Apoiava a cerâmica sobre o lábio inferior e saboreava o melhor café, preparado com esmero pela figura paterna que era Sojiro, enquanto ouvia a música dócil e suave que preenchia o Leblanc. Seus pensamentos exagerados preenchiam sua cabeça, como tinha momentos extremamente introspectivos e grandes responsabilidades em suas costas, isso não era incomum e aprendia a evitar tais momentos com distrações sensoriais, seja passando a mão sobre o pelo macio de Morgana, lendo um livro ou até mesmo fazendo exercício. Mas depois daquele dia, era inevitável.
Havia se passado apenas uma semana e alguns dias desde que havia vivido aquele momento de ápice emocional, o dia em que perdeu sua virgindade e realizou um sonho que nunca imaginou se concretizar, algo tão certo e tão errado, tanto quanto a dualidade de sua existência. Seu coração apertava em uma pulsão diferente e sentia uma estática a correr pelo seu corpo só de lembrar daqueles olhos rubros de pupilas dilatadas, do vermelho visceral, o cheiro etílico, os fios cor de mel espalhados por seu travesseiro e os gemidos altos.
Depois daquele fatídico dia, saíram apenas duas vezes, uma das vezes foi junto com Sae a discutir sobre interferências de Shido e a dimensão que poderiam tomar, onde só trocaram carinhos por debaixo da mesa, passando a mão sobre a do outro. A segunda vez, um pouco mais intimista, foram ao Jazz Jin e ao final da noite indo para o metrô, fazendo como sua especialidade em palácios, estava escondido em meio a penumbra a beijar Akechi enquanto ouviam as ondas sonoras que eram os carro a noite e leves respirações.
Mesmo com esses momentos e com a falsa compreensão daquele sentimento que era maior até que si, não haviam conversado sobre o que era aquela relação. Eram duas vítimas da sociedade opressiva, usando máscaras e mentiras. Queria mentir mais para si mesmo, pensar que havia amor, carinho e conforto nas mãos do detetive príncipe, nas mesmas mãos que empunhavam o revólver e puxavam o gatilho.
Tentava engolir seus sentimentos assim como engolia o deliciosamente amargo e quente café. Sempre engoliu sentimentos, sendo muito mais ouvinte dos outros e ainda sim precisando transparecer a segurança de um líder. Suspirou com o hálito quente sentindo o leve gosto que parecia de avelã no fundo.
Era final da tarde e os Phantom Thieves haviam combinado de ir ao Penguin Sniper, ainda mais depois da proposta do dono de dar desconto para eles, era isso que precisava, ver o sorriso de seus amigos para distrair um pouco aqueles pensamentos exaustivos. As notificações do celular subiam constantemente e era cada um avisando que estava a sair, mandando fotos e conversas sobre tudo que era possível para tirar o tédio do caminho até Kichijojj.
“Você tá com uma cara meio estranha Akira… uuuh… depois do que a Futaba me disse eu não consigo não pensar nisso! Você não tá pensando em …né? Né?!”
Era tão óbvio assim? Talvez fosse óbvio levando em conta o nível de convivência que tinha com Morgana, assim saindo da cadeira e dando duas batidinhas na mochila o chamando para entrar ali, com um sorriso no rosto e um leve avermelhado nas maçãs do rosto que já confirmavam o que o gato assumiu, o fazendo fechar um pouco os olhos com desdém.
“Não sei porque ainda pergunto. Eu não confio nele e tenho garras muito afiadas, fica esse recado. Vamos lá! Como será que a lady Ann está vestida hoje né? Eheheh!”
Assim que o gato pulou para dentro, andou para a porta girando a placa e a chave na fechadura, não deixando de ver a nova janela da entrada intacta. Não iria demorar tanto assim para chegar na estação, mas logo que entrou no vagão do metrô mesmo com um sinal bem ruim foi vendo as conversas ali trocadas. Aparentemente metade das fotos eram das meninas animadas porque depois de muitos dardos e sinuca, iriam todas dormir na casa de Haru para uma noite especial com filmes de terror. Fora isso memes enviados por Ryuji e Futaba e uma única mensagem de escrita impecável vinda de Goro.
< Para a infelicidade de vocês, eu já estou aqui. Mas tive que entrar porque está começando a chover. Então a reserva está no meu nome. >
Parecendo uma ironia, chegou na estação no momento que recebeu uma mensagem vinda diretamente dele, sabia como Akechi internamente não gostava de lidar com pessoas, mesmo sendo extremamente bom nisso, o que fez o emblemático sorriso presunçoso surgir no rosto do moreno. Pensar que seu rival precisava dele era extremamente satisfatório.
< Akira, você está chegando? Estou sozinho com a pessoa mais apropriada para estar ao meu lado. Coincidentemente eu matei o pai dela :) >
Pelo visto apesar dele não usar emotes para se expressar, ele sabia o enorme poder de ameaça que tinha aquele maldito smile. Passando pela catraca e se apoiando em uma pilastra só para o responder
< Já está com tanta saudade assim de mim que está me apressando? O3O Não se preocupe tanto assim, Haru sabe que foi tudo uma manipulação e viu com os próprios olhos. Realmente ela não confia muito em você, mas deve estar te tratando normalmente. Acabei de chegar na estação e >
Enviou a mensagem assim que sentiu um toque no seu ombro e uma exclamação feliz de Morgana pela chegada de Sumi e Futaba, já então estava o trio andando juntos para o destino, mas não antes da pequena Futaba tirar um guarda-chuva da mochila como tiraria um sabre de luz e abriu entregando para o mais alto, que ficou no meio segurando a haste e as duas segurando cada um de seus braços espremidas para não se molharem demais.
“Senpai! A Futaba me contou toda a lore de featherman no caminho para cá! Não fazia ideia que um desenho meio infantil tinha tanta profundidade, você gosta também né? Eu quero assistir!”
Tão delicada e radiante era difícil não se divertir com aquelas reações e pelo visto a ruiva de óculos sentia o mesmo pela troca de risadas que deram olhando o outro por trás das lentes.
“Sim! Eu assisto as vezes e gosto bastante, não tão a fundo quanto ela. Você gostando de featherman como ginasta quero ver uma apresentação temática.”
“QUE IDEIA BOA! Eu vou influenciar ela a gostar mais e aí animar para isso acontecer, a fandom inteira iria surtar!”
Havia falado de brincadeira mas isso foi uma semente para a imaginação de Futaba ficar animada, o que fez Yoshizawa dar uma risada constrangida por se sentir perdida no meio disso e Akira uma leve risada da situação, mas que logo cessou ficando só um sorriso no rosto ao ver o olhar docemente ameaçador do detetive os vendo ali na entrada, daquele ângulo no topo da escada os fazendo parecer tão pequenos. Será que era ciúme por estar com as duas em cada braço? Será que era por Haru estar do lado dele? Mas conforme foram subindo as escadas ouviu o como a conversa entre os dois fluía, porém obviamente com aquela máscara trincada de príncipe, educado e polido respondendo atencioso as perguntas da de fios rosados sobre como era a televisão por trás das câmeras. Um tópico que até si mesmo tinha curiosidade. As meninas foram se abraçar e a hacker cumprimentou Akechi normalmente dando um soquinho amigável no ombro dele, ela sabia daquela relação complicada e cheia de tensão sexual entre os dois pelo que Morgana havia falado. Tinha curiosidade de conversar para saber a opinião dela sobre o caso. Não demorou para Ryuji Ann e Yusuke chegarem juntos e Makoto voltar da ida ao banheiro ainda tentando se secar da chuva que pegou.
Phantom Thieves reunidos, até Morgana colocando a cabeça para fora daquele zíper. Era uma sensação extremamente confortável estar todos reunidos mesmo sendo algo usual, já indo até o loiro e conversando com Ryuuji sobre aleatoriedades e mensagens estranhas do Mishima, que eram respondidas de maneira tão vibrante, mas quando os cinzentos foram olhar o ambiente, notou Akechi sentado cheio de aprumo analisando o peso do dardo que estava em sua mão, não deixando de apreciar aqueles dedos esguios escondidos por couro e a forma com que ele tinha costume de se espreguiçar com os braços parecendo um felino. Queria sentir aquela mão em seu corpo, em meio aos desejos foi aos poucos andando até ele como se houvesse um imã, mal tendo consciência de que agora estava ao seu lado. Antes de abrir a boca levando a mão para a nuca, Goro levantou o olhar e simplesmente suspirou
“e, o que? O que iria me dizer hm?” Piscou algumas vezes os olhos cinéreos até conseguir entender o que ele queria dizer, não havia finalizado a mensagem no celular. Estreitou o olhar e novamente sorriu se apoiando no balcão, sentindo o como era tão única a sensação de que existia um mundo apenas dos dois quando conversavam.
“e, o que? O que iria me dizer hm?” Piscou algumas vezes os olhos cinéreos até conseguir entender o que ele queria dizer, não havia finalizado a mensagem no celular. Estreitou o olhar e novamente sorriu se apoiando no balcão, sentindo o como era tão única a sensação de que existia um mundo apenas dos dois quando conversavam.
“ e logo estou chegando. Eu colocaria um sticker ou um kaomoji e perguntar também o que você faria depois daqui.”
“ Eu responderia para você ser mais direto caso esteja querendo algo.”
“ Então eu iria esperar alguns minutos, chegar aqui onde estou e perguntar para você diretamente. Agora. Quer tomar um café depois? Porque eu melhorei minhas habilidades e comprei chantilly porquê eu sei que como você gosta de coisas doces apesar de não admitir.”
“ Vou pensar no seu caso. Já sei, que tal… eu vou para o LeBlanc com você depois se você ganhar de mim em uma partida.”
“ Não vai jogar uma das suas luvas em mim agora Goro? Hm hm, desafio aceito”
Ambos ficaram um pouco mais avermelhados no rosto, com olhares que mergulhavam no outro a ponto de inconscientemente se aproximarem mais enquanto tentavam alcançar a alma por aquelas pupilas. Ele não pareceu bravo como antes ficaria ao o chamar pelo seu nome, algo tão íntimo que ninguém do grupo fazia. Aquilo era uma permissão? Ou apenas um acaso ? Não demorou para Ann, que estava perto, apoiar o pé na parte metálica da cadeira olhando aquele tão peculiar e talvez casal “ Tão típico de vocês. Zero surpresas. Mas faço questão de ser quem conta os pontos! Ao invés do objetivo ser alcançar o zero juntos, vai ser quem alcança mais pontos então para ser um contra o outro”
Assim indo em direção ao desafio, levantou um pouco o rosto rapidamente como se o chamasse com a cabeça e estralou um pouco seus dedos, já pegando os outros dardos. Felizmente só tinha um outro grupo de pessoas ali no ambiente e usando o alvo do lado oposto. Assim respirou fundo sabendo o que estava em jogo e como o orgulhoso rival iria realmente levar esse desafio a sério, elevando os ombros em um pequeno estalo para se preparar, toda a tal preparação e forma com que o moreno estava a encarar aquele jogo fez um sorriso de canto de lábio aparecer no de fios claros, pelo visto estava já sendo um grande entretenimento.
Kasumi pareceu admirada com aquele sorriso desafiador e natural, sabendo como naquele rosto bonito e que sabia falsear a curva feliz nos lábios, poderia surgir sorrisos perturbadores.
“Wooo! É tão bom ver os dois competindo né? Parece que o prêmio vai ser milhões de dólares só pela aura competitiva”
Makoto que estava ao lado só gesticulou negativamente “Sim. Por isso mesmo que tenho até medo de ver essas competições escalarem para coisas mais sérias. Eu consigo ver perfeitamente os dois se desafiando em coisas perigosas.”
E na sequência a herdeira de fios róseos apoiou a bochecha no ombro da voz da razão. “Eu me divirto vendo eles competirem super a serio! Mas me sinto segura que nada de ruim vai acontecer ainda mais com uma futura policial aqui~” isso quebrou a casca dura de Makoto em segundos, a fazendo ficar sem jeito e feliz de ser útil.
Pelo visto a primeira rodada seria de Akira, que colocou um pé a frente e ficava focado no ponto vermelho. Se fosse com força acertaria o Bulleye, mas poderia não ir com tanta força e acertar o pequeno espaço entre as linhas. Sabia da mira impecável de Akechi, então contaria mais com a capacidade de ter controle sobre a força usada. Ainda mais tendo ótimos músculos no braço, talvez por exercícios no teto do quarto ou por ter aguentado fortes recuos de tiro em palácios. O foco dos olhos cinzas se tornavam metálicos de tão rígidos no objetivo, enfim atirando um e acertando em cheio o vermelho, o que fez todos ali ficarem animados mas sem gritar para não atrapalhar a jogada logo em seguida, que atingiu a área da auréola ao redor do ponto. Ryuji não aguentou e exclamou “VAI VAI VAI ACERTA MAAAIS, CHUP” O artista rapidamente tampou a boca do loiro, enquanto Akechi apenas olhou Sakamoto com superioridade, de alguma forma gostando de não o agradar.
No último tiro de Joker, arrumou o óculos e novamente ficou concentrado, demorando alguns segundos para atingir novamente o centro. Agora sim todos os phantom thieves falaram e animaram o moreno sobre como ele foi bem, nem mesmo Morgana que não poderia mostrar que estava no ambiente deu um grande miado. Todo aquele carinho dos amigos era algo que preenchia sua alma. Não lidava mais com o medo de rejeição como antes de toda sua revolta e como dito por Igor, reabilitação.
Como de costume, era agora a vez de Akechi, foram então levantar as mãos em um highfive sonoro e não deixava de olhar a postura e foco, avançando e recuando a mão como se medisse a distância e não demorou para recuar e soltar o dardo, acertando como previa, o ponto vermelho. Todos estavam a assistir aquela disputa. Akira ama estar sendo os centro das atenções, mas o detetive príncipe já era acostumado com aquela posição. Ele jogou novamente e mais uma vez, bulleye. “Futaba, ele tá hackeando?” Alguém falou baixinho e obviamente era Ryuji que não se continha, a ruiva dando uma leve risada e então o terceiro tiro. Indo para o auréola assim como Akira, o que o fez estalar a língua em um reclamar. A loira então fez um som limpando a garganta e colocou os punhos na cintura
“EMPATE! Mas não vamos ficar nessa. Seria legal vocês jogarem dardos ao mesmo tempo e ver onde vai, mas vamos algo mais dentro das regras. Uma jogada cada. Rápido e já vemos o vencedor?”
O líder então sorriu olhando para trás, dando uma rápida piscada com aqueles longos cílios que tornavam o olhar ainda mais desejável, fazendo Akechi sentir um eriçar nas nuca que nunca admitiria “Uma boa batalha tem que ter o clímax não é? Parece que esse empate foi para acontecer. E obrigado por estar contando Ann” Mal havia terminado a frase e lançou. Área vermelha, 18. Todos estavam já com suas mandíbulas soltas esperando o resultado. Vez de seu amado corvo, dessa vez, torcendo para ele errar. Área azul, 19.
O acerto fez todos festejarem para a surpresa do que já havia traído a confiança de todos ali presentes, isso era algo diferente, até mesmo Ryuji que obviamente estava a torcer contra comentou sobre quão bem ele foi. Era difícil reagir a tais momentos, apenas sorrindo orgulhoso quando Sumi abraçou seu braço direito em comemoração. Joker se derretia de ver Akechi naquele estado orgulhoso e bonitinho mesmo que não fosse evidente para todos que ele estava assim. Eram um livro para o outro, como se soubessem cada uma das micro reações em um dicionário. A derrota não o deixou triste, mas sim pensar que não dormiria com Akechi ao seu lado hoje. Outras duplas jogaram mais e até para sua surpresa, notou algo diferente entre Yusuke e Ryuji. Sabia que o excêntrico artista falava propostas bem ousadas sem pudores, mas não era de toques, o que agora parecia diferente com Skull, segurando o quadril do outro quando ele atirou. Isso era bem único de se ver, mas provavelmente era o que os outros pensavam ao ver ele com seu rival, que chegou novamente perto mas dessa vez com um copo de chá gelado e um canudo o oferecendo. Não deixando de aproveitar a oportunidade pegando o plástico com os lábios e não deixando de notar a forma com que Akechi olhava. Aproveitando para provocar passando a língua para não escapar a gota do chá que quase escorreu. Pêssego, doce demais para o seu gosto mas inegavelmente refrescante. Será que deveria aprender a fazer chá também?
“Esse é o prêmio de consolação? Um gole de chá? Eu só sei fazer café para o vencedor, ou se contente com chá de saquinho. Huh, e o corte melhorou ou você continua não se ajudando?”
“Admitindo a derrota desse jeito quase me dá raiva. Prefiro quando você fica frustrado e puto, assim me dá quase a impressão que você perdeu de propósito, mas eu sei que você não faria isso por conta da recompensa. Sobre a perna, você ainda não superou? Já está bem, não foi algo tão profundo assim, eu já disse. Vai ficar uma cicatriz provavelmente mas nada grande e notável. Enfim. Vou pegar o refil”
Quando ia seguir os passos de Goro, foi puxado por uma mão, rapidamente virando o rosto para a menor. Se estava com vontade de falar com ela sobre o que estava acontecendo, aquele era o momento ideal já que todos estavam entretidos com algo. Se havia algo que sabia, era lidar com seus amigos, e só pelo olhar castanho já havia entendido. Estavam de canto então logo limpou a garganta com coragem, Futaba sempre foi protegida por Akira de uma forma que sabia que era difícil ajudar ele se não fosse necronomicon, mas suspirou e respirou fundo, decidindo falar tudo de uma vez e rápido.
“Eu sei. Eu sei que a relação com o Akechi tomou outro nível. Mas acho que já é perigo demais para você. Você já ficou com a Ann então sabe o que é segurança né? Tenta comparar a sensação! Eu sei que ele é bishounen bonitão e provoca você, mas acha mesmo que ele não te trairia novamente ? Se ele magoar você eu vou ferrar a vida dele. Você sabe que eu consigo fazer isso. Ele parece um bom rival ou amigo de conversa, tanto que eu falo com ele as vezes e você sabe como sou! Mas ... eu e o Morgana ouvimos algumas coisas. Eu tô com vergonha! Você entendeu!"
"Oh? O quanto você ouviu? Achei que você tinha tirado as escutas do meu quarto...pera. oh. Bem, ele gemeu tão alto. Não que tenha me incomodado ma-"
"NNNNNA. Eu entendi. Parabéns, não é mais virgem, wooow. Mas você não acha que está se metendo em algo que não vai conseguir sair?"
" Espero não conseguir sair. Se eu sair sei que eu que vou ferrar ele emocionalmente. Sei que não parece sob controle, mas como você disse, você me conhece. Não sei se ele me ama do jeito que amo ele. Mas quero viver isso."
"Wow. Palavras fortes sendo ditas. Okay, não me diz que não avisei. E não hackeio mais chamada de áudio se você não atender. Uuuh…. “
“ Depois podemos nós três passar uma noite jogando que tal? “
Era tão doce a preocupação e não tirava nem um pouco a razão do medo. Sabia a importância que tinha como elo de todos que estavam ali, dando um carinho sobre os fios alaranjados como se fosse um gesto para ela confiar. Sendo um passo enorme visto que ela tratava o suposto assassino com gentileza.
“Eu não sou uma criança Akira… mas quero jogar sim.”
Ela parou de falar abruptamente e a mão na cabeça dela apenas escorreu para o lado do corpo, quando virou o rosto lá estava o assunto da conversa, com um sorriso malicioso de canto do lábio e sem nenhum copo em mãos, cruzando os braços
“Eu ouvi muitas coisas agora. Uma delas foi sobre chamadas hackeadas, resultado óbvio mas não me surpreendo. Sobre jogarmos, eu amaria destruir vocês dois em qualquer jogo e por último, eu diria para você Kurusu, dar uma passada no banheiro.”
Aquilo pareceu extremamente sugestivo, o que fez o óculos de Akira até descer um pouco no nariz e ser arrumado, falar aquilo na frente da Futaba? Imaginou os dedos de Akechi dentro de sua boca o silenciando enquanto sua bochecha ficava pressionada conta a porta do banheiro sentindo o impulso a cada estocada, engoliu seco só de imaginar e situação quando então deu alguns passos em direção ao banheiro. Crow apenas ficou parado ao lado da ruiva, levantando as sobrancelhas com desdém.
“Não é pelo que você imaginou. Você realmente só está pensando com a cabeça de baixo não é?”
Os três ali estavam com o rosto tingido, como sempre não era atoa que ele tinha o título de detetive príncipe, já tenho subentendido que a hacker sabia sobre o que havia acontecido entre eles e até sobre mais coisas. Inconsequentemente e sempre sendo uma surpresa imprevisível, o de fios escuros e bagunçados apenas estreitou os olhos tão tentadores, indo para o banheiro e virando um pouco o rosto e parando no caminho, esperando apenas Akechi ouvir.
“ é difícil não pensar com a cabeça de baixo depois de você ter engolido ela”
Então soltou uma pequena risada e foi andando para descobrir o que ele queria dizer com banheiro. Estava na frente da porta. Mesmo com o som externo conseguia ouvir ali dentro, e eram vozes extremamente familiares. “Meu konkon inari” foi dito em uma voz tão manhosa que nem parecia ter vindo do tão vívido e agitado Ryuji. “Você realmente é uma obra de arte que quero sempre admirar. Me sinto Pigmalião vendo Galateia.” “ eu não entendi, zero fodas, me beija mais.”
Isso sim era uma boa fofoca, ao mesmo tempo que não parecia ser algo que eles escondiam dos outros, apenas omitiam. Pelo visto isso já havia acontecido entre eles e o contraste do estudante de arte com o arruaceiro era digno de livro. Todos ali estavam a se entregar. Makoto e Haru viviam aquela linha tênue de romance, Ann finalmente namorando Shiho, restando só Futaba e Sumi. Será que futuramente elas teriam alguma coisa? Todos ali não eram héteros, Futaba já havia comentado ser assexual, porém romântica. Joker viveu um relacionamento hétero por um mês com a loira mas que depois foi decidido que era melhor serem amigos e incrivelmente nunca ficou um clima estranho entre eles, pelo contrário, Akira motivou Ann a se confessar para sua amiga. Mas no fim veio um pensamento que parecia uma pedra em seu sapato. E se Goro não amava ele? Foi apenas algo casual ou solto que nunca se tornaria um compromisso? já tinham um compromisso jurado, de sempre serem rivais. Queria mais de Goro, queria roubar aquele coração tão trancado a sete chaves e traumas. “É melhor a gente sair do banheiro Ryu, talvez alguém queira entrar.” Bastou ouvir isso da voz profunda do artista que deu dois longos passos e foi ao balcão perguntar quais chás eles tinham ali.
Quando notou que os dois saíram de lá, Haru gesticulou e chamou todos ali para uma despedida e alguns abraços, estava na hora dela ir, mas não só ela como todas as meninas em um carro grande e milionário que provavelmente já as esperava do lado de fora, todas pareciam muito empolgadas pela longa girly night que teriam. Com certeza marcariam mais encontros daqueles. “Se cuidem vocês quatro!” Exclamou Morgana que estava sendo carregado por Ann enquanto amolecia ali.
Os quatro acenaram do topo da escadaria depois de pagarem suas contas ali, mas mal viram porque realmente correram para dentro do carro. Não estava chovendo, estava tendo uma tempestade em que o vento levava gotas de chuva para metade da longa escada.
Sentia alguns respingos na barra da calça e o ar frio, quando Ryuji foi o primeiro a tomar iniciativa de falar ali, “Pera ae. É o rolê das meninas mas o Morgana foi! Ele vai ser nosso espião para o que vão falar lá. Eu tô curioso!”
Akechi pegou o guarda-chuva que deixou ali em uma longa caixa do estabelecimento e suspirou olhando para a rua a escorrer como um lago bem raso. Ao menos kishijoji tinha uma grande área coberta.
“Eu já paguei e acho que vou encarar a chuva. Obrigado pelo dia sakamoto, kitagawa...Kurusu. E vocês? O que farão?“
os dois se entreolharam “Acho que vamos esperar a chuva passar um pouco aí comemos algo aqui e jogamos, e você Akira?”
“Vou invadir o guarda-chuva do Akechi para pegar carona”
Acenaram para skull e fox, descendo as escadas em passos decididos e fortes que precisavam ser assim para não escorregarem. Akechi inclinava o guarda-chuva para frente tentando evitar a borrasca, assim que chegaram no chão, Goro acelerou o passo mas ainda sim se preocupou com o acompanhar para não deixar o phantom thief molhado demais, qualquer migalha de cuidado singelo e verdadeiro o deixava extremamente feliz, sabendo que ele estava fazendo isso realmente com a intenção, sabendo que quando se conheceram toda a educação e atenção era uma enorme atuação, mas agora notava a diferença da gentileza verdadeira e sem aquele sorriso perfeito no rosto, resolveu tirar os óculos que estavam turvos e guardar no bolso, seu rival foi virando a rua do Jazz Jin.
Era lá que iriam? Finalmente ficariam a dois, mas os passos de Akechi continuaram em frente e quando cogitou perguntar onde iriam, simplesmente fechou a boca dando um sorriso já que preferia ser surpreendido, fora que o barulho da chuva seria mais alto que sua voz. Nunca tinha andado por aquela direção, passando por um grande teatro, alguns bares, tudo tinha um ar mais maduro, sem nem mesmo notar pararam na frente de um lugar agora coberto por sua grande fachada de entrada, o fazendo fechar o guarda-chuva e entrar no prédio desconhecido, abafando o som forte quando as portas automáticas fecharam atrás deles, andando pelo corredor iluminado e extravagante, com luzes quentes alaranjadas e um led vermelho nas laterais do chão que parecia estarem entrando em um palácio. Logo adiante viraram a direita e tinha uma portaria onde não dava para ver o rosto do atendente por trás de um vidro opaco, uma grande televisão com números e quartos, uma mesa onde poderiam pegar água, café de máquina, camisinhas e pequenos lubrificantes diversos, pelo visto era cortesia.
Naquela entrada ainda extasiado com o tanto de estímulos visuais que tinha aquele ambiente, só realmente compreendeu agora onde estavam. Era um motel. Não um hotel, sim. Motel. A primeira vez que estava em um. Isso sim era uma surpresa, bem agradável por sinal. Poderiam estar ali? Via aquele carpete e veludo espalhado pelo ambiente, alguns quadros com pessoas usando roupas de látex que inegavelmente lembrando a roupa de panther. Estava se sentindo quente pela vergonha e desejo apesar de que estar em um lugar daqueles fazia seu joker interior despertar.
Com um cartão em mãos e com a casualidade como se estivessem em um hotel absolutamente normal, Akechi apertou o botão e não demorou para o elevador abrir. Ambos estavam a olhar o outro naquele elevador cheio de espelhos dando para ver ângulos que nunca antes foram imaginados, até mesmo o chão. Como sempre vivências com o detetive príncipe eram como sempre desafios pessoais com um toque de jogos competitivos e isso era algo que sempre o deixava ansioso e sedento por mais. Estava constrangido apesar de querer passar a naturalidade que o orgulhoso rival passava, notou até que a própria voz estava um pouco mais rouca e baixa, para a alegria de Akechi que pareceu até abrir mais os olhos rubros ao notar o timbre que normalmente joker usava dando ordens no universo cognitivo.
“ Pensar que eu estava frustrado de perder, triste que eu não teria você a noite, mas tenho que levar em conta que é o contrário também, você me quer tanto quanto. Eu ia dizer que me puxou para um motel sem nem mesmo me pagar um drink, mas tecnicamente você me deu um gole de chá e ganhou de mim nos dardos”
“ Acha mesmo que não foi essa minha intenção? Aliás, a chuva também foi bem conveniente para seu lado. Só estamos aqui por conta dela não é mesmo? Olha como me preocupo com você, não estamos aqui com intenção pervertida nenhuma, só para ter um lugar para dormir essa noite e tirar as roupas encharcadas não?”
Engoliu seco como aquela voz suspirada e cheia de ar de Akechi fluía por todo seu corpo, as provocações faziam seus poros reagirem em um arrepiar, olhavam o corpo do outro e até o próprio por aqueles ângulos diferentes que o espelho proporcionava, principalmente o do chão por ver bem de baixo a bunda impecável e perfeita de Goro, como ele por inteiro, mas em específico o como ela era arrebitada, o tamanho, o formato perfeito e cheio, lembrando que quando entrou ali da última vez infelizmente não poderia por ele de quatro para admirar ainda mais o volume de lá.
Esse olhar não era só por parte de Akira, Akechi investigava o corpo do Phantom thief mais do que qualquer caso policial que já havia visto. Investigava agora com os olhos ansiando para investigar com suas mãos, desde o olhar que o derretia, os lábios tão desejados por todos e nos quais saia palavras que só o instigavam cada vez mais, até ir para a bunda do mesmo e para o volume que notou aumentar um pouco. Isso fez Akechi sorrir maliciosamente daquela forma que lembrava até mesmo blackmask.
Quando chegaram no andar, saíram por outro corredor dessa vez passando por portas e símbolos vermelhos sobre indicando que estava ocupados até enfim chegarem ao 28. Quando entrou passando o cartão ali, era maior do que imaginava. Grande demais para duas pessoas, luxuoso demais para seu bolso e realmente parecia um palácio, um misto de Kamoshida com elegância e de cores escuras, couro e fetichismo. Principalmente depois de ver algemas de couro por toda cama e em uma das paredes que parecia macia. Estava nervoso, mas como maneira de não demonstrar isso, e claro, pela vontade acumulada, antes de deixar Akechi falar qualquer coisa puxou ele com força pela gola da camisa, colidindo os dentes mesmo com os lábios os cobrindo, envolveu o corpo do detetive príncipe com seu braço e foi muito bem recebido com o abrir da boca convidativo, as línguas se encontraram novamente e enlevavam na outra com sede, pequenos murmúrios de gemidos e respirações fortes eram ouvidos em meio ao som molhado da saliva, deixando a mente de tese e antítese inebriada de prazer. Óbvio que o de fios claros não deixaria ser comandado, ainda mais agora que não tinha empecilho emocional ou físico para o deixar dócil. Akira sentiu uma rápida dor em seu couro cabeludo pelo forte puxão que as mãos com luva deram por seus bagunçados fios, chupando seu lábio inferior e puxando suavemente mas terminando com um morder, os olhos rubros sorriam sádicos como se injetasse ainda mais adrenalina por seu corpo. A boca de Akechi degustava a tenra pele do pescoço de Akira, lambendo tão forte que além de o passar uma sensação fria e mentolada, o fez sentir um contrair em meio as pernas, talvez seu coração a bater forte fosse notável pelo lamber em sua jugular. Foi empurrado para a parede daquele pequeno corredor da entrada, soltando um ar sem saber se foi pelo baque das costas na parede ou pelo joelho que estava sendo pressionado contra o volume. As mãos que antes estavam nos fios escuros, trilharam seu caminho para enquadrar o rosto tão bonito de Kurusu, passando os polegares pela bochecha enquanto olhavam para o fundo da alma do outro. O cinéreo e o escarlate tão profundos, se isso fosse um jogo já tinha ali um vencedor. Depois de um carinho no rosto com as testas quase encostadas, o indicador foi para cima dos lábios, entrando levemente a ponta. Sem cortar a troca de olhares ávidos pelo outro, desceu a língua pelo dedo chegando a palma, fechando os lábios e subindo languidamente e antes de tirar a boca, mordeu a ponta e puxou, tirando uma das luvas, Akechi levou a outra para ser tirada e o moreno só virou o rosto, dando uma leve risada e avançando para a orelha de crow, lambendo, suspirando e assoprando, amando ver as reações mudas e ainda sim tão claras pelos fios arrepiados da nuca, mas se afastando e dando um rápido beijo curto, um selinho, seguido de uma lambida também rápida por cima dos lábios que pareciam pétalas de tão macio e textura lisa.
“Gosto quando você usa luva, deixa em uma mão só”
“Pfff isso é algum tipo de fetiche?”
“Sim, um dos vários fetiches que você influenciou na minha vida, você agora é responsável por lidar com meu fogo no rabo por eles.”
“Me escreva sua lista de fetiches então, os meus eu sei que você vai gostar. Arg, roupa grossa e molhada me deixa incomodado.”
Ambos trocaram uma leve risada, então enquanto Akechi puxava o seu colete xadrez para cima e o tirava, Akira começou a olhar mais o ambiente que lembrava o hall de entrada, um sofá grande com livros atrás em estantes de madeira com vidro na frente e luzes azuladas, um banheiro pelo que dava para ver pela única faixa de vidro que dava para ver dentro de lá, uma enorme banheira que caberia não só os dois como mais duas pessoas, uma grande cama que não havia notado ter espelho em cima e na ponta de baixo da cama, um lugar que lembrava madeiras que prendiam pessoas para execução. Fora vários detalhes bem bdsm, do lado da cama praticamente um armário de vidro com tudo que poderia imaginar só que cada item lacrado. Tudo isso iluminado por um grande lustre pomposo e luzes led.
“Kechi, quantos salários mínimos você gastou para esse quarto?”
“Nenhum dinheiro que me importe ainda mais tendo conta vinculada com o merda do Shido, sinta-se a vontade de gastar dinheiro. Não chega nem aos pés do que ganhei no auge quando eu tava na televisão e não recebia mensagens de ódio de fãs dos phantom thieves.”
“Nossa esses malditos phantom thieves. Pensar que você se tornaria um deles não é, detetive príncipe?”
“ Nossa né? Vontade de vomitar com essa piada, está andando demais com Sakamoto. Enfim, não sou um phantom thief. Mas o líder deles é meu.”
“Ho… eu gostei de como você disse isso, sádico e possessivo.”
“De nada. Bem, esse é o melhor quarto que já fui na minha vida, mesmo os mais caros que já fui não passavam esse ar”
Estava se divertindo com a conversa enquanto olhava o ambiente até então ouvir aquilo. Tentou não deixar evidente o incômodo ou o tapa na cara que levou com a informação. Não era o primeiro de Akechi. Naquela primeira vez deles, foi o único ali a perder a virgindade? Provavelmente ele já havia ido a motéis antes com outros e de alguma forma se sentia mal por sentir um ciúme daquilo. Sabia por cima do histórico de possíveis abusos que ele já havia sofrido, físicos, morais e provavelmente sexuais, não devia estar se sentindo mal ou inexperiente de uma forma pejorativa por aquela situação. Mas foi impossível não sentir uma distância daquela conexão que estavam antes, era egoísta por querer ter sido o primeiro a se tornar um fisicamente com Goro? Sabia que se falasse o que sentia naquele momento, a resposta provavelmente seria bem agressiva e não estava com armaduras o suficiente para ouvir. Olhava para baixo, tirando o casaco preto e o óculos do bolso, deixando no canto que viu o colete de lã e a calça do outro. Poderia demonstrar que havia se ferido com aquele fato por sua expressão, tentando então disfarçar.
“Eu vou tomar banho Akechi. Você deixa meu celular carregando?”
“Eu… eu sou acostumado com motéis. Minha mãe quando fazia o serviço em motéis, depois do cliente sair ela sempre dava um jeito de aproveitar as horas restantes da estadia fazendo eu entrar escondido. Tudo para mim era um grande parque de diversões com comida boa, mas é óbvio que eu sabia o que tinha acontecido naquele lugar antes. Eu preferia ficar cego a essa verdade e distrair minha mãe.”
Havia notado a expressão de Akira murchar ao falar da sua experiência em motéis, não foi difícil de deduzir a razão daquele desânimo. Akechi falou sobre aquilo de forma séria, nostálgica com uma pitada de melancolia. Não gostava de falar sobre suas fragilidades ou sobre sua mãe, mas via como para a relação deles independente do que fosse, isso era importante, fora que Kurusu mesmo já se deixou vulnerável incontáveis vezes. O quanto poderia ser difícil ter momentos de paz naquele ambiente tão discrepante da realidade que uma criança deveria ter? Os olhos de cílios compridos até se abriram mais, valorizando a forma com que ele trouxe aquela memória de sua vida. Se antes sentiu distância, voltou a sentir a proximidade e queria compensar essa sensação ruim que teve, voltando com o tom leve em sua voz e olhar mais feliz que fez Goro notar que realmente o incômodo era sobre aquilo. Ao menos agora estavam mais entregues ao outro
“ Nesse parque de diversões da sua infância, quais eram seus brinquedos favoritos?”
“Provavelmente o puff erótico que eu usava como escorregador, as cordas de shibari como corda de pular, as luzes piscando, fora a piscina que eram as banheiras. Eu gostava também de atirar com minha nerf do featherman os espelhos porque as balas ficavam grudadas, foi meu único presente material…. Okay, já me humilhei o suficiente.”
“Ter infância é se humilhar agora? Você passou por situações que foram pesadelos. Ainda bem que tem lembranças boas pelo menos mesmo que seja em um ambiente questionável. Meus pais só me trancavam no quarto com videogame para eu me distrair e não destruir a casa como eles achavam que eu fazia. Mas não era como se eu não saísse pela janela e voltasse antes deles. Hmn, mas pelo menos os clientes da sua mãe… não tentavam nada com você…né?”
“Delinquente desde infância então é Akira? Humhum. Tentaram umas duas vezes mas eu corri, eles não forçaram e fiquei seguro depois. Quer que eu deixe o celular carregando mesmo ou só falou aquilo para tentar distrair que você ficou triste pensando que eu já tinha dado antes?”
“…os dois na verdade, mas que tal eu deixar o meu celular carregando e eu te recompensar por eu ter sido idiota?”
“ se você me recompensasse a cada idiotice sua, você seria meu escravo.”
“ você que vai ser meu escravo de tão bem que vou te chupar. Você vai implorar de joelhos para eu te chupar todos os dias.”
Perto um do outro, estreitando o olhar rubro com uma risada de escárnio pela frase de impacto, notou como Kurusu usava suspensórios por baixo do casaco, o que o deu uma boa ideia que fez florescer o sorriso malicioso que fazia Akira se sentir uma presa vendo a mandíbula do predador, predador este que foi avançando novamente para um beijo sedento, desceu a mão entrando por baixo da blusa branca subindo mais e mais explorando aquela pele tão cálida com sua palma até chegar perto das clavículas. Ali, puxando o tecido para cima, puxou também o elástico do suspensório, e antes de Akira entender o que ele estava a fazer com aquilo, sentiu o impacto e o estalo em seu mamilo que ficou mais avermelhado. Porque tinha gostado e gemido? Não era para ter sentido só dor? O dedo indicador com luva então ancorou no outro lado do suspensório como se fosse as cordas de um instrumento, e assim soltou batendo com força. Degustando da expressão do moreno, desceu o rosto e deu uma lânguida lambida sobre o mamilo antes levemente ferido. Respirando forte com o hálito quente e beijando docemente o tórax de Joker, se afastou repentinamente para sentar mas olhando para os olhos prateados com volúpia, andou até o grande sofá com estante e luzes azuis atrás, que só de sentar parecia afundar um pouco ali de tão macio.
Só pela maneira com que o de fios claros sentou com as pernas um pouco abertas, entendeu o recado e já sentia sua boca salivar. Antes de se colocar de joelhos naquele chão macio de carpete, abriu os fechos do suspensório no cós da calça e a abaixou, chutando para qualquer canto, abaixando o corpo até então sentar confortável. Era a altura perfeita e Akechi ainda se aproximou um pouco mais na ponta do macio sofá. Queria estar sentando no colo dele, e só de levantar um pouco o quadril e sentar no chão, imaginando como seria cavalgar, seu pau ficava ainda mais rijo, tanto quanto o que estava logo a sua frente por baixo da cueca preta. Queria logo sentir ele pulsar em sua boca, mas sabia que era melhor ainda provocar e fazer tudo sem pressa, ainda mais se pudesse ouvir Goro reclamando ou pedindo por mais.
Os olhos do moreno eram tão afiados e bonitos que daquele ângulo, olhando para cima mostrando ainda mais aquele fulgor cinzento sublinhado pelos cílios compridos e escuros. Akira era a pessoa mais única e bonita que Akechi já havia visto, nunca havia sido alguém sexual até então o maldito phantom thief mudar sua vida completamente.
Antes mesmo de molhar com sua saliva, o volume foi pressionado contra seus lábios pelo detetive ter levado o quadril para frente.
“Está com pressa? O que você quer que eu faça hm? G o r o.”
Ouvir seu nome suspirado contra seu membro daquela forma fez o detetive suspirar e afundar os polegares para então abaixar o próprio tecido fino até o meio de suas coxas, se poupando de palavras. Libertando o pau rígido e tão rosado. Era a primeira vez que faria um oral, mas já havia simulado algumas vezes e visto vídeos com dicas, apesar de que olhando assim de perto não conseguia imaginar como tudo aquilo caberia em sua boca, mas em teoria, se não fosse na boca, seria em sua garganta. Só a situação já o estimulava a sentir seu coração ressoar, já havia sonhado muito com aquela posição e agora era momento de vivê-la.
Primeiro puxou a cueca da coxa para o chão e depois segurou o membro em sua base, bombeando apenas uma vez até que o levantou, começando ali por baixo, onde sem nem mesmo esperar passou a língua quente pelo testículo dando uma leve chupada com a boca aberta. Respirou fundo já subindo a lambida para toda a extensão chegando até a glande e a cobrindo com os lábios. A fragrância com uma leve nota salina. De alguma forma, fazer era tão prazeroso quanto receber. Lembrava perfeitamente de como Akechi o chupava e tentaria dar a mesma sensação lisérgica que o Goro tinha o dado. Começou a masturbar mais com uma mão e lamber em círculos a glande, indo para frente com o rosto e fechando os olhos sentindo o calor férvio, o aroma pervertido, a textura suave e ouvia os suspiros que escapavam voz, agora sabendo como ele era bem vocal com seu prazer. Seu membro latejava junto quanto mais centímetros entraram por seus lábios, não engolindo nem um pouco a saliva para escorrer ainda mais, ouvindo aquele som obsceno e molhado da saliva que chegou a descer pelo queixo.
Olhando para cima tentando ver o rosto do detetive percebeu que não era o único que estava tentando admirar o outro durante esse ato. A luz do ambiente parecia deixar tudo ainda mais inebriado como um sonho, os dois com o rosto mais tingido quando Akira colocou mais para dentro, já sentindo bater em sua garganta. Queria provocar mais, então parou de chupar no meio de um gemido longo e gostoso de ouvir. Apenas segurando o membro que estava quase inteiro dentro, sem se mover. Goro piscou algumas vezes tomando ar e abaixou suas sobrancelhas em uma expressão não satisfeita e extremamente bonitinha, como um felino Akira levou a outra mão que não estava na base do membro, na virilha e escorreu pressionando as poucas unhas que tinha até a parte interna da coxa, traçando um caminho avermelhado e ardido que fez o que estava no sofá levar a mão para segurar os fios bagunçados e escuros, dessa vez não puxando para fora, mas para dentro, empurrando a cabeça com força o suficiente para sentir os lábios até sua virilha. fundo demais, a garganta de Akira apertou fortemente em um impulso de tosse sem conseguir respirar direito, sentiu os olhos marejados com lágrimas pelo mesmo reflexo e o nariz úmido. Parecia estar a chorar mas estava literalmente se engasgando com o falo, uma sensação ardida e obscena. Achava que Goro tinha sido piedoso quando puxou o cabelo fortemente para fora, tirando quase todo o membro de dentro da boca tão molhada e agora até viscosa do moreno, mas depois de o ver ter tomado ar, o detetive voltou a segurar a cabeça e empurrar como antes sentindo o nariz em seus finos e ralos fios castanhos claros que tinha ali. Ambos estavam a revirar os olhos e soltar gemidos. Akechi então começou a mover seu quadril enquanto segurava os fios com força, usando a garganta do phantom thief como se fosse seu brinquedo sexual. Um mero onahole. Ouvindo os sons melados enquanto tentava respirar o quanto podia e prender a respiração depois, ficando com uma pequena tontura, só pensando em satisfazer Crow que mordia o próprio lábio sem parar o movimento e ainda sim arfando com as pernas trêmulas. Sentindo uma pressão no ventre sentiu que era momento. Afastando um pouco o quadril tirando o pau da boca melada. Akira estava com lágrimas nos olhos, laterais da boca avermelhadas, escorrendo um pouco até pelo seu nariz enquanto tomava ar com a boca aberta. Estava ainda só a pensar em ser fodido, subindo os olhos pedintes. Goro então começou a se masturbar e não demorou para começar a encher a boca do moreno com aquele leitoso perolado. Isso era a visão do paraíso. Saboreava com gula e ainda terminou sorvendo a glande e tirando os últimos resquícios de prazer, fazendo questão de deixar um filete de semen que ligava a sua boca enquanto olhava para os olhos escarlates e dilatados. O gosto era realmente obscenamente gostoso. Mostrando seu Pomo de Adão descer ao engolir. Estava realmente uma bagunça, então desabotoou a camisa que usava e a tirou para limpar um pouco o rosto das lágrimas e saliva. Akechi ainda estava nas nuvens pela endorfina do prazer sentido, mas queria mais. Precisava de mais.
“Realmente, essa boca serve para muita coisa além de falar idiotice.”
“Ei… COFCOF. Eu quase perdi minha laringe e meu pulmão por causa disso. Eu fui mais gentil com você.”
“Eu não pedi para você ser gentil comigo. Você que escolheu ser, como sempre. pff.”
Como se aquilo fosse um pedido por gentileza, sentiu um toque sobre sua cabeça em um gostoso afago da mão sem luva, pela posição se sentia um animal doméstico então rindo de si mesmo, Akira levantou e se sentou no sofá também se impressionando com a macieza enquanto o detetive desabotoava e tirava a própria camisa a colocando de lado no sofá e assim que a tirou, avançou o rosto para o pescoço de Joker, respirando fundo ali e dando alguns beijos úmidos que arrepiavam, passando a ponta dos dedos pelos braços definidos e finos. Porque era tão bom cada toque do que havia o traído e fascinado? Estava nas mãos de Akechi, mas sabia que era mútuo, ou ao menos queria acreditar. Conseguia normalmente traduzir a intensão por trás de algumas das palavras afiadas, eram similares em bastante coisa apesar de tão contrastantes também. Isso tornava tudo ainda mais especial. Mas precisava perguntar.
“Goro… o que eu sou para você?”
“Meu rival.” Falou sem desencostar os lábios da pele ebúrnea
“Não quero ficar sendo só seu rival. Mas serei seu rival para sempre. Além disso, o que eu sou?”
“ Como sempre Kurusu. Sentimental demais. Você precisa ler as situações de uma forma melhor. Não quero te dar o prazer de ouvir… hm, então vamos dizer o seguinte… você acha que eu transaria com qualquer pessoa?”
“Você quer que eu seja sincero?… se fosse conveniente para seu plano de matar o shido, talvez.”
“… talvez. Okay. Esse seu talvez pareceu para mim foi um sim. Mas no caso seria um não. Eu não permitiria eles me tratando como trataram minha mãe. Seria um acesso fácil a informação mas sem profundidade, eu me recuso. No máximo os seduziria sim, mas realizar isso ou se quer se tocassem em alguma parte minha, eu arrancaria a mão deles com uma faca de manteiga e um isqueiro. O máximo que permiti foram algumas mãos na minha coxa e uma comediante tocando no meu rosto porque estava em gravação.”
“Isso foi muito específico. Okay… vou ser específico também. Eu namorei a Ann por um estranho e divertido mês. Mas nesse inteiro mês, nós não fomos além de beijos e nudes. Notamos que não tínhamos algo realmente pelo outro além de uma amizade íntima. Eu via o brilho dela no olhar falando sobre a Shiho e acho que ela via o brilho no meu… quando eu falava sobre você.”
Naquele momento, estavam nús. Literal e figurativamente. Isso era um pouco assustador, mas era um momento tão importante e urgente que precisava ser dito ou o moreno sentiria aquilo preso na garganta por muito mais tempo. Olhavam para o fundo dos olhos como uma discussão profunda, mas não deixava de ser estranho tudo aquilo enquanto estava tão excitado e Akechi não totalmente rijo, ainda. O olhar frio de cor quente agora parecia surpreso e afetuoso, se aproximou mais de uma forma que chegava a ser casta, encostando as testas, ouviu um sussurro tão do fundo do peito que mal era audível, mas guardaria aquelas palavra para sempre. “Pensar que a Ann estava certa. Eu odeio amar você.” Bastou ouvir isso que sentiu os olhos quentes, levando as mãos para os fios um pouco mais compridos, dando um carinho e o puxando para perto, adentrando naquele beijo cheio de cobiça por mais, precisavam do outro, tese e antítese precisavam um do outro para chegarem em suas respectivas verdades, pequenos murmúrios saiam daquele beijo como pedidos por mais. Tocando no corpo do outro em meio aqueles desejos, aquele amor que floresceu ódio, daquele primeiro encontro que parecia destinado até o ver das reais cores um do outro. Suspiravam e enleavam suas línguas, o que Akira não imaginava é que enquanto se beijavam de maneira tão intensa e romântica, sentiria o tecido de couro no membro que estava a implorar por toques. A luva subia e descia por seu comprimento e quando soltou o primeiro gemido quebrado dentro da boca do detetive, ele soltou o que estava a pulsar. Era impossível não admirar o corpo de Akechi, que levantou e andou até a cama que não era longe de onde estavam mas ficava com uma sombra avermelhada pela luz led que tinha ali.
Praticamente correu para o colchão, queria ainda mais. Já subindo na confortável e cheirosa cama, olhando o luxuoso lustre que tinha ali perto, as algemas do cano no teto e o espelho que tinha tanto ali quanto do lado direito deles, dando para ver a cena como se estivesse em um filme erótico. Precisava gozar. Estava já a doer, mas se pedisse, sabia que Akechi e seu sadismo iria fazer de tudo para não o permitir, assim era melhor fazer algo ainda mais tentador. Ficando de joelhos e indo com o corpo para frente, ficou de quatro e virou o corpo até onde conseguia, abrindo as pernas e puxando com a ponta dos dedos uma das nádegas, mostrando aquele apertado músculo rosado que contraia. Olhando de canto de olho para Crow com aquelas prateadas íris que já eram penetrantes por si só.
“Eu não esqueci do que falei da última vez. Aliás você me deixou com muita vontade que nesse meio tempo, tive que ficar batendo toda vez que eu pensava em você me comendo, e você sabe como é difícil fazer isso no Leblanc. ”
“Ainda bem que não esqueceu, porque agora nem um corte impediria de eu foder você. Vai mais para frente Akira, encaixa sua cabeça ali e coloca seu tórax no travesseiro alto.”
Piscou algumas vezes olhando para frente até que notou o que ele queria dizer. Pensava que já gozaria só de imaginar aquilo, mas não foi o que aconteceu. Pensava que depois das vivências que já passou, teria trauma de restrições de movimento. Talvez seus amigos estivessem certos sobre ser perigossexual. Se colocou ali com a cabeça na meia lua acolchoada e os pulsos, pelo menos era mais confortável do que algemas de metal. Logo seu carrasco com um sorriso extremamente satisfeito puxou a parte superior e fechou com a tranca simples que tinha ali. Estava como um persona pronto para a guilhotina. Tentou tirar a mãos de dentro do círculo em que estava encaixada, e notou que se puxasse com jeitinho, conseguiria tirar de lá. Mas claro que queria se manter. Já a cabeça, tentou recuar com o corpo mas por poucos segundos quando sentiu machucar, é, ali não conseguiria. Mas a mão alcançava o fecho, realmente era bdsm. Restrição, mas com absoluto consentimento. Provava a sensação de ficar ali com a cabeça e mãos presas, de quatro com a bunda empinada para Akechi o usar. Infelizmente não conseguia ver o rosto claramente, mas se olhasse realmente com o canto do olho para o espelho que tinha na direita, conseguia ver um pouco o corpo exposto como carne naquela posição. Isso era bom. Não era ideal para sua primeira vez com penetração, mas definitivamente era a maneira perfeita para si.
Sem conseguir ver direito, ouviu Akechi abrir o armário que tinha ali e rasgar alguma embalagem, duas embalagens. Isso já o arrepiava imaginando o que era tentando ver pelo reflexo mas não conseguindo. Assim que se distraiu um pouco, tomou um susto, soltando um exclamar e depois tomando todo o ar de seus pulmões de uma vez só. Um tapa em sua bunda que provavelmente deixaria um vermelho. Depois sentindo os dedos de Akechi passarem por onde tinha dado o tapa, suaves em contraste com o estalo alto, e isso era extremamente estimulante, ainda mais pela pele estar sensível. Como Akechi parecia tão experiente? Engoliu seco quando sentiu um melado meio gelado escorrer até sua trás.
“Akira. Posso começar? porque daqui eu não acho que conseguirei parar. Me avisa se doer?”
“Para quem forçou uma garganta profunda você está bem piedoso agora, ahah… mas sim. Eu aviso. Vai…com jeitinho? “
“Ouvindo você pedir assim não me dá vontade de ir com jeitinho. Mas sim, eu vou.”
Para confirmar ainda a afirmação, o de fios claros deu um beijo onde havia dado o tapa, passando a mão naquela bunda tão bonita e lisa de Akira. Logo foi com a mão sem luva para onde tinha melado com o lubrificante. Entrando a ponta de um dedo ali na cavidade tão fechada mas que contraia por mais. Entrava gradativamente e com esmero, aquela sensação por si só era vergonhosa naquela posição, juntando os joelhos os pressionando enquanto sentia o rosto quente. Um dedo entrou completamente e curvava procurando onde seria ainda mais sensível, e quando achou a próstata batendo o dedo nela algumas, ouviu um clamor trêmulo de Akira, que não aguentou e enquanto mordia a parte interna da boca e fechava às mãos em punhos, soltou seu cândido prazer. Para não melar toda a cama Akechi colocou a mão embaixo, sentindo o fluxo férvio lembrando de como havia sentido dentro de si, dando uma sensação de estar cheio e quente. Queria sentir novamente e sabia que teria a oportunidade.
Com a mão repleta de gozo, lambeu um pouco e continuava muito, dando de ombros e passando na lateral da cama. Não demorou para então colocar um segundo dedo lubrificado para dentro daquele aro de músculos, movendo, entranhando, abrindo. Akira não estava a pensar, apenas sentir toda aquela sensação que já fazia seu falo ficar novamente estimulado, contraindo os dedos do pé e movendo um pouco o quadril de uma maneira ainda mais atrativa. Foi então que revirou os olhos cinéreos ao sentir o terceiro dedo, se surpreendendo com a facilidade que entrava apesar da leve pressão dolorida, feliz por Goro estar sendo delicado mesmo estando novamente extremamente excitado. Os três dedos abriam ainda mais e entravam inteiros parando um pouco ali dentro da cavidade para acostumar.
“ Posso entrar Joker?”
“ Espera um pouco… a grossura é a mesma desses dedos? Se for acho que tudo bem. Eu já tinha colocado um dedo antes mas… hm…”
“ São três dedos mas movi eles e abri também, a grossura não é exatamente essa e meus dedos são finos, mas… vamos lá. Eu vou ser lento também sim? “
Queria concordar com a cabeça, mas como ela estava presa na guilhotina, só voltou a abrir mais as pernas. Finalmente sentiria Akira Kurusu por dentro, queria ouvir ele gritar seu nome, ainda mais preso e vulnerável, isso acariciava o seu ego de uma forma que o fazia dar um sorriso malicioso, era isso que queria, foder o líder dos phantom thieves até que ele implorar. Colocando mais lubrificante sobre seu falo e masturbando algumas vezes para espalhar. Fez questão de olhar para o espelho enquanto pressionava a glande para ele o engolir, lentamente tirando os três dedos para substituir aquele lugar sem muita dor. Finalmente estava a se tornar um com ele. Entrando mais seu pau naquela cavidade tão apertada e íntima. Queria ver o rosto de Akira mas só conseguia ver no reflexo o como ele estava com a boca aberta e via em suas costas o peito subir e descer. Levando o quadril para frente e ajustando até sentir a púbis encostar, todo o comprimento dentro dele. Deixando parado para ele se acostumar.
“hmn, Goro… eu que sou apertado demais ou você que é grande? A-Ahh… que sensação estranha e boa”
“Sempre que você me chama pelo nome sinto como se você acertasse no meu ponto fraco, não faça eu me acostumar, eu gosto de ouvir. Sobre isso, acho que dos dois um pouco. Odeio admitir, mas acho que você é um pouco maior que eu ainda.”
“Você está admitindo então? Meu pau é maior que o se- H-HMMM!! A-Aaah…”
Bastou aquela provocação para Akechi levar o quadril para trás quase tirando todo o membro de dentro e então socando dentro com força do impulso do quadril. Sentindo até a pressão dos ombros na guilhotina, revirando os olhos de prazer agora que sentia as estocadas constantes dentro de si, Akechi não veria sua expressão vergonhosa ao menos, colocando sua língua para fora sentindo o baque de cada penetrar e o som das peles a bater. Tão fundo e quente, tudo o que pensava era como Akechi o fodia bem e todas as vezes que imaginou aquilo que estava acontecendo agora. Mesmo tendo gozado com os dedos no início, agora já sentia o sangue a pulsar novamente entre suas pernas, enquanto Goro mantinha o ritmo e gemia mais profundo do que antes, talvez para não gastar o ar e manter o movimento forte e constante penetrando, sentindo aquela carne o apertando e sugando para dentro. Mas o moreno não precisava guardar ar nem se preocupar com a vizinhança, arfando tentando tomar ar e soltando as vezes alguns gemidos fortes no seu tom de voz mais grosso, soltando as vezes em meio a roucos gemidos alguns “Akechi, isso.” “Isso HM continua” não conseguia soltar mais frases longas ainda mais naquela posição em que estava preso.
Não demorou para Akechi sentir que não duraria mais muito tempo, e Akira notava isso pela forma com que ele desacelerou o ritmo e os gemidos saindo manhosos e cheios de ar, realmente, depois de um tempo mantendo o passo, entrou fundo e ali sentia as pernas trêmulas enquanto preenchia seu amado Joker, mas mesmo com certa fraqueza deu um bom tapa na bunda de Akira novamente, que sentia a pele quente além do leite de Akechi que o enchia.
Estava quase a gozar junto, mas agora o detetive não estava mais rijo dentro da sua cavidade apesar de se manter ali. Estava para tirar as mãos da imobilização quando ouviu algo. Provavelmente foi outra coisa tirada daquele absurdo armário. Isso de alguma forma o deixava nervoso, o que poderia ser? Ouviu um som de isqueiro. Isso vindo de Akechi e sem poder enxergar o fez novamente juntar os joelhos e tentar ver o espelho. Uma vela? Uma vela, vermelha como suas luvas como phantom thief.
“Akechi… o que você tá fazendo?”
“Um experimento.”
“HMN!”
Foi assim que sentiu duas sensações novas junto, o membro saiu de dentro de si escorrendo quente até suas bolas, mas como se não bastasse isso, um calor que chegava a queimar pingou em sua bunda. A cera da vela pingava as gotas ali, a pele tão alva ficava avermelhava, era uma dor boa e rápida, mas logo a vela foi apagada e a mão sem luva passou pela marcada e alva derme mais sensível do que nunca, notando que a cera não era igual a de uma vela comum, era mais fácil de tirar e depois de apertar ali, era como se ela fosse cremosa, pelo menos o cheiro era bom e lembrava champagne. Mas quando desceu os olhos Akira moveu o quadril de um lado para o outro como se o chamasse, e foi assim que segurou o membro do de quatro por trás, ordenhando naquela posição com a mão mais macia do que era normalmente e sentindo a sensação quente dentro de si que envolvia o corpo inteiro de uma forma confortável mesmo em uma posição de não parecesse tão agradável assim. Soltou um gemido mais forte com o acelerar e a outra mão de Akechi que segurou sua coxa, era bom gemer alto, libertador e parecia uma urgência de seu corpo. Assim soltou um alto e sonoro plangor de prazer enquanto gozava.
O que não imaginava era imediatamente ouvir o abrir da fechadura da guilhotina e o cair com o puxar para trás em um abraço forte, agora estando sentado em meio das pernas de Goro, ele mantinha o masturbar mas respirava fundo sua nuca, dando alguns beijos suaves ali na região suada. A fragrância de café era impregnada em Akira de uma maneira que o derretia, era como se fosse o cheiro natural. Movia a mão para cima e para baixo no mesmo ritmo que via o peito do moreno subir e descer, ainda escorrendo em impulsos aproveitou que estava com o queixo apoiado no ombro do outro e levou a mão com luva para o mamilo, apertando entre os dedos, tão durinho e rosado que não conseguiu conter um sorriso vendo o estado lisérgico em que Joker se encontrava, sentindo arrepios.
“Temos uma banheira enorme a cinco passos de nós.” Sussurrou no ouvido do que estava a tomar ar se recuperando do quanto foi fodido.
“Você escolheu esse quarto a dedo não é? meu carrasco?”
“Hah, não é como você não soubesse sobre meu sadismo depois de me ver matando shadows nos mementos.”
“Realmente. Fora que você com sua roupa escura, apertada e com garras é tão sexy quanto de branco… se bem que de branco você fica muito bem também. Queria ter transado com você em algum palácio.”
“Tudo teve seu tempo Akira… apesar de que… okay. Seria bom ter feito isso no mundo cognitivo.”
Kurusu se apoiava no corpo que estava atrás de si, fechando um pouco os olhos e dando um suave carinho nas pernas que o enquadravam ali na cama. Se sentia pertencente de uma forma que nunca imaginou na vida. Claro que agora tinha uma casa onde era bem vindo, amigos, mas principalmente, ali. Nos braços de quem antes tentou tirar sua vida, achou seu lar. Seu corpo inteiro ressoava ainda o prazer sentido mas ainda sim virou o corpo ficando sentado de frente para Goro tomando a frente de um beijo, escorrendo os dedos nos fios de cabelo mais compridos que os seus, sentindo a textura e o carinho do ato, enquanto as línguas tornavam a se encontrar agora em um ritmo mais lento que fazia o coração de ambos apertar uníssono. O beijo era realmente viciante, tanto o beijo como a forma que acompanhavam o ritmo do outro independente de qual fosse, mas dessa vez de alguma forma parecia ainda mais afetuoso dos que já haviam compartilhado. Passeando a mão no peito de Akira, foi subindo para os ombros de um jeito doce, já Akechi recebia um afável carinho em seus cabelos de fios finos, tomavam o ar perdido na boca do outro, as vezes abrindo os olhos para admirar o rosto tão perto.
Depois de lamber contornando o lábio de Goro e mordiscando o inferior, ele parou o beijo lento e romântico, andando de joelhos sobre o colchão até pisar no chão. Esticando um pouco as pernas trêmulas que ficaram muito tempo dobradas e alongando um pouco os braços colocando para as costas, o que fez o detetive quase salivar de desejo, sem tirar os olhos do moreno que foi indo a passos trépidos para a banheira, já verificando se estava com ralo fechado e girou a torneira quente. Sentando ali na borda ansioso olhando para a água, com certeza era a maior banheira que entraria na vida, se não contasse um onsen. Isso lembrava a primeira vez que foi no onsen com Akechi, impossível não sorrir com a lembrança. Já o de fios claros seguiu os passos e sentou na borda colocando os pés na pouca água que ja tinha soltando um suspirar calmo
“Nunca fui uma pessoa muito sexual, questão...de libido não? Não sei como me sentir sobre isso. Além de me sentir muito bem digo.” Sabia como o phantom thief realmente mudou sua vida, além de o dar esperança para uma visão de mundo tão fatalista, agora não parava de pensar no prazer sexual, sendo que nunca teve muito tempo para isso
“Para você estar soltando uma sinceridade assim, realmente deve estar muito bem. Não para de pensar em como meu cuzinho é bom então hm? Mas se estamos falando sobre puberdade, o que acha do Yusuke com o Ryuji? Foi uma descoberta surpreendente? Para mim não foi tanto mas eu convivo muito mais com os dois né”
“Falando assim você parece ter saído de um pornô barato, para com isso… mas sim você me apertou bastante. HMN. Não. não foi uma descoberta depois de eu ter visto eles usando a calça jeans do outro. Mas a ponto de ficarem no banheiro? Eu esperava isso do Sakamoto obviamente, mas não de Kitagawa. Imaginei ele sendo alguém dramático e romântico a ponto de anunciar para todos antes de beijar o Ryuji. “
“ isso realmente parece o nível de excêntrico dele né? Hehe…pera, calça? Como você notou isso?”
Começou a se abaixar e sentar na banheira que agora estava na altura do umbigo, o que fez Goro descer também e se sentar. Vendo na outra extremidade um controle, foi até lá e começou a apertar os botões quando ligou uma luz púrpura do fundo da banheira, deixou daquele jeito. Pegando também do lado um sachê que dizia ser sais de banho. Abrindo o pacote e despejando na água quente em que estavam, cheirava a rosas e lavanda, doce mas agradável e não tão forte assim, voltando para perto de Kurusu.
“ achei que teria pego essa pista, caro Moriarty. Yusuke não usaria uma calça rasgada e Ryuji não usaria uma calça tão limpa e colada.”
“Mas Holmes, o Ryuji não tava com calça colada, ele tava quase com a samba canção toda aparecendo se não fosse a regata comprida.”
“ adaptações, a calça tava toda aberta. Não sei como ele se sente confortável daquele jeito.”
“Ei, isso que você colocou na água está tão cheiroso…”
Akira fechou a torneira assim que viu a água já na altura quase dos ombros e puxou Akechi pela cintura para si, o fazendo sentar em seu colo. Aquilo era tudo que já havia sonhado. Ver os olhos avermelhados apaixonados para si mesmo que Goro nunca admitisse, era tão evidente que chegava a ser tangível, o puxando novamente para beijar, respirando profundo sentindo aquela fragrância floral da água e passando a mão pelas costas de Akechi sentindo a pele aveludada e macia, o hálito quente assim como a água e tornando a sentir a textura da língua de sua antítese, passaram um bom tempo naquele beijo lento e manhoso, até afastarem um pouco o rosto e ainda sim ter um filete de saliva os unindo. A posição em que estavam e o beijo por mais que não fosse a intenção, fez os dois voltarem a ficar excitados novamente, e sem nem mesmo perguntar ou pedir, Akira segurou os dois membros que estavam encostados no outro com uma só mão. Goro arrumou mais sua posição sobre o colo para se possível juntar ainda mais, e assim começou a masturbar por baixo daquela água quente, mal cabia o tamanho dos dois juntos em sua mão, mas passava a palma nas duas glandes e voltava a segurar levando a mão para cima e para baixo. Akechi pensou em falar sobre um assunto sério e preocupante como os riscos que poderiam ter com apoiadores do Shido, mas qualquer pensamento lógico sumia ao olhar os olhos cinéreos e dilatados com longos cílios, ao sentir o prazer que nunca imaginou. Encostaram a testa na do outro, de olhos fechados trocando alguns gemidos baixos mas que pareciam ecoar dentro de si junto com o som da água pelo movimento ali feito, não aguentando e movendo seu quadril para roçar mais, tão junto, tão gostoso. Akira começou a pressionar mais os falos um no outro e em sua mão, movendo com mais vigor até novamente gozarem, dessa vez praticamente juntos. Estava se deliciando com a situação quando viu o grosso esbranquiçado a boiar na água e se afastar do corpo do moreno, já se levantando de costas para ele, feliz por não ter o cabelo molhado nesse curto e pervertido banho, pegando a toalha que tinha ao lado e se enrolando e secando, pisando fora e ficando sentado no canto da banheira, não demorando para Akira fazer o mesmo e ir até o celular que estava no chão junto com algumas roupas.
“Ah. Parece que estamos no cio. Queria mais…mas agora o meu corpo parece tão relaxado pós banho. Vamos pedir alguma coisa para comer? Eles devem ter cardápio online não?”
Foi indo para a cama novamente se jogou de costas, deitando ali com um enorme sorriso no rosto pelo feito e pelo momento, a endorfina ainda não havia abaixado e estava em êxtase, o mesmo para Akechi que sempre teve uma relação complicada de lidar com sua própria alegria, mas agora estava a se sentir nas nuvens.
“Nada como uma vontade enorme contra uma restrição ainda maior para intensificar nossos desejos. O que é uma merda se você pensar afundo sobre, mas estou muito muito bem assim. Oh! Sim! Eu gosto bastante dos cardápios. Normalmente eles tem um tablet com cardápio, você seleciona e paga por ele, aí eles tocam na porta e colocam dentro do armarinho aberto para nós… isso mesmo, o tablet tá aqui.”
Com a toalha amarrada na cintura, Goro estava apoiado na parede lateral da mesa que tinham ali, com o tablet em mãos por ele ter uma corrente para ficar na mesa.
“Olha só, a celebridade devia fazer review de comidas de motel! Eu gosto bastante da ideia, poderíamos testar a cama de cada motel também~ normalmente eu só como curry, gyudon e tomo café. Será que tem algo mais diferente aí?”
“Você deveria fazer review de comédia standup então. Mas se for um review particular só nosso, eu estou concordando com essa sua ideia sim. Tanto da comida quanto da cama. Aqui tem bastante porção, mas o omurice parece bem avaliado, tem algumas pastas também. Supostos drinks afrodisíacos? Tsc. Parece verídico. Vamos relevar porque parecem gostosos e nem todos são alcoólicos. “
Akira parecendo interessado levantou as sobrancelhas e o tórax, dando duas batidinhas ao seu lado no colchão o chamando, mas quando Akechi apontou para a corrente do tablet, simplesmente fez um bico e continuou o chamando novamente.
“ Vou querer o omurice então! E a sobremesa eu divido qualquer uma que você quiser. E você ?”
“ Vou pedir uma pasta ao fungi mas vou comer um pouco do seu omurice e de sobremesa vamos… esse cheesecake simples. Vai ser isso. “
Fez o pedido o mais rápido possível, ansioso para logo se deitar ao lado de seu phantom thief lembrando o quão bom foi dormir ao lado dele naquela conturbada noite da primeira vez de ambos, sempre teve noites de insônia e naquele dia simplesmente desmaiou nos braços de Kurusu como nunca imaginou antes, ainda mais sempre reforçando internamente a importância de nunca abaixar sua guarda. Mas assim fez, depois de pedir, foi para a cama e se deitou, não deixando de escapar um sorriso ao ver o retrato de ambos pelados no teto espelhado. Tão íntimo e especial. Tantas lembranças e memórias. Seguraram a mão um do outro e trocaram alguns carinhos silenciosos, ouvindo um pouco a respiração do outro, a água da banheira a descer pelo ralo e depois de um tempo um abafado gemido feminino que vinha de algum quarto próximo.
“Aproveita que você está com o celular e se conecta com o bluetooth daqui e coloca alguma música. Agora o silêncio ficou tão nítido… você está…”
Enquanto falava notou que Akira não estava mais a olhar a tela do celular, estava olhando o espelho em cima deles e clicando na tela, tirando algumas fotos daquele momento. Assim aproveitou e se aproximou ainda mais, fazendo um V com os dedos para a foto. Depois de algumas fotos voltou a olhar a tela e foi colocar alguma música. Não conhecia tanto do gosto musical de Akechi mas se tinha algo que ambos gostavam era das músicas que ressoavam pelo Jazz Jin. Quando começou a tocar olhou para todos os lados do cômodo, parecia realmente trilha sonora do momento pela música se espalhar, onde estava as caixas de som? No teto pelo visto, mas foi interrompido pelo tocar da campainha, o que fez os dois se levantarem, Goro tirou a toalha e colocando dobrada em um canto, pegou a cueca que estava no chão e vestiu. Já Akira foi até a porta pelado e abriu, não tinha nada nem ninguém, até lembrar do armário que Akechi tinha falado e quando abriu, como magia, estava ali os pedidos. Pegando a bandeja e já andando até a mesa em que seu detetive príncipe estava, acendendo uma vela decorativa que estava ali com o isqueiro usado para a vela que o mesmo havia feito pingar em sua pele, sentindo uma constrangedora contração. Devia pegar sua cueca também e aquilo ficaria menos aparente, assim fez, mas Akechi sem mais delongas foi enrolando o macarrão no garfo e comendo, se tinha algo que sabia era que comida de motel era realmente bom, pelo menos as que não são cortesia. Akira usando a cueca se sentou na outra cadeira enquanto ajeitava o elástico vermelho do tecido preto, quando fez a pergunta que fez o detetive desconfiar que ele tinha algum poder de leitura de mentes.
“Quando você vinha criança aqui, como você entrava escondido? E o que você comia? Restos ou faziam pedido? Hm, o omuraisu tá bem mole dentro, eu gosto. você prefere gema mole ou dura kechi?”
“Vamos por partes hm? Teve umas vezes que eu tive que entrar em uma mala, antes eu ficava dentro do carro lendo. Outras minha mãe só colocava o casaco ao meu redor e algumas vezes foi bem descarado mesmo. De comida as vezes comia se era resto dela, mas normalmente pedíamos ao menos uma sobremesa, sorvete. Ovo… depende da receita.”
Comeram um pouco em silêncio degustando a comida, a situação, a música, a troca de olhares e alguns chutes que davam na perna do outro como uma diversão competitiva usual.
“Eu gosto de gema mole Goro, já anote para lembrar quando um dia você fazer o café da manhã para mim ”
“Isso supõe a existência de algum dia que você não acorde antes de mim para fazer café para nós. O que eu duvido que exista. Mas sim, minha memória é boa e esse momento vai ficar muito bem marcado.”
Não demorou para terminarem de comer e rachar o pedaço de bolo entre eles, não deixando de por iniciativa do moreno, levar o doce até a boca do outro, que abriu e aceitou aquele gesto de afeto com afeição, fazendo o mesmo com ele e sorrindo ao o ver de boca aberta. Momentos tão raros mas que agora estando ao lado de seu rival, sabia que se tornaria usual. Assim que terminaram, assoprou a vela sentindo a moleza de toda a atividade física que fizeram e da comida quentinha e confortável. Notando isso o de fios claros se levantou e voltou para a cama, dessa vez com a cabeça para o lado dos travesseiros, mas era impossível não olhar para seus pés e ver a guilhotina onde antes estavam a gemer. Ficando um pouco corado com a situação, focou o olhar para cima, para seu próprio reflexo, vendo os próprios olhos rubros antes tão opacos agora mais fortes e com vida, pensando no como havia mudado e não só fisicamente. Até então a luz principal do quarto ser desligada, ficando só a luz led azul de trás do sofá que iluminava tão pouco mas o suficiente para ver o rosto de quem se acomodava ao seu lado, diminuindo o volume do jazz para algo bem baixo e puxando a coberta macia para o corpo dos dois de uma maneira tão doce que fez Goro sentir um apertar no coração.
“Sabia que são três e meia da manhã? Eu nem prestei atenção nisso nem quando fomos pedir a comida. Bem, é. Funciona vinte e quatro horas mesmo e nem tínhamos jantado.”
“Ah eu jantei e muito bem se você me entende. Hmhm…. Ei. Só preciso dizer uma coisa antes de qualquer coisa, estamos com a guarda muito baixa. Tem algo que te dê segurança de que algum envolvido do Shido não tentar mais nada com a gente?”
“Eu esperava ouvir algo romântico. Nem que fosse um bonita bunda, mas enfim, acho que é muito recente a última vez. Sae está do nosso lado também e isso me dá segurança mas provavelmente vão tentar alguma coisa. Nada que não daremos um jeito.”
Respirou fundo e virou de lado, acomodando então seu nariz no ombro de Akira, dando um leve beijo na pele cheirosa e fechando os olhos. Passando o braço nos dele o abraçando, e akira aproveitaria essa proximidade como se fosse a última vez que aquilo aconteceria, puxando Akechi para seu peito, o fazendo apoiar a cabeça em seu peito e o braço em seu abdômen, dando um beijo sobre a franja do detetive. Agora ambos estavam ali encaixados e juntos, sentindo o calor do outro e da fina coberta, sentindo o corpo do outro e de si depois de tudo que fizeram. A mão antes perto a cintura subiu languidamente chegando no peitoral antes de se entregar ao sono.
“Esperava algo romântico? Eu me perguntei isso porque estar com você é bom demais para ser verdade. Bom demais para alguém como eu.”