Aquele laço branco
que pendia nas suas costas no qual segurava um avental, balançava no mesmo
ritmo daquela música animada que parecia conduzir todos os estalos de copos a
bater, as risadas histriônicas e tão naturais que contagiava e o som da madeira
do chão com o impacto de seu pequeno salto alto, fora aquelas conversas que
competiam parar ser ouvidas que apenas secavam por um pouco tempo ao ver a
"petit" garçonete que chegava com enormes copos de cevada em suas
mãos, isso certamente no plural, sua habilidade de segurar 5 copos e nunca
deixar um cair era admirável, frequentemente era confundida com uma adolescente
pela sua aparência delicada, mas seu busto mediano, seu olhar e seu ar
confiante entregava que já tinha amadurecido a um tempo. "AQUI ESTÁ!"
E também, por sua voz, era uma voz rouca de tanto gritar por aquele bar, uma
voz forte que não condizia com aquela aparência, ou melhor, até temperava mais
aquela estética tão única de Feli, que agora rondava pelo balcão até as mesas.
Glastheim era
conhecida por ser a mais dionisíaca das cidades, foco de pessoas da nobreza que
estavam cansadas da responsabilidade, de andarilhos que buscavam vivências, de
lojistas extravagantes e caros, de músicos que buscavam fama. Todos tinham um
brilho, até mesmo o mais aleatório que seria um borrão preto no meio da
pintura, tinha uma boa história para se contar. E essa era uma razão por amar
se emprego mesmo tendo oportunidade de tomar rumo para outras coisas. Era
aquela festa eviterna e a motivava a acordar todos os dias.
Mas
mesmo que cada um tivesse seu brilho, nenhum se igualava ao que vinha daquela
figura que havia acabado de e entrar por aquela porta. A cliente intimidava com
seus longos fios áureos de ouro, e seu corpo voluptuoso com curvas que fazia
qualquer um se perder, guiando todos do bar naquela sede arbitrária por aqueles
lábios finos e brilhantes, e a garçonete não era exceção. Logo ela se sentou na
mesa mais reservada do canto e como de costume ignorando os olhares famintos
que vinham até do andar de cima daquele bar, aliais, aqueles olhos afiados e
aquele sorriso leve parecia até mostrar gosto daquela exposição. Era comum ela
ficar naquela mesma posição, mas desta vez, Feli já havia superado seus receios
e barreiras de uma...abordagem. Pode se dizer. Porque todos se privavam? Muitas
pessoas passavam por aquelas portas e todas era tão intensas e verdadeiras.
Viviam e mostravam sua intensidade, tendo vergonha disso, mas naquele momento
eram verdadeiras. Por estarem embriagadas? Talvez. Mas o que importa era que
naquele momento elas estavam dispostas a abdicar do peso da sociedade as julgar
e simplesmente agir, como o simples animal instintivo que todos somos.
Infelizmente Felicitá não tinha mais a capacidade de ficar bêbada. Trabalhando
nesse meio parecia que não tinha mais sangue nem fígado, apenas cevada. Mesmo o
mais forte dos drinks apenas a deixava levemente alta. Mas nesse momento
descartava qualquer tipo de coisa que a não deixasse lúcida. Era algo tão
simples de se fazer, mas que deixava seus olhos esmeralda lapidados a ponto de
um brilho de motivação surgir deles junto com um sorriso malicioso, como uns
olhos de um gato arisco e prestes a pular no seu alvo, mas tudo isso enquanto
seu coração parecia palpitar mais. Todo seu corpo reagia por uma única mulher.
Mas não era apenas uma. Era A. Mordeu o lábio e se entregou por completo à
situação, chegando de costas naquela mesa forrada com um tecido vinho e
apoiando com as palmas de sua mão na mesa , usou o impulso para praticante se
sentar naquele carvalho, o que fazia seu uniforme subir um pouco e mostrar
ainda mais sua pernas branquinhas e torneadas, dignas de alguém que passa o dia
usando salto e andando de um lado para o outro.
— Boa noite
senhorina~ algum pedido especial para essa noite?
Usou seu sotaque que
normalmente as pessoas acham algo realmente atraente, mas nada se igualava a
sedução completamente natural e lasciva, nem mesmo pensada, que bastou um virar
do corpo para ver a atendente, que aqueles fartos seios que pareciam implorar
para serem tocados, se pressionando contra o outro parecendo ainda maiores do
que já eram, sabia olhar discretamente de forma que ela nem mesmo perceberia
mas agora estava olhando de propósito, para ver que estava sendo desejada, e
assim a musa não mostrou reação alguma, reforçando aquela barreira
indestrutível, assim apenas respondeu naturalmente, não era desdém, não era
sedução, era apenas um bom tom de normalidade com aquela voz tão linda que de
alguma forma parecia hipnotizar de tão suave que era, não era uma voz de uma
rainha que ordenava seus lacaios, mas de uma mulher poderosa e calma que não
precisa provar seu poder a ninguém.
— Hum... Apenas chopp
como de costume por enquanto.
— Gosto de suas
preferências! Huhu! Posso perguntar o porque você vem sempre aqui?
A loira levantou uma
sobrancelha com um sorriso inconformado pela pergunta repentina, um sorriso que
facilmente poderia ser traduzido como "isso é sério?", Feli
normalmente tinha orgulho de suas abordagens, mas ainda se sentia intimidada
perto da outra, sendo que para conquistar o que queria, sabia que deveria se
mostrar acima. Não ser uma das milhões de pessoas que a olham de baixo. Mas
assim a mulher respondeu apoiando a mão em seu queixo e olhando para todo o
ambiente
— Gosto da energia
daqui. Conheço o dono, vejo o brilho das coisas, são coisas que me encantam.
Naquele momento, seu
olhar passeou por todo o ambiente cheio de vida até voltar novamente para o
maior fulgor que estava tão perto de si
— É o que eu pensava,
nesse céu cheio de estrelas é a lua que as admira.
Os olhos castanhos em
tom âmbar se fecharam um pouco mais como se já estivesse decepcionada, apoiando
os cotovelos sobre a mesa com as mãos enquadrando seu rosto, falando em seu tom
normal uma frase incisiva para abalar a garçonete, mas que explicitamente
aqueles olhos mostravam um certo repúdio.
— Eu não gosto de
meninas.
De nariz erguido
assim como seu queixo, parecia mais intimidadora por estar naquela altura da
mesa de sentada na mesa a olhar acima da loira, a petit falou em tom igual,
como se fosse uma ressonância de vozes
— Eu gosto de
desafios.
E ali, naquele
momento, surgiu algo novo no rosto da musa, um sorriso malicioso que mexeria
com qualquer um, uma euforia surgiu daquele olhar desafiador. Talvez o intuito
fosse afastar ou mostrar que era areia demais para qualquer caminhão, mas para
Felicitá aquilo havia sido quase como um convite para uma batalha que almejava
vencer, sabia se portar na guerra da sedução mas nunca havia tido uma oponente
tão forte para se render a ela. Não conseguiu conter um verdadeiro sorriso de
mostrar os dentes, apoiou as mãos para sair da mesa e ir buscar a bebida de
mulher, sem olhar para trás.
Os ar de indignação
não estava apenas como uma aura sobre a garçonete como nas bochechas que
ficavam um pouco cheias, mas assim que chegou ao enorme balcão circular soltou
a respiração guardada e suspirou fundo, estendendo o braço para um bartender em
um chamar.
— Gawaine ! Um chopp
weiss caprichado para a mesa 3! Vou levar os da mesa 14.
Entrando no balcão
empurrando a pequena porta de madeira, pegou duas canecas em cada mão e
empurrou a válvula com o braço, mostrando a perícia que tinha ganhado com a
rotina, mas enquanto isso sua mente calculava seu próximo passo, sabia
claramente os passos de fazer alguém ficar em suas mãos, mas primeiramente
deveria conhecer mais quem era a real Freya. Seus gostos, sua história, e sua
fragilidade, pois sabia que por trás daqueles espinhos tinha uma rosa. E era
isso que tinha que descobrir de qualquer jeito, e aquela situação investigativa
movida por curiosidade e desejo deixava Felicitá em êxtase e cheia de brilho
nos olhos.
- Aqui está pessoal!
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E assim começa a história de mistério que está parada a MUITO MUITO TEMPO. (e que provavelmente mudará de nome.) nunca escrevi uma história pensando muito. Sempre fluiu que nem meus sentimentos, mas agora, pela primeira vez estou tentando pensar em ALGO INVESTIGATIVO, MISTERIOSO, E ISSO É MAIS DIFÍCIL DO QUE EU IMAGINAVA.
Fora essa história, quero escrever uma curtinha, yuri, romântica ~ (acho que vai ser baseada em um headcanon que tive com a mari de duas das atendentes de um restaurante que fomos. HUEHUEHUE), uma com personagens baseadas nas minhas gatas, eeeee por um fim em uma história antiga que escrevi, sobre um bardo! ele é um amor e se chama Elliot. HAUSHUA enfim.
Se quiserem dar idéias, TAMO AE! quero muito fazer aquele jogo de verdades questionáveis ainda mais por ser em um bar.
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E assim começa a história de mistério que está parada a MUITO MUITO TEMPO. (e que provavelmente mudará de nome.) nunca escrevi uma história pensando muito. Sempre fluiu que nem meus sentimentos, mas agora, pela primeira vez estou tentando pensar em ALGO INVESTIGATIVO, MISTERIOSO, E ISSO É MAIS DIFÍCIL DO QUE EU IMAGINAVA.
Fora essa história, quero escrever uma curtinha, yuri, romântica ~ (acho que vai ser baseada em um headcanon que tive com a mari de duas das atendentes de um restaurante que fomos. HUEHUEHUE), uma com personagens baseadas nas minhas gatas, eeeee por um fim em uma história antiga que escrevi, sobre um bardo! ele é um amor e se chama Elliot. HAUSHUA enfim.
Se quiserem dar idéias, TAMO AE! quero muito fazer aquele jogo de verdades questionáveis ainda mais por ser em um bar.