrepio como se um cubo de gelo descesse suas costas, pelo visto estava a se descobrir mais do que imaginava, mas não deixaria ele tomar as rédeas estando embaixo, agora era a vez do detetive príncipe sentir. Levando os lábios até o mamilo rosa alaranjado e lambendo lentamente enquanto apertava o outro entre os dedos, até parando de masturbar para se focar ali, chupando e mordiscando, deixando duro e fazendo ele soltar um vergonhoso gemido mais fino e alto do que a sua voz normal.

Sentia como seu corpo fosse explodir, subindo e descendo o peito em uma respiração desregulada. Ia pedir para ele parar se não poderia já chegar ao ápice, mas como se Joker já o entendesse, parou esses estímulos para Akechi conseguir respirar melhor. Nunca esteve tão excitado em toda a sua vida, então rasgou a embalagem levando ao nariz para sentir o cheiro, era bem neutro, passou dois dedos ali no líquido incolor e desceu a mão.

— E-Era para ser o contrário não?…isso. Hm…
— Dessa vez é melhor assim, pela sua perna também. Mas essa não vai ser a última vez que faremos algo assim não é? Eu quero você dentro de mim ainda.

Estava excitado demais para lutar contra os dedos que contornavam sua apertada trás e entravam a ponta, já o fazendo apertar o colchão e quando foi abrir mais as pernas, sentiu uma dor, o que o fez deixar a perna ferida na cama. Ainda sim tentando levantar um pouco o quadril para facilitar. Já havia entrado dedos ali, mas era inimaginável o pau que havia chupado ali dentro. Mas realmente o lubrificante ajudou a entrada, já afundando o dedo do meio por completo com a palma a encostar na bunda, mas não demorou para entrar o segundo dedo e abrir um pouco eles para o preparar ali. Estava sendo aberto, soltando gemidos fracos até que sua próstata foi encontrada e empurrada por aqueles dedos esguios. Soltando um gemido alto com um respirar como se estivesse a mergulhar e ido a superfície encher de ar seus pulmões. “A-AKIRA!” Revirando os olhos e soltando seu prazer em seu próprio abdômen, mesmo gozando sentia que tinha mais e fôlego para isso não faltava, levantando a outra perna e puxando sua carne para mostrar ainda mais sua entrada, como se pedisse para ele entrar sem nenhuma palavra. Não resistia mais, precisava se tornar um com Akechi. Despejando o lubrificante sobre o próprio membro e anus que entraria, era um pouco gelado e não demorando para se posicionar e pressionar ali, começando a entrar.

Lidava bem com dor, muitas vezes seu sadismo tinha a compensação do masoquismo, se sentindo digno de sofrer, mas se isso era dor, aceitaria ela por completo. Tentava não demonstrar, apenas apertando o colchão tão forte que sua mão tremia. Agora já havia entrado a glande, o que fazia Akira já sentir a necessidade de entrar mais naquela cavidade tão apertada e ígnea. Quando entrou um pouco mais, Akechi não conseguiu conter um murmúrio de dor com um franzir da sobrancelha e ranger de dentes.

— Isso parece dolorido…quer que eu pare? AKECHI!!

Queria mais, mesmo se doesse sabia que não seria por tanto tempo, assim mesmo que estivesse a sentir a perna doer por levantar e prender no quadril do moreno, puxou fortemente para si, o fazendo entrar até o talo soltando um reclamar de incômodo misto de dor e prazer, continuando a prender as pernas para ele ainda não mover e se acostumar com Akira dentro, estavam a se tornar um só e isso que importava. A sensação de estar dentro de quem mais sonhava era realmente lisérgica, sentindo o apertado pulsante, colocando os cotovelos na cama e então abaixando o corpo para beijar sua antítese. Os sons do beijo e a macio dos lábios juntos o fazia relaxar e se sentir melhor com o membro tão fundo dentro de si a se sentir preenchido, vendo a melhora na expressão do que estava embaixo, levou a mão ao falo e começou a o masturbar novamente. O que fez Akechi revirar os olhos de prazer. Sussurrando dentro da boca que o beijava tão bem. “Pode meter…mas com cuidado.” Bastou esse anúncio para então ir com o quadril para trás levemente e para frente, aumentando o movimento da mão na tentativa de o deixar mais confortável, pelo visto estava melhor pela forma que Crow chupou o lábio inferior e soltou em um suspiro, soltando as pernas e levando as mãos para os ombros que estavam acima enquanto olhava para os olhos cinzentos. Conforme movia languidamente e via as expressões de Akechi como um sinal para ver seu conforto, começou a estocar mais rápido e manter em um ritmo, parecia que aquele estreito músculo o chupava para dentro e isso tirava gemidos profundos, mas não era o único, o impulso do impacto fazia o corpo inteiro de Akechi ressoar com aquele prazer, soltando gemidos dignos de pornografia e cheios de ar. Gradativamente foi aumentando as estocadas e parando de o masturbar, levantou um pouco o corpo e ambas as mãos foram ao quadril do que estava embaixo, o segurando com força e afinco, afundando um pouco os polegares ao lado dos ossos da bacia. Agora sim, estava realmente a foder o detetive príncipe que gemia como nem mesmo em sonhos imaginou ele ser tão vocal, ouvindo também o som das peles quentes a bater na outra como tapas molhados e rápidos. Afundou as unhas nas costas do phantom thief, deixando ali riscos vermelhos e férvios, ambos estavam a chegar em seu ápice novamente, todos aqueles estímulos os faziam se desligar, sentindo um mundo só deles onde nada existia além daquele prazer tão bem recompensado depois de tudo que já viveram. Sempre tiveram uma conexão inevitável, uma atração que oscilava entre amor e ódio, um destino que os unia independente do tanto que tentavam fugir, tão similares e tão divergentes. Sem nem mesmo um aviso antes, Akira apertou suas mãos fortemente e levantou mais Akechi, batendo o membro exatamente em sua próstata o que fez Akechi que não estava a se censurar até agora correr para levar uma mão sobre sua boca, abafando qualquer gemido a prender o ar, mas deixou sua língua para fora, arqueando suas costas e ejaculando enquanto seu membro movia por cada estocada e melava não só seu abdômen mais uma vez como o do moreno também, estava fora de si a sentir o orgasmo revirando os olhos. O orgasmo não só chegou ao que estava embaixo mas ao de cima também, que sem nem mesmo avisar, com seu quadril movendo rapidamente sem nem mesmo ter mais controle, respirava forte e suava, o som das peles, do molhado, dos gemidos, tudo isso em conjunto o fez não aguentar mais, gozando dentro de Akechi, diminuindo as estocadas e tomando ar.

Estavam ambos trêmulos aproveitando a endorfina pós sexo como se estivessem em frenesi. Demorou para tirar o membro de dentro do detetive, era bom sentir ele por dentro mesmo mole, mas assim que tirou ouviu um som melado e viu o leitoso escorrer até pingar em sua cama. Sorrindo cansado e extasiado, desceu um pouco o corpo e não poupou suas vontades, lambendo o gozo de Akechi que estava espalhado pelo abdômen, querendo sentir o gosto e isso fez o de fios castanhos sorrir e arrepiar. Saboreava e limpava um pouco o outro, lembrando que tinha uma toalha ali mesmo que havia usado para limpar a ferida, pegando a mesma garrafa de água de antes que estava no canto jogada e despejando no tecido, usando novamente ele para limpar todo o semen, o mais recente até o seco que estava ali na barriga do que tanto ama. Não conseguindo conter um sorriso dócil e raro de se aparecer naquele rosto, como sempre o líder dos phantom thieves era cuidadoso.

— E você? O que achou do gosto?
— Agridoce. Achei isso bem você na verdade, Ehe. E sua perna?
— Eu não sei, não estou sentindo ela. Digo, não estou sentindo doer. Acho que é mais forte…a sensação quente de você ainda estar dentro… ah sim. Eu não achei que você fosse gozar dentro. É uma sensação estranha. Eu ia xingar você por fazer isso, mas engolirei as ofensas porque isso me dá direito de fazer o mesmo com você.
— Vai me engravidar Goro senpai?
— Vai se foder Akira.
— Desde que seja com você, eu imploro que sim.

Ambos soltaram uma risada leve com a situação, trocando sorrisos até Akira passar a mão nos fios claros afastando um pouco a franja e dar um beijo na testa úmida de suor. Se isso era um sonho não queria mais despertar. Sentia como se tivesse feito algo extremamente errado, mas de maneira extremamente certa. Talvez por ter tentado cortar essa afeição e até ousava dizer, amor, que tinha por Kurusu pela necessidade de o matar. Sentia ali um renascer. Algo bom em sua vida que parecia até mesmo quimérico. Sua garganta ficava seca, coração apertava forte a ponto de doer no peito ainda mais depois de ter palpitado tão rápido e os olhos quentes. Não. Não mesmo, não iria se permitir chorar depois da sua considerada primeira vez, descartando alguns abusos sofridos que nunca houveram chegado nesse nível, era algo totalmente diferente. Engoliu seco e finalmente gostou de ter ouvido aqueles típicos comentários idiotas, conseguindo se distrair e não chorar. Aquele era o momento mais feliz de sua vida.

— Ainda bem que ao redor daqui é um lugar menos residencial, Sojiro mora perto! Mas não deve ter ouvido você gemendo… mas que foi alto foi.
— Você amou me ouvir gemer, agradeça por eu ter feito isso por você. Agora me passa a água hm.

O que mal sabiam os dois, era que a hacker que estava a platinar um jogo que gostava enquanto comia um monte de sushi junto com Morgana que agora estava uma bolinha a dormir no cobertor, havia tentado ligar para chamar Akira para a casa principalmente por uma skin de personagem especial de featherman, estranhando a falta de resposta mesmo que fosse tarde, confirmou a ligação a distância com apenas uma pequena programação bem invasiva. Ouvindo o ambiente. Uma vez apenas ouviu um pequeno ronco, dessa vez, ouviu algo que parecia um bater de palmas, mas depois que ouviu um gemido, a ruiva entendeu rapidamente e soltou um curto gritinho de susto e desligou a ligação.













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Essa é minha primeira fanfic longa e que fico com um orgulho no meu peito por ter escrito, ela foi feita para a akeshuake hurt/confort week/2023. Minha atual hiperfixação em P5R é algo que tem me feito muito bem e cá está! Essa fanfic será postada no AO3 assim que for traduzida para o ingles com a ajuda do maravilhoso ghostie nyanyaco, ao qual devo minha alma pós vida e alguns desenhos em vida. A arte da capa foi feita por mim e é a primeira vez que ilustro um headcanon/historia dessa forma, entao é... vemos muitas primeiras vezes aqui! Obrigado por ter lido